E “As Duas Torres” se uniram...

Começamos o filme ouvindo mais uma vez a frase “You shall not pass!”, por Gandalf, e o grito de Frodo quando Gandalf cai. Acho que rever a cena é triste mais uma vez, já deixa o filme com um tom melancólico, mas dessa vez acompanhamos a descida do mago, não a partida da Sociedade; e vemos Sam e Frodo (que estava tendo um pesadelo), e é maravilhoso ouvir Sam dizer “O que foi, Sr. Frodo?”; ouvir “Mr. Frodo” faz você saber que está assistindo Senhor dos Anéis, é demais. E uma cena excluída que temos agora, é do temperinho que Sam trouxe para um “frango assado”; a relação de Sam e Frodo fica bonita novamente, e a frase de Frodo “é especial. É um pedacinho de casa” é tocante. Já vemos que a coisa não vai ser leve quando Frodo vê o olho de Sauron sem nem ao menos tocar no Anel, e a fala de que “está ficando mais pesado”. Mas é bonito ver Sam tentando animá-lo (“Com você o tempo nunca fecha, não é, Sam?”).

Pippin finalmente provou que tinha sim inteligência para participar de tal demanda (quem não se lembra da ótima cena em Valfenda, na formação da Sociedade do Anel, quando há uma piadinha sobre isso?), no momento em que tirou o broche que ganhou em Lothlórien e o soltou para que Aragorn os encontrassem. Mais tarde de novo, quando pede para que Barbárvore vá para o Sul, no fim do filme, mas isso é para frente, para frente.
Bem, só um pequeno comentário perdido aqui: a musiquinha que toca em vários momentos (muito mais na Sociedade que aqui) me lembra muito a música de De Volta Para o Futuro. Mas era só um comentário, vamos prosseguir.
É legal ver o trio formado por Aragorn, Legolas e Gimli, sem contar que eles estão muito diferentes do primeiro filme. Parecem mais maduros, presos numa corrida mais desesperada, com Gimli na parte cômica, Legolas e seus dons élficos, e Aragorn e seus dons de guardião; tudo parece muito mais sério. A partir do momento em que eles se juntam à Rohan, o trio quase se desfaz, pois há muita gente, há muita história, mas eu gosto muito desses três. No momento em que o trio é cercado, ainda no começo, é muito bom ver Legolas defendendo Gimli (sem contar que a introdução é ótima, com a ameaça de “cortaria sua cabeça, se ela estivesse mais acima do solo).
A cena em que o trio pensa que os hobbits morreram é triste. A frustração de Aragorn é bem feita. Mas é incrível ver Aragorn interpretando a história do que houve, apenas analisando o chão. A cena em que ele narra o que aconteceu, em paralelo com a cena real, ficou linda.

Sobre os Pântanos Mortos. A cena me encantou, me deixou fascinado. Achei bem produzida, teve um tom carregado, ao mesmo tempo que melancólico. Principalmente o momento em que o corpo abre o olho embaixo da água e Frodo cai. Toda a cena foi ótima.
A volta dos Nazgûl foi ótima. Aqueles que não leram, que não são fãs, provavelmente nem lembravam mais deles, mas pessoas como eu estavam ansiosas para vê-los novamente. Eu estava. É legal ver Frodo sentir dor no ferimento, apenas pela presença deles (e rever parcialmente a cena em que Frodo coloca o anel no primeiro filme, e é ferido); a montaria alada, diga-se de passagem, é muito mais bonita e muito mais amedrontadora que os cavalos. E mais uma vez Sam impede Frodo de cometer a burrice de colocar o anel.

Em Fangorn temos uma cena engraçada, novamente, entre Merry e Pippin, um certo alívio ao filme. E podemos ver cor mais uma vez na tela, algo como Valfenda na “Sociedade”.


Nossa, vou dizer que achei muito engraçado o diálogo de Aragorn e Éowyn, no qual ele revela ter 87 anos. Após isso vemos muito de Arwen e da história dos dois. Temos a possível morte de Aragorn, e é bonito ver a tristeza do anão e do elfo, o salvamento dele é legal. Triste foi a fala de Elrond para a filha, sobre como Aragorn morreria e ela passaria a eternidade sofrendo por isso e tal. Arwen chorando foi muito emocionante, e então temos a partida dos elfos. Como falei da outra vez, Lothlórien tem um ar muito diferente do de Valfenda, mas escuro, com menos cor; e nesse filme, Valfenda ficou muito parecida com Lothlórien. Apenas um comentário.
Voltando ao Frodo; toda a história com Faramir foi legal. Eu estava ansioso por ver Faramir, afinal gosto mais dele do que gostava de Boromir. Boromir era legal, mas Faramir é demais. Talvez eu goste dele por toda a história de ser desprezado pelo pai (que é bem explorada no filme, nos transmite bem a sensação ruim), mas Boromir o defendendo dá a ele certo crédito, claro. Faramir era mais companheiro dos hobbits no livro, talvez por isso eu goste tanto dele, porque no filme ele pensa em levar o Anel para Gondor até o último momento, já no livro ele muda de idéia mais rapidamente e ajuda Frodo e Sam. Foi muito legal quando Frodo se apresentou, e apresentou Sam, daí Faramir pergunta “Seu guarda-costas?” e Sam diz “Seu jardineiro”, foi ótimo, mas poderia ter sido “Seu amigo” ou sei lá. Mas que seja. Também é boa a resposta de Frodo à pergunta se ele era amigo de Boromir: “Sim, da minha parte”. Ótima.

Temos então o Nazgûl mais uma vez, e Frodo quase colocando o Anel na sua frente, impedido novamente por Sam. Cena totalmente inventada, mas interessante. Mas é nessa hora que Frodo tira a espada e quase o ataca. É uma cena pesada e extremamente triste. Sam dizendo “Sou eu. O seu Sam. Você não reconhece o seu Sam?” foi comovente. Sean Astin é um dos meus atores preferidos, porque acho que ele interpreta o personagem de Sam com extrema perfeição, e sempre me deixa emocionado. Depois desse diálogo, Elijah Wood também tem seu momento, no qual sofremos novamente com Frodo, pelo peso e dificuldade que carrega. A narração de Sam sobre as “histórias” foi linda, e quando Frodo pergunta “a que podemos nos agarrar?”, ele responde “Ao bem que há nesse mundo, e pelo qual vale a pena lutar”. É uma cena tão linda, que até mesmo Gollum fica comovido.

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Contagem final (Gimli x Legolas) |
Gandalf acabou tendo uma participação pequena nesse filme, mas sua chegada com Éomer e os Rohirrim não teria o mesmo impacto que teve se o tivéssemos visto durante todo o filme, então está perdoado. É ótima a fala de que “A Batalha pelo Abismo de Helm está acabada. Mas a Guerra pela Terra-Média apenas começou”.
Com a história dos ents se desenvolvendo por todo o filme, vemos pouco Merry e Pippin, mas gostei das sacadas inteligentes de Pippin, e da maneira como Merry se portou mais sério nesse filme. Achei muito boa a cena em que os dois encontram a despensa de Saruman. Depois de tudo o que passaram, eles mereciam uma recompensa. Pena que Sam e Frodo não pudessem ter o mesmo.
Temos a passagem do livro em que Sam se pergunta se um dia eles estarão em canções e contos. “ ‘Vamos ouvir sobre Frodo e o Anel?’. Aí dirão: ‘Sim! É uma das minhas histórias favoritas’!”, e Frodo o chamando de “Samwise, o Bravo”. É uma cena bem bonita, principalmente Frodo dizendo “Frodo não teria chegado longe sem o Sam”, e o Sam todo envergonhado, pedindo para que ele não zombasse porque ele estava falando sério, ao que Frodo responde “Eu também estava”. Foi bem bonita, e mais uma vez temos uma cena comovente entre Sam e Frodo no fim do filme.
Temos a batalha final entre Gollum e Sméagol, na qual ele decide o plano que deveria estar no fim desse filme, mas não está. Em “Sociedade” adiantaram o início de “As Duas Torres”, e aqui cortaram os últimos capítulos do livro, que ficou para o “Retorno do Rei”. Faltou coisas como a conversa de Saruman e Gandalf, Pippin (eu acho que é ele, perdoem-me se estiver errado) com a Palantír, a traição de Gollum, quase morte de Frodo e seu seqüestro…
Coisas importante, e eu julgo que o final seria mais interessante se fosse como no livro, pois o seqüestro de Frodo (a princípio morto) deixaria um clima estranho e de suspense para o fim do filme, seria legal, mas fazer o quê? Bem, eu gostei do filme, e você não se cansa dele, independentemente do seu tamanho. É um ótimo filme, que vale a pena assistir várias vezes. Agora ainda tenho “O Retorno do Rei” na versão estendida, com mais de quatro horas.
Olá, amigo. Foi uma surpresa encontrar teu blogger na net. Estou postando toda a trilogia dos Senhor dos Aneis. Gostei do seu texto. Um abraço...
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