Back to the Future – obra-prima
Semana passada assisti a um dos meus filmes preferidos mais uma vez. De Volta Para o Futuro ainda me encanta, ainda me deixa fascinado, mesmo assistindo-o pela milésima vez (esse ano). É incrível, que mesmo vendo várias e várias vezes, eu não enjôo do filme, eu assisto de novo, me divirto, rio com as piadas e as circunstâncias engraçadas, me emociono em algumas partes. É uma diversão completa, mesmo já a conhecendo completamente.
O filme foi lançado em 1985, e simplesmente estourou. Acho que não há alguém da década de 1980 e 1990 que não tenha ao menos ouvido falar desse filme. Para você que não viveu nessa época, pergunte a seus pais. Ou eles conhecem, ou eu vivo em algum outro mundo, sei lá.
E acho incrível como um filme desses pode transcender gerações. Tudo bem, meu pai era fã de De Volta Para o Futuro na época dele, e eu meio que cresci ouvindo falar disso. Lembro-me de quando eu era muito pequeno, mas meu pai já comentava a piada de Calvin Klein (incrível como eu tenho isso muito vivo na memória). E mesmo quando eu não sabia ainda de nada, eu assisti aos filmes quando passavam nas tardes da TV. Algumas das cenas eu lembro claramente de muitos anos atrás.
E isso é fascinante, porque significa que BTTF me marcou. E marcou demais. Talvez tenha sido tudo culpa do meu pai, talvez não, mas eu nasci dois anos depois do lançamento do último BTTF e ainda assim sou um dos maiores fãs que existem dessa trilogia, e a defendo até o fim, de qualquer maneira.
Podem acreditar.
Tenho o costume de dizer que Back to the Future ajudou a me fazer quem eu sou. Afinal, é impossível ser diferente, eu cresci com esses filmes. E devo muita coisa a ele. Se alguém me fala qualquer coisa ruim desse filme (tá, ninguém é louco de fazer isso), eu digo: “Se não fosse esse filme, provavelmente a gente nem seria amigo. Porque esse Jefferson que você conhece não existiria”. E eu não estou exagerando, nem um pouco. Foi BTTF que me ensinou a amar cinema, e principalmente viagens no tempo. E viagem no tempo é muito do que eu sou hoje, faz parte da minha personalidade. BTTF foi um dos maiores incentivadores da minha criatividade, me fazendo começar a escrever (escrevo livros, como George McFly).
E é isso. De Volta Para o Futuro faz parte de mim, e não tinha como ser diferente. Com um filme maravilhoso como esse, com esses atores fantásticos, e a história extremamente bem formulada… como não amar? É algo que eu quero que meus filhos um dia assistam, porque acredito que esse filme deve viver para sempre. Sei que talvez eles não gostem, mas vai existir muitas pessoas da próxima geração que amarão esse filme ainda, porque sei que há muitos da minha.
Para mim, o primeiro é o melhor, mas não tiro o mérito dos demais. Acontece que o primeiro tem toda uma graça, uma história bonita. Mas tivemos duas seqüências muito inteligentes e bem-feitas, com seqüências muito legais, referências perfeitas, e histórias até mais complexas que BTTF I. Mas como não gostar de Marty sendo assediado por Lorraine, sua própria mãe? Como não rir com o jeito (ou falta de) de George, e seu teatro de ficção científica? Como não lembrar de Marty em sua roupa de Darth Vader, que em sua versão veio de Vulcano e faz com as mãos o mesmo que Spock? Como não sentir saudades da perseguição no meio da rua com skates, e a finalização no esterco? Como não acordar dizendo “mãe, é você”? Como não se pegar dizendo “Great Scott!”?
Como não imaginar o que seus pais fizeram quando tinham a sua idade? Como não pensar sobre o que eles falam, e imaginar qual parte daquilo é verdade e qual não é? Por isso BTTF é tão fantástico, porque nos faz imaginar. Trata-se de algo que quase todo mundo já pensou, e gostaria de ter a oportunidade de presenciar. E atinge pessoas de qualquer idade; os filhos imaginando os pais na sua idade; os pais lembrando-se de sua infância, e os comparando com seus filhos…
O filme é tão grandioso, com um toque de simplicidade, que é difícil descrevê-lo. Eu não sei explicar direito a sensação que tenho sempre que o assisto. Só sei dizer que é um filme que eu amo, mesmo. E para quem não assistiu, agora pode ser a hora, não?
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