Finalmente alguém à altura!

Muito tempo atrás, os Homens da Lama e o Povo das Fadas lutaram pela Irlanda. Quando ficou claro que os seres mágicos não poderiam vencer, eles decidiram levar sua civilização para os subterrâneos, se escondendo dos humanos. Somente os demônios foram contra essa fuga, e preferiram tirar sua ilha do curso normal do tempo. Ou seja, eles estão perdidos no limbo há mais de dez mil anos! Mas, agora, toda a ilha está lentamente voltando à Terra, e de maneira imprevisível. Somente uma pessoa pode prever quando e onde o próximo demônio irá aparecer: Artemis Fowl. O que ele não esperava é se deparar com uma nova e inteligente adversária: uma humana de apenas 12 anos…
A história começa com a materialização de um demônio, um pouco fora do lugar previsto por Artemis Fowl. Mas ele não é o único de olho em tais materializações. Uma outra humana, de apenas 12 anos, garota, loira, também está por dentro desse acontecimento. Seu nome é Minerva Paradizzo. A ilha de Hybras foi retirada do tempo e transportada para o limbo há aproximadamente 10 anos, mas o feitiço do tempo está começando a se desfazer e, claro, apenas uma pessoa pode resolver isso. E é Artemis Fowl. Mas para isso, ele terá que tentar esquecer a puberdade e focar no trabalho. Afinal seu objetivo não é o mesmo de Minerva. Será que ele consegue?
Bem, terminei de ler “A Colônia Perdida”, quinto volume da série “Artemis Fowl” de Eoin Colfer. E simplesmente amei o livro. Acho que é de longe o melhor livro da série, e sem dúvida entra entre um dos meus livros favoritos. Artemis em geral já faz parte dessa minha lista, mas isso não vem ao caso. Eu estava muito ansioso por ler “O Paradoxo do Tempo”, o sexto volume da série (e lerei muito em breve), mas por duas razões: viagens no tempo, e Artemis enfrentando finalmente alguém à sua altura (ele mesmo). Mas amei a maneira como esses dois assuntos já estão incluídos, de certa forma, nesse quinto volume.

[CONTÉM SPOILERS]
Não se pode negar que a viagem no tempo é um tema incluído nesse livro. Toda a materialização de demônios, perdidos através de diferentes tempos e dimensões (além de Artemis sendo agarrado por um, logo no começo do livro), e toda a história de buracos de minhoca, o túnel do tempo (se desintegrando no final) e etc. E o que foi Minerva? Foi uma personagem que me cativou nesse livro. Amei vê-la pela segunda vez, quando eles percebem que ela sabe de alguma coisa. Gostei demais de pensar que “Artemis tinha encontrado alguém à sua altura”. Muitos podem dizer que Minerva não era tão boa quanto Artemis. Discordo. Acho que os dois tinham um intelecto muito parecido. Achei muito divertido ver Artemis na puberdade e se interessando por ela. Talvez eu tenha pensado que isso fosse uma coisa que Eoin não exploraria, mas realmente é necessário que se explore, uma vez que Artemis está nos seus 15 anos!
Depois da cena em Taiwan, no Taipei 101 (e a maneira como Artemis “incentivou” Kong a escolher esse lugar, diga-se de passagem), na hora que Artemis manda que Butler cuide de Minerva e parte para o Limbo, para a ilha de Hybras, eu amei. Fiquei extasiado em ver aquilo. Era óbvio que Abbot tinha magia, mas foi aí que ficou evidente. Toda a cena (tanto na ida quanto na volta) do compartilhamento de mentes eu achei fantástica. Me transmitiu uma idéia legal, pareceu que eles estavam mesmo conectados, pareceu algo tão íntimo, tão bonito entre os personagens. Amei a maneira como Artemis rouba um pouco de magia; é muito sua cara mesmo. E eu talvez tenha sido inocente por acreditar que ele estivesse mesmo sem magia, naquela sua conversa com Holly depois da volta, mas Artemis Fowl é Artemis Fowl. Sempre tem uma carta na manga.
Eu sou fã de viagem no tempo. Então a cena no vulcão me fascinou; o túnel se desintegrando foi demais. Imaginei uma cena muito grande, muito linda, muito esplêndida. Algo que não consigo explicar em palavras, simplesmente imaginei algo imenso. Mas a “morte” de Holly me deixou triste. Eu fiquei falando comigo mesmo que aquilo tinha que estar errado e tinha que se resolver no final. E se resolveu, mas não da maneira como eu esperava. E posso dizer?  EU ADOREI A MANEIRA COMO TUDO SE RESOLVEU! A maneira como Artemis atirou um minuto no passado e impediu Abbot de matar os três personagens foi incrível. Principalmente para mim, que amo tudo o que se relaciona com viagem no tempo. Fiquei encantado, quase babando. Tudo bem, parei. A cena (pág. 372, 373) em que Holly diz para Artemis que se lembra ficou muito linda. Depois da volta, a parte em que Holly e Artemis estão de olhos trocados, o abraço “breve, mas apertado” que eles se deram foi tudo muito lindo. Acho que pela primeira vez os dois assumiram que realmente se gostam, realmente existe uma amizade grande entre eles.
Tudo aquilo de ter passado três anos, Minerva encantada com ele (detalhe para o fato de que agora eles têm praticamente a mesma idade), Butler meio acabado, Artemis com irmãos gêmeos, foi legal. Espero ver Minerva novamente no próximo. Amei a piadinha do balão:
“O espaço e o tempo não tinham nenhuma forma reconhecível. Não era como voar num balão numa linha de tempo e dizer: ‘Olhem, ali está o século XXI. Deixe-nos lá’.”
Fiquei triste no fim do último livro em pensar em Holly fora da LEP. Mas foi divertido vê-la trabalhando com Palha no início do livro. Mas o que seria de Potrus, se a LEP não fosse mais importante no livro? Então gostei muito de existir a Seção Oito, e podermos curtir todos os nossos personagens preferidos novamente (tá, menos o comandante Raiz).
Acho que o livro seis vai ser fantástico. Espero não me desapontar, considerando as expectativas que estou com esse volume. Acho que não tenho grandes chances de me decepcionar. Não vejo a hora de lê-lo e conferi-lo. Assim que tiver terminado de lê-lo, falo sobre ele aqui.

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