Relíquias da Morte – Parte I
[CONTÉM SPOILERS]
O filme se inicia com o logo da Warner entre nuvens, novamente, mas tudo numa atmosfera muito escura. Acho que eles já conseguiram passar um ar sombrio apenas com o logo, ao apresentar um início sem música, apenas com a imagem se degradando e o barulho que lembra muito o barulho produzido pelo medalhão ao decorrer do filme. Incrível.
A cena seguinte nos mostra Hermione apagando a memória de seus pais com o Obliviate. Para mim, uma das cenas mais tristes do filme. A cena transmitiu um ar pesado, ver Mione sendo apagada de todas as fotos pela casa foi no mínimo estranho. Cena muito bem feita, mas muito triste. Já aproveito para falar sobre a interpretação de Emma Watson nesse filme. Para mim, ela nunca esteve tão bem; seus olhos lacrimejantes ao enfeitiçar os pais, as brigas com Rony, a tortura por Belatriz; em todas essas cenas, Emma realmente me fez pensar: “Essa É a Hermione Granger”. Em paralelo com a cena de Mione, vemos a partida dos Dursley (muito mais fraca que no livro; não teve assim tanta emoção, mal os vemos) e Rony pensativo, do lado de fora d’A Toca.
Foi uma introdução ao filme, foi o que nos mostrou que o que estava por vir não era tão simples quanto nos anteriores, que a situação estava mais difícil que nunca; e que o filme seria muito mais triste que qualquer um de seus antecessores.
Vemos então o logo de Relíquias da Morte, e partimos para o que seria o primeiro capítulo do livro. Vemos Snape “voando” (erro de filme, presente desde a “Ordem da Fênix”, infelizmente, pois nos privou de ver Voldemort voando e pensar: “uau!”) e chegando à Mansão Malfoy. Diferentemente do livro, ele está desacompanhado (onde foi parar Yaxley?).
Voldemort continua o mesmo: perfeito. Só não gostei muito de quando ele faz uma piadinha e ri, sorri, sei lá. Quer dizer, Voldemort nunca sorri! Mas que seja. Vê-lo “pedindo” a varinha de Lúcio (porque a sua era gêmea da de Harry) foi uma cena legal; era bom ver Lúcio naquela situação (e a gente quase fica com pena dele. Quase). De Draco sim, de Draco eu senti pena. Não gostei do cabelo de Cissa; devia ser loiro, branco na verdade, e dessa vez estava preto, com uma tira branca. Mas nada que interfira na história (mesmo assim, um erro). Caridade implorando para Snape ajudá-la e a rapidez e frieza com que Voldemort a mata talvez nos deixe um pouco paralisados. Para quem ainda não tinha entendido, esse filme não deve ser tão inocente quanto os outros.
Comensais da Morte em "A Ascensão de Lord Voldemort" |
Então voltamos a ver Harry, a rua dos Alfeneiros, número 4, vazia. É uma cena deprimente. Harry parece estar se despedindo do lugar, e os produtores nos fazem nos despedir de Harry Potter. É estranho pensar que aquela é a última vez em que veremos Harry naquela casa, que não o veremos mais trancado ali, ou com todo o seu material escondido debaixo da escada. Não vamos mais vê-lo sendo atormentado pelos tios e pelo primo. A cena é realmente muito triste, porque não é apenas Harry se despedindo da casa, mas sim, nós, fãs de HP, nos despedindo dele.
E então membros da Ordem chegam para transportar Harry com segurança até A Toca. Como Harry ainda é menor de idade, aparatação estava fora de questão; meios de transportes mais comuns, então: vassouras, testrálios, e a moto de Sirius! Vemos Tonks tentando falar que estava grávida, mas sem conseguir. Isso fica entre nós, fãs. Os demais talvez nunca saibam. Mas tudo bem.
E então somos apresentados ao plano dos 7 Potters, uma cena muito aguardada. É legal ver Harry não querendo que os outros se passem por ele. Melhor é ver Hermione: “Falei que ia aceitar bem” e a piada de Fred e Jorge (como sempre) é maravilhosa. A cena em que Fred, Jorge, Fleur, Mundungo, Rony e Hermione se transformam em Harry foi mais cômica do que deveria ser; talvez fosse para dar uma aliviada no filme. Até ficou interessante. Fred e Jorge ficaram responsáveis por zuar Harry em relação à sua altura, Fleur foi quem fez Daniel se vestir de mulher, e Hermione, durante a transformação, para mim ficou igualzinha ao Gollum do Senhor dos Anéis. “Fleur” dizendo “Não olha agora, Gui. Estou horrenda” e depois abraçada à Gui no testrálio foi muito legal.
A cena toda foi rápida; mas se fosse mais longa, se tornaria chata. A perseguição nos céus foi a melhor parte; a morte de Edwiges foi triste; a maneira como o verdadeiro Harry é identificado dependia dessa morte, diferente do que foi no livro, mas uma mudança necessária. Acho que foi bem convincente colocar Edwiges defendendo o Harry, morrendo por isso, e então os Comensais da Morte descobrindo que aquele era o verdadeiro. Acontece que no livro fica bem claro, há muito mais tempo, sobre o “amor” de Harry pelo Expelliarmus; mais uma vez nós, fãs, entenderíamos se ele fosse identificado pelo feitiço, mas aqueles que só vêem os filmes não entenderiam e ainda reclamariam da cena. Fato.
A cena em que Voldemort voa não é sensação por ele estar voando (como disse, por erro de filme, todos os Comensais voam), mas ainda assim ficou interessante. Quando vi no trailer aquilo que parecia um Priori Incantatem, não gostei; ainda acho meio desnecessário, mas a cena foi, sim, legal. A raiva de Voldemort com mais uma fuga de Harry, e a maneira como ele destrói aquelas torres de energia fizeram com que qualquer erro fosse compensado.
Harry e Hagrid são os primeiros a chegarem À Toca; essa cena podia ter sido bem triste, mas não foi assim tão comovente. Talvez tenha sido pelas pequenas piadas, ou pela frieza com que os acontecimentos são tratados. Sei lá. Hermione correndo para abraçar Rony, ainda como Harry, e então ele se transformando de volta durante o abraço foi uma coisa legal de se ver. E foi muito legal quando Tonks disse que Rony tinha “sido ótimo” e Hermione: “sério?” e Rony: “Sempre o tom de surpresa”. Mais tarde, quando somos apresentados à “bolsinha” de Hermione, Rony exclama: “Hermione, você é maravilhosa” e ela responde “Sempre o tom de surpresa”. Encarei a cena como uma adaptação de “Fósforo? Você é uma bruxa ou não?”, que é sua versão no livro. Gostei bastante da versão do filme, mas é meio decepcionante pensar em não ouvir Rony e Hermione dizendo “você é um bruxo ou não?”. Quem sabe, né?
Ainda na cena que vem depois dos 7 Potters, a chegada de Jorge foi dramática, sim, mas, só tenho uma perguntinha: O QUE A ORELHA DELE ESTAVA FAZENDO ALI? Quer dizer, não devia ter orelha nenhuma, acho que isso foi uma coisa que o filme podia ter sido um pouquinho melhor; mesmo assim, a conversa de Jorge e Fred foi uma cena bem legal.
E acho que Harry Potter tem alguns problemas quando se trata de beijo. Quer dizer, nunca vimos um beijo de verdade nos filmes de Harry Potter (tá, tá legal, talvez Harry e Hermione tenha sido um pouquinho melhor); mas desde Ordem que esperamos algo e... bem, nada. Esperávamos por Harry com Cho. Eles se "beijaram" uma única vez e nem namoraram. Depois Harry e Gina em Enigma? Outra decepção. O beijo de Rony e Lilá foi muito mais interessante. E o beijo tão quente que Rowling descreveu para RdM, aconteceu? É claro que não! Mas foi uma cena engraçada com Jorge ali olhando.
Harry não seria Harry se não tentasse fugir sozinho, para “preservar a vida dos demais”. Mas achei forte a fala de Rony quando ele diz que aquilo “não é sobre ele. Nunca foi. É muito maior do que ele”, mas mesmo assim, muito inteligente. Quando Harry o convida para ir junto e Rony não considera a hipótese de abandonar Hermione, foi muito legal. “Não duraríamos dois dias sem ela. Não conte para ela que eu disse isso”.
O testamento. Uma cena bem feita. Rony surpreso pelo desiluminador, mesmo sem ainda saber o que é. Hermione meio paralisada, e Scrimgeour todo nervoso para quando o pomo de ouro tocasse a mão de Harry; e nada aconteceu. Foi legal ver Rony brincando sobre o “Contos de Beedle: o Bardo”, enquanto Harry e Hermione não faziam idéia do que ele estava falando. A melhor parte foi quando Rony disse: “C’mon? Babbity, the Rabbit. No?”.
Entrega do Pomo, o Apagadouro e Os Contos de Beedle (Cena mais engraçada no livro) |
Então temos o casamento de Gui e Fleur e a vida do trio muda pra valer quando eles começam a fugir. O Patrono que aparece durante a festa foi demais (mesmo não estando na forma de animal, como deveria); a sensação transmitida com as palavras “O Ministério da Magia caiu. O Ministro da Magia está morto” foi demais; acho que deixou novamente aquele clima de “a gente está ferrado; estamos correndo perigo”. A aparatação de Harry, Rony e Hermione foi perfeita, exatamente como deveria ser. O barulhinho então? Exatamente como os fãs estavam esperando. Incrível.
O anúncio do Patrono e a aparatação no meio de uma rua de Londres |
E então eles são localizados na lanchonete; quando a frase “Se Voldemort tomou o Ministério…” é dita, somos apresentados ao “tabu” (mesmo sem citação a isso durante o filme) pela primeira vez; logo que o nome de Voldemort é pronunciado, dois Comensais aparecem. A luta e a destruição da lanchonete foram muito bem feitas. Hermione usando novamente o Obliviate foi comovente; pelo menos no meu caso, fiquei imaginando a dor da personagem ao lembrar de como fora fazer a mesma coisa com os pais.
Quanto ao tabu do nome de Voldemort, achei que seria explicado quando Rony regressasse, como no livro, mas não aconteceu, e realmente senti falta disso no filme. Acho que fica um pouco a desejar àqueles que não leram, que não entendem como eles estão sendo localizados tão fácil. Mas ainda temos a Parte II, podemos ter a explicação lá.
Largo Grimmauld, 12, novamente é nostalgia. Isso é, e para sempre vai ser, Ordem da Fênix. O espectro de Dumbledore foi legal; meio assustador, mas legal. Gostei mesmo de quando Hermione lança o feitiço para revelar se há alguém na casa, e sem resposta, ela diz: “Estamos sozinhos”. E em nossa cabeça, pensamos: “Definitivamente”; é muito diferente ver os três passando a viver por conta própria, responsáveis por suas ações. Não há mais professores, não há mais horários de aula, nem há mais uniformes. É tudo muito novo para o universo Harry Potter.
Em meio a toda essa novidade, vemos os demais alunos de Hogwarts a caminho de mais um ano (acho que eles poderiam estar de uniforme, para matarmos saudades) letivo. Foi legal ver o pessoal todo lá. Agora, me corrijam se eu estiver errado, mas eu tive a impressão de que a Cho estava no trem. Estava mesmo? Porque se ela estava, isso é um erro, pois Cho terminou Hogwarts em “Enigma do Príncipe”. Ver Neville enfrentando o Comensal ao tiver que “ele não está aqui” foi muito bom, já um adiantamento de como Longbottom assume uma posição de líder em RdM. E é a única coisa que vemos de Hogwarts e seus alunos (tá, também ouvimos dizer que Snape é o novo diretor, mas nada muito prolongado).
Ver Dobby, para mim, foi uma das coisas que mais me agradaram. Quer dizer, quem não gosta do Dobby? Vê-lo agarrado às pernas de Mundungo e depois contando a história de como encontrou-o com Monstro no Beco Diagonal foi bonitinho demais. Foi legal vê-lo não deixando Monstro falar. Ele continua o mesmo da Câmara Secreta (apenas com tênis novos, como bem disse Rony: “Tênis bacana”), engraçadinho, e amando Harry Potter mais que tudo (sua educação para com o “Sr. Weasley” também é incrível); só achei que Dobby podia estar com uma blusa de lã vermelha, ou algo assim. Algo mais bonitinho, agora que ele é um elfo livre (e roubou todas as roupas costuradas por Hermione no “Enigma”).
A cena do Ministério tem mais um clima de Harry Potter, afinal é um lugar que todos já conhecemos. Rupert foi espetacular ajudando a pegar as pessoas em quais eles se transformariam. Os atores que interpretaram Harry, Rony e Hermione nessa cena foram esplêndidos. Acho que os atores de Rony e Hermione merecem mais destaque, porque tinham um ar muito parecido com o que Rupert e Emma passavam aos personagens. Gostei bastante. O ator que fez o Harry evidenciou mais seu lado bobo.
Quanto à entrada ao Ministério? Divertida. Só achei que eles não deviam sair pelas lareiras. A cena em que falam sobre a esposa de “Rony” que está lá embaixo, sendo interrogada? Engraçada demais, ri (e todos no cinema também) bastante. A maneira como Rony diz “Meu Deus, o que eu vou fazer? Minha esposa está lá embaixo!” foi muito engraçado, tanto quanto Rupert vem sendo engraçado nos outros filmes.
Quanto ao olho de Moody na porta de Umbridge, achei uma cena fraca, afinal é uma coisa muito revoltante no livro. Já no filme, não achei que tenha sido nada demais, sei lá. Achei um pouco diferente.
Quanto à cena em que Maria é interrogada. Gostei muito. Quando Harry e Rony se aproximam eles comentam “Está muito frio aqui”; os dementadores presos pelo patrono de Umbridge foram lindos, na minha opinião, mas meio agonizante, sei lá. Parecia perigo demais, parecia sombrio demais. Tudo foi intensificado pelo barulho que Harry ouve vindo do medalhão de Slytherin. Pra mim, a melhor parte da cena foi Harry voltando a ser o Daniel e dizendo: “Você está mentindo, Dolores. E não se deve contar mentiras”. Sinceramente, eu queria levantar e aplaudir, mas como ninguém mais fez isso, fiquei no meu canto. Mas achei uma cena linda, uma resposta bem dada. Já adoramos quando ele diz “desculpa professora, mas não devo contar mentiras” no fim da “Ordem”, agora então, foi incrível.
O medalhão é pego, os dementadores os perseguem, Harry lança um patrono. Tudo muito interessante. E então temos Daniel e Emma sendo Harry e Hermione, mas Rony ainda não é Rupert. Vê-lo sendo beijado por Maria (e o ciúme de Hermione) foi bem divertido. A fala do marido de Maria: “quem é esse garoto?” também foi muito legal. Achei uma cena muito bem bolada.
E então o filme dá uma mudada quando eles passam a fugir, sem retornar para o Largo Grimmauld, 12. Rony estrunchado foi triste, afinal o desespero de Hermione nos fez sofrer com ela. Os primeiros feitiços de proteção lançados por ela me emocionaram. Não sei ao certo qual a razão, mas eu achei a cena bastante bonita. Então partimos para o fato de que uma Horcrux não é fácil de destruir. Vê-los tentando com diferentes feitiços, sem resultado nenhum foi meio desesperador (ainda bem que a gente, que leu, já sabia como tudo ia acabar).
Trio tentando destruir a Horcrux |
E então o medalhão passa a ser usado, e começamos a perceber a influência que ele tem sobre quem o está usando. Harry discutindo com Hermione foi nosso primeiro sinal. Achei muito bonito (e de certa maneira, muito “Cálice de Fogo” e “Ordem da Fênix”) quando Harry toca o medalhão, vira o pescoço e vê Voldemort interrogando Gregorovitch sobre a varinha.
Então temos os seqüestradores andando pela floresta, e a certeza de que os feitiços de proteção de Hermione funcionam. O ciúme de Rony ao vê-los voltando conversando, rindo foi muito bem feito. Rupert realmente merece destaque em todas suas cenas de ciúme (como na hora em que Hermione dá água a Harry) porque ele fez o papel extremamente bem; a raiva em seu olhar era visível. Incrível.
Vemos Mione cortando o cabelo de Harry e repentinamente lembrando-se de que Harry acertou o basilisco com a espada de Gryffindor na Câmara Secreta, e de que o veneno de basilisco já destruíra uma Horcrux, o diário de Tom Riddle. É o momento da descoberta, onde finalmente eles tem mais algo a procurar, algo que possa destruir o medalhão. O ciúme de Rony nessa cena está no limite; sua fala de “É. Eu ainda estou aqui” foi incrível, e nos deixou claro que algo mais viria. E veio, a briga de Harry e Rony (que para mim foi bem fraca). Quer dizer, ver Rony jogando na cara de Harry que ele não tinha família, que seus pais estavam mortos foi bem forte, mas mesmo assim, acho que eu esperava uma briga um pouco maior. De qualquer maneira, ele decide ir embora, e ao perguntar à Hermione se ela vai com ele, ela decide ficar. “Vi vocês juntos naquela noite” é a última fala de Rony e então ele sai da barraca; vemos Hermione indo atrás dele, implorando para que ele pense melhor, mas ouvimos o som inconfundível de aparatação. É, Rony se fora.
Discussão de Harry e Rony |
Depois temos mais uma cena de aparatação extremamente bem feita, quando Harry e Hermione mudam de lugar (e Mione está chorando). Vemos, dessa vez, Harry fazendo os feitiços de proteção (e achei a cena com Hermione muito mais bonita). A cena em que Harry e Hermione dançam foi legal, afinal nos deixou bem claro quanto a amizade deles é forte; achei uma cena bonita, que mostrou o valor da amizade, sei lá. Gostei.
Temos então a descoberta de Harry de que o primeiro pomo de ouro ele quase engoliu, e então ele só se abriria com o toque de sua boa, não de sua mão. A mensagem “Abro no fecho” ficou quase esquecida no filme; ela está lá, mas eles não ficam pensando nela, pois passamos para a descoberta de Hermione do símbolo das Relíquias, mesmo que ainda não soubesse que eram as Relíquias. Pouco antes da partida deles para Godric’s Hollow, achei legal quando Hermione diz “Nunca mais me deixe cortar seu cabelo”.
Godric’s Hollow na véspera de Natal foi melancólico. Lembrei de como eles estariam em Hogwarts nesse dia, com um banquete e tudo o mais. Harry olhando para o cemitério e perguntando “você acha que eles estariam aí dentro”, seguido pela entrada no cemitério, encontro do túmulo de Tiago e Lílian foi tudo muito bonito. Era uma cena triste, tocante, mas que ficou linda (inclusive as flores conjuradas por Hermione). Um desejando Feliz Natal ao outro, Mione deitada no ombro de Harry, tudo foi muito lindo, e então vemos Bathilda e percebemos que as coisas não ficarão calmas por muito tempo.
Cena muito fofinha entre Harry e Hermione |
Temos então a casa de Harry (e uma nova visão da noite em que eles foram assassinados, dessa vez vendo o rosto de Voldemort) e Bathilda novamente. Achei legal a maneira como ela não fala perto de Hermione, por falar língua das cobras; quando ela está sozinha com Harry, ela pode falar, porque por ele entender e também falar tal língua, ele não percebe (mas nada disso ficou tão claro no filme, claro). O ataque de Nagini foi muito legal, muito bem feito, e de certa maneira assustador. A fuga por aparatação foi interessante.
Então temos a Floresta do Deão e uma conversa legal entre os dois, na qual Hermione nos conta que fora ali anos atrás com os pais, e nada parecia ter mudado, mas na verdade tudo mudara, nada mais era o mesmo. Ficou muito bonito. Prestem atenção no fato de que ela está lendo o livro de Rita.
E parece que tudo acontece tão rápido nesse filme, que já vemos a corça (QUEM NÃO LEU O LIVRO NÃO LEIA A SEGUINTE FRASE: que é o patrono de Snape); vemos Harry quase morrer de frio e então pular na água. A maneira como o medalhão o impediu de pegar a espada foi muito bem feito. Rony pulando na água e salvando o amigo foi legal. Ficamos felizes em ver que Rony está de volta, mesmo que no filme tudo tenha sido tão rápido; no livro vemos muito mais Hermione sofrendo por ele e tal.
Rony já volta com uma piada; é legal quando ele pergunta se foi Harry que conjurou a corça e Harry diz “Não. Meu patrono é um veado” (desnecessário dizer que isso gerou risadas no cinema) e Rony responde “Ah, é. Tem galhada”. Foi muito legal.
Agora não sei se alguém mais percebeu, mas houve um pequeno erro nessa cena. Acontece que Harry mergulhou de óculos (ainda lembro que da primeira vez que assisti fiquei pensando qual a razão de Harry pular na água de óculos, e depois me conformei que era pra poder ver a espada). Inclusive quando ele está quase se afogando e bate no gelo, ali estão os óculos dele, na frente de seus olhos. Agora, no momento em que Rony tira Harry da água, ele não está mais de óculos, e a primeira coisa que ele faz é ir atrás de seus óculos para colocá-los, e então percebe que quem o salvou foi Rony. Quer dizer, isso é erro.
Amei o medalhão "lutando contra" a espada de Gryffindor |
Voltando à história do filme. Harry usa ofidioglosia para abrir o medalhão de Slytherin (quero ver a reação das pessoas quando, na Parte II, Rony disser que se lembrou do que ele disse naquela hora e usar isso para abrir a Câmara Secreta. Algo me diz que o pessoal não vai gostar muito). Toda a cena que se segue é incrível. No momento em que o medalhão se abre e todo aquele volume negro salta, eu fiquei extasiado. Depois temos a voz de Voldemort, temos as aranhas que sempre assustaram Rony, temos verdades sendo ditas. Logo após passamos às mentiras, quando Harry e Hermione começam a falar que ele não era nada, que estavam melhor sem ele e etc. É legal ver o verdadeiro Harry gritando que “ele está mentindo. Mate-o, Rony, mate-o”. O único beijo até agora que não era de verdade, foi o melhor beijo da série, que foi Harry e Hermione. Espero um beijo bonito entre Rony e Hermione na Parte II, ou vai ser revoltante. E então mais uma Horcrux está destruída, e dessa vez por Rony.
Rony atormentado pela Horcrux |
Rony finalmente destrói a Horcrux de Voldemort |
E acho que mais uma vez nós, fãs que leram os livros, estávamos ansiosos por ver a chegada de Rony e a reação de Hermione. Confesso que não me decepcionei; mais uma vez Emma deu um show de interpretação na sua briga com Rony (mesmo que ele tenha apanhado muito menos que no livro). Tudo, desde o “Oi” e a discussão de “como você se atreve, depois de todo esse tempo, aparecer aqui dizendo ‘oi’?” enquanto Mione bate nele com a bolsa foi perfeito. No momento em que ela se vira e diz “Cadê minha varinha, Harry?” o cinema foi à loucura; tudo foi muito bem feito, tanto Emma quanto Rupert merecem os parabéns, mas claro que principalmente Emma. A maneira como Harry pareceu com medo dela, como ela ficou perigosa, brava, foi magnífico e ao mesmo tempo engraçado. Amei a cena.
No momento em que Harry perde sua varinha (que se partiu, isso te lembra “Câmara”?), ele não sofre tanto, ele não dá a importância que dá no livro, mas que seja. A nova varinha que Rony tem para dar para ele (roubada de um seqüestrador) já aparece para mais uma piada. Ver Harry testando-a com o “Engorgio” e extremamente rápido, no momento em que o fogo no vidro se torna imenso, ele dizer “Reducio” numa voz de desespero foi muito engraçado. Mais uma vez o cinema todo riu. E a voz de Hermione “O que aconteceu?” e o coro dos garotos “Nada”. Uma cena bem engraçada.
Então partimos para a sugestão de visitar Lovegood; Rony defendendo Mione com “Hermione tem razão. Vamos votar? Quem é a favor?” foi engraçado, e o olhar que Hermione lança para Harry também.
Quanto à cena de Xenofílio, achei muito bem feita; só senti falta do quarto de Luna, onde deveríamos ver todas aquelas pinturas. O conto dos Três Irmãos narrado por Hermione e em animação ficou muito interessante. Merece destaque a piada sobre Crepúsculo no começo:
Hermione: “Era uma vez três irmãos que estavam viajando por uma estrada deserta e tortuosa ao crepúsculo...”.
Rony: “Meia-noite. Minha mãe sempre diz meia-noite” (olhar de Hermione) “Crepúsculo. Crepúsculo é bom… Crepúsculo é melhor”.
Xenofílio explica o símbolo das Relíquias |
Durante o conto, e durante todo o resto do filme, vale ressaltar que não é citada a expressão “Varinha das Varinhas”; eles chamam a primeira relíquia de “Varinha de Sabugueiro”; ainda não é uma tradução certa para “Elder Wand”, mas com certeza é muito melhor do que “Varinha das Varinhas”.
O momento em que Xenofílio conta que estão com Luna foi de dar pena do personagem. Amei a maneira como perguntam a ele quem a pegou e ele diz “Voldemort”, e os Comensais da Morte aparecem; mais uma vez o tabu, mas ainda acho que quem não leu o livro não entendeu bem ao certo o que seria o tabu. Ainda sou de opinião de que a Parte II deveria trazer uma explicação sobre isso.
Ver os três se arrastando no chão para alcançar a mão um do outro e poderem aparatar foi bonitinho. Foi triste vê-los na floresta, prontos para fazer os feitiços de proteção novamente, mas como o nome de Voldemort é citado, os Comensais já aparecem para pegá-los. A fuga foi muito bem-feita, e acho que o que deu um clima ainda mais tenso à cena foi a ausência de trilha. A única coisa que ouvimos são os passos, os feitiços, tudo ficou incrível. O filme todo teve sons de destruição muito bem produzidos. A fuga foi desesperada, e ali estavam eles, capturados.
Famosa fuga do trio pela floresta |
Ver Voldemort em Azkaban, interrogando Grindenwald foi legal; vemos a descoberta de que a Varinha de Sabugueiro está enterrada com Dumbledore. Dá para ver o prazer de Tom ao finalmente descobrir onde a varinha está.
A Mansão Malfoy ficou linda |
Quanto à cena da Mansão Malfoy. Gostei de ver Luna e Oliwander. Achei Oliwander uma boa recordação da Pedra Filosofal, e paramos para pensar em quanta coisa aconteceu, e como tudo mudou, desde que Harry esteve em sua loja, aos 11 anos, para escolher uma varinha para ele. Belatriz torturando Hermione eu considerei uma cena forte. No livro, é revoltante, enquanto no filme vemos apenas um pouco, mas mesmo assim me deu agonia. Era horrível ver Hermione se debatendo, era horrível ouvir seus gritos, uma vez que a cena mudou para o porão. Foi horrível vê-la estirada no chão, chorando, com “Mudblood” sangrando em seu braço. Foi terrível ver sua expressão vazia, e ver que isso permanece até o fim do filme. E mais uma vez Emma está de parabéns; na minha opinião, foi o melhor filme para ela.
É legal (e engraçado) ver Dobby aparatando no porão da Mansão Malfoy. É legal ver Luna chamando-o de senhor. E a fala do elfo é bonitinha “Dobby sempre vai ajudar Harry Potter”; ele continua dizendo “Harry Potter” da mesma maneira que dizia na “Câmara”. Faltou a morte de Rabicho, algo que eu julgava interessante. Como ele teve piedade de Harry, e sua mão foi dada a ele por Voldemort, ele morria enforcado pela própria mão. Seria uma cena legal, e agora, na parte II, qual a desculpa que eles darão para a morte de Rabicho? Ou ele não morrerá? Vamos esperar.
Depois que a luta está rolando na Mansão, é engraçado ver aquela pausa e Dobby tentando soltar o lustre. Mais risadas. Vemos Harry tomando a varinha de Draco, e isso me deixou encantado. Afinal foi ali, naquela cena, que Harry se tornou oficialmente o dono, o senhor da Varinha de Sabugueiro. Muitos podem nem ter visto a cena, ou nem prestado atenção, mas foi ali, naquela simplicidade, que Harry passou a ter o direito de possuir uma das Relíquias. Para mim, a cena ficou muito bem-feita, novamente.
No momento em que Dobby tira a varinha de Cissa e é confrontado por Belatriz, sua fala é ótima: “Dobby não tem senhores! Dobby é um elfo livre! Dobby veio salvar Harry Potter e seus amigos”. Todos já amam o Dobby, depois de uma cena dessas, de uma fala dessas, então? Ver a faca aparatando com eles dá um desespero. Infelizmente, nós fãs, sabemos o que estava prestes a acontecer. E para mim, ver Dobby morrer foi muito triste, a morte mais triste desse filme. Suas últimas palavras foram emocionantes “Que lugar lindo… para estar com amigos… Dobby está feliz em estar com seu amigo… Harry Potter”, e então ele morre. Toda a cena é muito triste. Luna vem para fechar seus olhos (“Agora ele pode estar dormindo”), e Harry decide enterrá-lo. Tudo ficou muito bem produzido, mas muito triste. É triste pensar que não veremos mais Dobby; mais triste ainda é pensar que podíamos tê-lo visto em diversas ocasiões, mas ele está presente em apenas dois filmes.
Cena da morte de Dobby |
E então temos a cena final do filme. Vemos o túmulo branco de Dumbledore, como no livro (mas não presenciamos seu enterro), e Voldemort o arrombando. A cena chega a te deixar nervoso, feliz, sei lá; gostei bastante da cena. Voldemort pega a varinha, e o prazer em seus olhos, em seu sorriso são evidentes; o feitiço para o céu, e a Parte I é finalizada.
Voldemort viola o túmulo de Dumbledore |
Escrevi um texto meio grande, mas eu tinha muito o que escrever sobre esse filme, afinal sou fã de Harry Potter. Estou ansioso para a Parte II, que eu acho que tem tudo para ser ainda melhor que a parte I. O filme começará com o assalto a Gringotts. Agora já começamos a ficar ansiosos pelos lançamentos de mais pôsteres para o próximo filme, novos trailers, agora só da Parte II; toda a divulgação deve começar no ano que vem; vai ser uma emoção estranha assistir à segunda parte de Relíquias da Morte. Afinal estaremos felizes pelo filme, mas pensar que é o último não vai ser legal. Principalmente para pessoas como eu, que viveram anos com Harry, que há anos lêem os livros, assistem os filmes; parecia ontem que estava ansioso pelo lançamento do livro das Relíquias; comprei no dia do lançamento e o li; estava encantado em descobrir a conclusão que Rowling deu à essa saga incrível; agora estou aqui, escrevendo sobre a primeira adaptação de tal livro, e logo o último filme estará nos cinemas.
Mas Harry Potter nunca vai acabar; não para nós, fãs. Porque vamos assistir aos filmes pelo resto da vida; de vez em quando pegaremos um livro e o leremos mais uma vez. Os posers esquecerão. Mas não importa, eles não são importantes. Harry Potter vai ficar na história de muita gente, inclusive na minha.
Ansioso pela Parte II.
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