JJ Abrams... audaciosamente indo, onde nenhum homem esteve antes... – Star Trek XI
Uma piadinha no título. Não só. Tenho uma explicação para a escolha de tal título para a minha postagem, mas já chego nisso. Só quero dizer que o filme de JJ Abrams de 2009, Star Trek, o décimo primeiro, é fantástico para mim. É um filme de que gosto muito, me deixa muito bem. Sem contar que a emoção já está apenas em ver o logo de “Star Trek” novamente, bem na frente do símbolo da Federação… é… aquilo é para acabar com o coração de qualquer pessoa. Pior que não estou exagerando em dizer que meu coração disparou apenas em escrever isso. Apenas em escrever isso! Pois é… Star Trek é o que há…
Para quem não sabe, Star Trek é muito mais do que um filme ótimo de JJ Abrams. Após House, Star Trek é a série mais produtiva já feita. Ela conta com 11 filmes (sim, gente, esse é o décimo primeiro filme da franquia!) e mais 5 séries. Tudo se iniciou em 1966, com a primeira série, também estrelando o capitão Kirk e seu grande amigo, Spock. Criação de Gene Roddenberry. Tínhamos Uhura, Chekov (segunda temporada) e tudo o mais… The Original Series, ou TOS, contou com três temporadas (de 1966 a 1969) e seis filmes: The Motion Picture (1979), The Wrath of Khan (1982), The Search for Spock (1984), The Voyage Home (1986), The Final Frontier (1989) e The Undiscovered Country (1991). O plano era estrear Star Trek: Phase II, uma segunda série, mas tal roteiro foi adaptado para o primeiro filme. Seguiu-se então a série animada, em 1973-1974. De 1987 a 1994, com sete temporadas, tivemos Star Trek: The Next Generation, ou TNG, com o capitão Picard. De 1993 a 1999, tivemos Star Trek: Deep Space Nine (DS9), ao mesmo tempo que os dois últimos anos de TNG, e também teve sete temporadas. Foi a primeira e única série da franquia a se passar principalmente em uma estação espacial e não em uma nave estelar. Em 1995 (indo até 2001, sete temporadas) tivemos a estréia de Star Trek: Voyager, com a capitã Kathryn Janeway, primeira mulher comandante em papel principal em Star Trek. De 2001 a 2005 (quatro temporadas), tivemos Star Trek: Enterprise, com a história se passando antes da série original. Os demais filmes foram Generations (1994), First Contat (1996), Insurrection (1998), Nemesis (2002) e finalmente Star Trek (XI) em 2009. No total, além dos filmes, temos 30 temporadas de série e 716 episódios.
E você acha que tudo acaba por aí?
Por quê?
JJ Abrams assumiu a franquia, criando um novo Star Trek, acessível a todos. E seus planos não param. Uma nova sequência está a caminho, fala-se sobre o XIII, e quem sabe até uma nova série… acho que meus netos crescerão com novas histórias de Star Trek. E eu espero que sim.
O décimo primeiro filme, como muito se comenta, redefiniu o universo de Jornada nas Estrelas. Além de ser um prato cheio para fãs, ainda é acessível para aqueles não familiarizados com o universo. Além de capaz de conquistar novos fãs. É claro que toda uma nova história foi criada, e a possibilidade de universos paralelos nos abriu toda uma nova gama, todo um novo mundo a ser criado. JJ Abrams com certeza tem muito material para continuar. E o que poderia ser o pior: alterar parte da história, não causou assim tanto desagrado. Claro que muitos reclamam, mas no geral o filme foi bem recebido.
A história começa nos apresentando os pais de Jim Kirk e Jim e Spock crianças. O que podia ser apenas uma prequela à série original se mostra uma mudança completa quando somos apresentados à teoria da viagem no tempo: 129 anos no futuro, Nero e Spock entraram por um buraco negro, voltando no tempo. E tudo isso altera seriamente a história que conhecemos. Muitos detalhes foram modificados, muito se perdeu, muito se conquistou. Muito mudou. Nesse novo “universo”, tudo pode acontecer, como eu disse. E a história toda não se modifica (o que geraria muitos paradoxos, nos quais é melhor nem pensarmos), mas sim, ocorre a criação de um universo paralelo (sugerido por Spock, colocado em palavras por Uhura e confirmado pelo vulcanense).
Para tornar tal realidade possível, temos Chris Pine como o Capitão Kirk – interpretação impecável, nos apresentando uma faceta que difere da conhecida na série original; muito bom. Zachary Quinto como o incomparável Spock, personagem que me fascina bastante; além de Leonard Nimoy numa participação especial, sendo o ator que interpretou Spock originalmente; Karl Urban como Leonard McCoy, ou simplesmente nosso querido médico Magro (menos magro que no original); Zoë Saldaña como Uhura, e finalmente descobrimos seu primeiro nome (o que até virou motivo de piada no roteiro); Simon Pegg como o divertido Scott; John Cho como Hikary Sulu; Eric Bana como o vilão Nero; e finalmente, Anton Yelchin como Pavel Chekov, personagem de que gosto demais.
Em se tratando de grandes diferenças em relação ao que estávamos acostumados, devemos citar algumas coisas: inicialmente, a relação de Spock e Kirk; de melhores amigos na série original, viraram rivais no novo filme; mesmo assim, ainda foi maravilhoso ver a equipe junto, e ver o encontro do jovem Kirk com o velho Spock, e o início de uma grande amizade; é muito bom ver os dois “aprendendo” a se gostar (mais do que se tolerar). Todas as cenas com a dupla foram ótimas e maravilhosas de se ver, mesmo que muitas das quais nunca poderíamos ter visto na versão original (como Spock batendo em Kirk, mas o que ficou fantástico). E, de qualquer maneira, continuo sendo um grande fã de Spock! Vida longa e próspera! Na verdade sou cada vez mais fã desse cara, especialmente nesse filme.
Na época em que estamos (data estelar…) um filme pode ser muito mais realístico do que na época da primeira série ou dos primeiros filmes. Portanto, um grande grau de ação e agilidade foi acrescentada à história de Star Trek, e assim temos grandes cenas de lutas, cenas aéreas, tudo fantástico.
Temos o primeiro nome de Uhura, nunca antes revelado em nenhum filme ou série: Nyota. Agora é oficial. E quanto ao caso dela com Spock… bem, muito se suspeitou sobre isso na série original, mas nunca nada concreto. Portanto, pessoal: agora sim, é verdade! Também temos cenas clássicas maravilhosas, como Spock em sua posição original, sendo tele-transportado. Ótimo, ótimo (sem contar da sua saudação!).
A cena em que Scott pergunta: “Are you from the future?” e Kirk responde: “Yeah, he is. I’m not”, me fez rir bastante. Gostei de ver a nave em velocidade de dobra e ainda assim sendo puxado pelo buraco negro. E talvez a maior e mais terrível mudança da versão original que temos, e que muitos fãs (inclusive eu) ainda tem certa dificuldade em aceitar: a destruição de Vulcano! O que será de Star Trek sem Vulcano? Mas acho que muita coisa boa ainda nos aguarda nessa nova fase de Star Trek.
E quero falar sobre Chekov. Cara, eu sou fã daquele garoto! O que é aquela inteligência? Para começar, acho o sotaque dele bem legal (é russo, galera), e o considero um dos membros mais inteligentes da tripulação da USS Enterprise (e falando na nave, ela continua maravilhosa, não continua? Cada vez mais linda…). Não tem como negar, ele simplesmente é capaz de fazer tudo! Tudo que se pergunta, ele sabe como fazer, como resgatar Sulu e Kirk em queda livre, novamente para dentro da Enterprise. Quer dizer, parecia impossível naquele momento, mas ele era capaz… e depois, em seu plano de se esconder atrás de uma lua de Saturno, para que a interferência eletromagnética dos anéis pudesse deixá-los invisíveis aos sensores de Nero. Aquilo foi magnífico! E tivemos uma ótima cena em que Magro pergunta: “Sorry, how old are you?” e ele responde “17, sir”, naquele seu sotaque inconfundível. É melhor ainda vê-lo sendo apoiado por Spock, intelecto em pessoa.
O filme é ótimo, e de certa maneira redefine Star Trek, de uma forma que não denigre a série. Vamos esperar para que essa nova fase seja produtiva e faça tanto sucesso quanto todo o resto… começamos bem, sendo esse o filme mais lucrativo de toda a franquia. Algo me diz que isso vai longe…
E não podia deixar isso de fora: a finalização do filme é emocionante, com a famosa frase da série original, dessa vez na voz de Leonard Nimoy (é, William Shatner não estava no filme, infelizmente. Não deram um papel para ele, não foi falta de vontade do ator, só queria comentar):
Space… the Final Frontier. These are the voyages of the starship Enterprise. Her ongoing mission: to explore strange new worlds, to seek out new life forms and new civilizations, to boldly go where no one has gone before.
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