Artemis Fowl: O Paradoxo do Tempo
Já contei minha história com Artemis Fowl? Bem, digamos que eu meio que o descobri por acaso. Ou talvez ele tenha sido colocado na minha vida por alguma força maior, sei lá. Hei! Nunca se sabe… foi alguns anos atrás, e eu estava numa feira do livro. E vi os livros, e me interessei no mesmo momento; os volumes 2, 3 e 4 estavam em venda num sebo, mas totalmente novos e lindos. Não resisti e os comprei. E comecei minha busca pelo primeiro, que acabou tendo que ser um novo. E depois de pegar o primeiro Artemis Fowl nas mãos, não tem mais como largar, tem? Artemis Fowl é uma série fantástica, e o que mais me admira é a inteligência de Eoin Colfer! Nessa mesma feira do livro eu descobri Meg Cabot… agora tenho uma prateleira só para ela, com todos os seus livros… bons tempos, bons tempos.
Artemis Fowl. Bem, o que mais me fascina na série e a maneira como Eoin Colfer a narra. Mesmo com capítulos gigantescos (de até 60 páginas!), a história é tão envolvente que você não vê. Quando você acha que está na segunda folha, olha para o número de página e vê que já leu umas dez (e eu não estou brincando!).
E para mim, a maneira como Colfer é inteligente e coloca elementos de ciência e tecnologia em sua história. É magnífica a maneira como ele intercala perfeitamente ação, ciência, tecnologia e magia! Não sei se algum outro autor seria capaz de tal efeito. Não com tanta exatidão. E ainda temos o intelecto de Artemis, que é invejável. Cada vez que descubro que ele tem um plano, meu coração dispara, eu fico ansioso para saber o que será. Porque sendo Artemis será algo engenhoso e genial!
E em O Paradoxo do Tempo, temos uma grande viagem no tempo. Bem, tivemos a introdução ao assunto em A Colônia Perdida, que também tratou de tempo, de certa maneira. E se tratando de viagem no tempo, presumi que esse seria meu volume preferido na série, mas ainda fico com A Colônia Perdida. O Paradoxo do Tempo é ótimo, não me entendam mal (perfeito, não conseguia largá-lo), mas pela menor interferência de Potrus e Artemis e Holly trabalhando mais sozinhos, tivemos um pouco menos de tecnologia e um pouco mais de malandragem (sem atingir o genial em intermináveis pontos, como nos anteriores). Por mais que o tema em si tenha tudo para ser muito complexo, é um livro um pouquinho mais simples (não, não simplório – como Beckett ama dizer –, porque há uma grande diferença entre esses dois conceitos!).
Não tivemos Minerva Paradizzo. Isso meio que me decepcionou. Na verdade eu gosto de ver a relação de Artemis e Holly começando a atingir níveis mais avançados, mas eu gostei de Minerva… quem sabe ainda a vejamos em algum futuro próximo, não é? E quanto ao Nº 1, o melhor demônio feiticeiro de que temos conhecimento, está de volta! Na verdade achei que ele só seria citado (quando foi dito que acabou o feitiço de não poder entrar em propriedades humanas sem serem convidados), mas ele estava ali, o mesmo de sempre! O Nº 1 é fantástico, sou fã dele!
A história básica é de que a mãe de Artemis, Angeline Fowl, está doente (uma doença que foi uma grande epidemia entre o Povo antigamente, matando um número elevado de seres) e a cura depende de um lêmure que entrou em extinção, aproximadamente oito anos atrás, e a culpa foi do próprio Artemis Fowl! Agora, Artemis precisa voltar no tempo e recuperar o lêmure. Mas as coisas não serão tão simples quanto se pode imaginar…
[CONTÉM SPOILERS]
É claro que a coisa não seria simples. Achei que a integração Artemis com Artemis foi bem interessante, ainda mais com o jovem Artemis não se reconhecendo. Não seria certo um contato entre os dois, mas que ocorreu mais ao fim do livro, com o pequeno Artemis sabendo de tudo. Bem, se tem algum cérebro capaz de agüentar isso, com certeza é o de Artemis! Alguém discorda?
Bem, toda a história dos Extincionistas foi interessante, e eu fiquei surpreso por Opala Koboi estar por trás de tudo. Mas ficou interessante, meio que sentíamos saudade da duende-diabrete com cara de garotinha. Só não é bom ela saber muito sobre o futuro como ela ficou sabendo… mas gostei do gancho final em que ela desaparece e Encrenca Kelp diz: “Espalhe um alerta. Prioridade um. Quero que seja triplicada a guarda sobre nossa Koboi em Atlântida. Seria típico de Opala soltar a si mesma”. Isso quer dizer que teremos duas Opalas soltas no sétimo volume da série? É, Eoin Colfer sempre nos surpreende…
Estou cada vez mais ansioso pelo próximo volume. E mesmo que o oitavo ainda não tenha sido lançado, nem divulgado nada a seu respeito, me começa a doer o coração imaginar que será o último. Mais uma série de que gosto muito chegando ao fim… bem, fazer o quê? Eu sempre poderei reler, claro. Na verdade Artemis me fez acreditar que com inteligência pode-se ir longe. Claro que eu não tenho um intelecto nem de longe tão bom quanto o de Artemis, mas… é o que mais me fascina em Artemis: sua inteligência. Mas Artemis cresceu, todos crescem… agora temos um adolescente cabeludo e alto (tá, a corrente do tempo ajudou nisso! – e bem que ele tentou ficar mais forte…), mas com os hormônios a mil. E não pela primeira vez. Mas tivemos um beijo! É… Artemis não é mais o nosso pequeno Artemis gênio do crime… é um grande Artemis inteligente com sentimentos… mas o antigo era muito legal, quem sabe mais interessante. Parece que quanto mais frio, mas seu coração era escondido, mais inteligente ele era. Claro, ele só agia com o cérebro… bem, que seja. Falando nisso, tivemos Artemis usando magia, e eu fiquei encantado com aquilo, foi uma cena e tanto! Mas e os olhos? Bem, ele podia ter os dois da mesma cor novamente, não? No casamento de Artemis e Holly eles não trocarão alianças, mas olhos! Desculpem a piada sem graça…
Artemis irmão mais velho… quem esperaria por algo assim? Artemis brincando com os irmãos pequenos, e pintando com tinta guache? Meio surpreendente, não? E Holly de volta ao LEPrecon! Vibrei com isso (e toda a história do kraken foi fantástica!), e sua relação com Potrus está muito bonita. Foi massa ela poder se despedir de Julius Raiz… eu me emocionei com aquela cena, de verdade. Imagino-me no lugar dela…
Enfim, leiam o livro, porque vale muito a pena, mas claro, se vocês leram os cinco primeiros! Para aqueles que não leram… você aí, fã de grandes séries, de bons livros, Artemis Fowl é uma boa! Procure por um… depois de ler o primeiro, não tem mais como deixar a série de lado. Fato.
[ABAIXO CENAS QUE MERECERAM DESTAQUE, A MEU VER. CONTÉM MUITOS SPOILERS]
Pág. 55, capítulo 2 – O maior do mundo – É tudo verdade, pensou o homem. Igualzinho a O Senhor dos Anéis. Criaturas mágicas. É tudo verdade.
Pág. 145, capítulo 7 – Conversa com os animais – -Negativo, Holly. Mantenha posição. Nós vamos pegá-lo. Fique vigiando meu eu mais novo.
-Entendido. Não demore, Arty. Suba, desça e volte ao carro.
Arty?
Artemis ficou surpreso ao ouvir Holly chamando-o assim. Era o nome pelo qual sua mãe o chamava.
Pág. 182, capítulo 8 – Uma bola de catarro – -Onde está Holly? [Artemis]
Palha apontou para um monte de terra em forma de sepultura.
-Enterrei a capitão. Ela estava gemendo muito alto. Arty isso e Arty aquilo, com alguns mamãe no meio.
Enterrou? Holly era claustrofóbica.
Pág. 200, capítulo 9 – O príncipe sapo – -Isso vai funcionar? [Artemis]
Holly deu de ombros.
-Duvido. Provavelmente há um míssil inteligente esperando por nós do outro lado daquela porta.
-É verdade?
-Não. Estou mentindo. Não é legal?
Pág. 329, capítulo 13 – O cabeludo morreu – Jayjay estendeu a mão para um aperto.
-Cuide do humano, Jayjay – disse Palha, sério – Ele é meio burrinho, mas é bem-intencionado.
-Adeus, senhor Escavator.
-Até mais, jovem Sr. Fowl.
Pág. 373, capítulo 14 – O furo no ás – -Sim. Podemos chegar ao Cessna. [Butler]
-Eu posso chegar ao Cessna, velho amigo – corrigiu Artemis – Estou encarregando-o da proteção de minha mãe e de meus amigos, para não mencionar que deve manter meu eu mais novo fora da Internet. Ele é tão perigoso quanto Opala.
Pág. 394, capítulo 15 – Sede de assassinato – -Não é um lêmure – disse [Artemis]. – É um macaco.
O sorriso de Opala se imobilizou, todo feito de dentes minúsculos, e ela agarrou o que achava ser Jayjay. A figura era macia em suas mãos.
-Um brinquedo! – ofegou ela. – Isso é um brinquedo.
O triunfo de Artemis foi embotado pela dor e a exaustão.
-Opala, conheça o professor Primata. É um brinquedo do meu irmão.
Pág. 402, capítulo 16 – Uma equipe de cabeleireiros – As luzes externas lançaram um brilho fraco no cascalho, fazendo as pedras brilharem como se fossem preciosas. Altas coníferas oscilavam no brisa suave, farfalhando de vida. Como as criaturas de Tolkien.
Pág. 406, capítulo 16 – Uma equipe de cabeleireiros – Artemis se virou para Holly e a encarou. Olhos azul e castanho.
Ela retribuiu o olhar por um segundo, depois ativou as asas, erguendo-se um pouco acima da superfície.
-Em outra ocasião – disse ela, e deu-lhe um beijo na bochecha.
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