How do you measure a year in the life?
Essa é basicamente a pergunta que Rent nos apresenta. E a peça nos dá também uma ótimo resposta, ao nos mandar medir a vida em amor, e apresentado um ano na vida de muitos personagens que são simplesmente adoráveis. Temos Marck Cohen, o aspirante a cineasta, documentando a vida real; Roger Davis, ex-viciado em drogas e com o vírus HIV positivo; Mimi Márquez, uma dançarina da noite, viciada em drogas, e também com vírus HIV positivo; Tom Collins, um anarquista homossexual com AIDS, que sonha em abrir um restaurante em Santa Fé, longe dos problemas de Nova York; Angel, drag queen com AIDS, uma das personagens mais encantadoras; Maureen Johnson, bissexual, ex-namorada de Mark; Joanne Jefferson, uma advogada lésbica, razão pela qual Maureen deixou Mark; e muitos mais personagens.
Uma das músicas que mais me marcaram, foi “Seasons of Love”. A maneira como ela é cantada no início do segundo ato, a emoção que ela transmite, é incrível. Um ótimo trabalho dos atores e cantores, sem dúvida. E, claro, de quem a escreveu. Uma das músicas mais lindas da peça, definitivamente.
Five hundred twenty-five thousand six hundred minutes
Five hundred twenty-five thousand moments so dear
Five hundred twenty-five thousand six hundred minutes
How do you measure
Measure a year?
In daylights, in sunsets
In midnights, in cups of coffee
In inches, in miles
In laughter, in strife
Five hundred twenty-five thousand six hundred minutes
How do you measure a year in the life?
How about love? Measure in love
Seasons of love
E depois de assistir à peça, essa música simplesmente não nos sai mais da cabeça. Comprei o DVD com a filmagem da última performance de Rent na Broadway, após 12 anos em cartaz. É comovente ver, realmente, o “fim de uma era”. Você fica emocionado em pensar que aqueles atores estão interpretando esses personagens maravilhosos pela última vez. Que é a última vez que eles cantam essas músicas, uma melhor que a outra.
“One Song Glory”, onde você conhece mais o personagem de Roger, e “Light my Candle”, onde somos apresentados à Mimi são cenas muito boas. “Tango: Maureen” é extremamente engraçada, na minha opinião. “Christmas Bells” é uma das minhas cenas preferidas, gostei demais de ouvi-los cantando it’s begginning to snow. E no fim do Ato I temos “La Vie Bohème A e B” e entre as duas partes, “I Should Tell You”, cantado por Roger e Mimi. Toda a cena é inexplicável. A maneira como eles vêem a vida, e a temática anti-preconceito da peça fica mais evidente do que nunca. Simplesmente uma cena linda de se assistir; e depois assistir de novo e de novo e de novo.
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Tango: Maureen (Mark e Joanne) |
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A morte da boemia |
La Vie Bohème (Fim do primeiro ato) |

A peça é realmente muito boa. As músicas são ótimas, as cenas em si são perfeitas. E a história tem conteúdo. Nos faz pensar, e traz histórias diferentes, de vários personagens; nos traz a morte de Angel, que é pura tristeza, nos traz o assunto da homossexualidade, e principalmente da AIDS. E acima de tudo, tenta transmitir a mensagem de que não há razão para se ter preconceito. Uma peça de muito conteúdo, extremamente boa, e mais do que recomendada.
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Último elenco e elencos antigos de Rent, no fim da última apresentação na Broadway |
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