Waiting for the Hallows – Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban
Chegamos ao terceiro filme da série. Para quem ainda não sabe, "Waiting for the Hallows" é uma nova sessão no blog (temporária, dividida em sete partes), que consiste em um texto sobre um filme da franquia Harry Potter por semana (toda sexta-feira), até a estréia de “Harry Potter e as Relíquias da Morte, Parte 2” em 15 de Julho. Agora chegamos ao terceiro filme, e a divulgação do oitavo se acentua – a Warner começa bombardear os fãs com suas fotos, vídeos e informações… e nós começamos a ficar cada vez mais ansiosos... vamos lá.
Prisioneiro de Azkaban representa uma grande transformação na história da série cinematográfica de nosso bruxo preferido, uma nova fase se inicia. O estilo de narrativa tomado nos primeiros volumes se modifica totalmente… o terceiro filme vem para revolucionar e nos apresenta elementos muito distintos, ainda baseado no mesmo mundo criado por Chris Columbus… agora a direção passa para as mãos de Alfonso Cuarón, que dá sua própria cara ao filme… a inocência, que eu cheguei a comentar aqui nos textos anteriores de Waiting for the Hallows, fica um pouco de lado e a história amadurece.
De uma maneira bem trabalhada (que não gera revolta nos fãs, que aprovam as modificações), Alfonso Cuarón transforma o universo de Columbus… agora o filme assume um ar mais sombrio, e não apenas pela entrada dos Dementadores na história (o que é maravilhoso, só queria comentar isso), mas porque todas as cenas assumem um tom mais escuro, parece que a inocência está se perdendo (com o desenvolvimento dos personagens) e as sombras tomam cada vez mais conta da tela… e o resultado é fantástico!
Pouco a pouco, nossos protagonistas se transformam, amadurecem. Já nos primeiros minutos, notamos que Harry Potter não é mais o menininho que conhecíamos em Pedra e Câmara (e temos uma ótima cena em que ele explode de raiva e transforma a Tia Guida em balão)… os interesses amorosos vão se intensificando (como algumas cenas em que a paixão de Rony e Hermione, de maneira bem leve, começa a se evidenciar), e nossas crianças agora são adolescentes… o uniforme escolar sai de cena em vários momentos, substituídos por roupas convencionais (e jeans para Hermione, como Emma gostava de dizer em suas entrevistas na época!)… e mesmo quando vemos o uniforme, ele assume um tom mais adolescente, quando cada estudante o utiliza da maneira que quer (seja com gravata solta, camisa para fora da calça, tudo muito mais jovem).
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (Harry Potter and the Prisoner of Azkaban, no original britânico e no americano) narra as aventuras de Harry Potter e seus amigos no terceiro ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Conhecemos mais novos personagens (como Sirius e Lupin), e revemos velhos conhecidos (como o Salgueiro Lutador). Baseado no livro homônimo de JK Rowling, lançado em 08 de Julho de 1999, o filme estreou em 31 de Maio de 2004, mais de um ano após o segundo (quando a equipe teve mais tempo de preparar o livro, com um prazo um pouco maior). O orçamento foi de 130 milhões de dólares, chegando a lucrar mais de 795 milhões…
Somos apresentados a vários novos personagens, como Sirius Black (que dá título ao livro e ao filme), padrinho de Harry Potter, interpretado por Gary Oldman. David Thewlis também se junta ao elenco, interpretando o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Remo Lupin… Timothy Spall entra como Pedro Pettigrew (antigamente conhecido como Perebas) – o Rabicho, que veremos muito nos filmes ainda… e Emma Thompson como a Professora Sibila Trelawney. Além, é claro, de Michael Gambon, que assume o papel de Dumbledore nesse filme, após a morte de Richard Harris.
Com um livro mais longo que os primeiros adaptados, agora a fidelidade começa a cair. Ainda não é nada comparado ao que veremos nos futuros filmes da série, mas a fidelidade já é bem menor. Infelizmente, muita coisa fica para segundo plano, e não focamos em certos detalhes importantes no filme (como toda a história do Salgueiro Lutador, que nem é mencionada na adaptação cinematográfica). E o Feitiço de Fidelidade, por exemplo, não é explicado no filme, e para quem não leu o livro, fica difícil de compreender como os Potters foram traídos. Além disso, alguns personagens foram cortados desse filme, como as primeiras aparições de Cho Chang e de Cedrico Diggory. E a Firebolt, que infelizmente não é usada no filme para que eles ganhem o Campeonato, uma vez que só aparece ao fim do filme…
Algumas cenas que ficaram para sempre na memória dos fãs estão nesse filme… como a clássica cena em que Harry voa nas costas de Bicuço… certamente marcou muito o filme na época, e até hoje é muito relembrada. Também tivemos o Nôitibus Andante, e uma nova visão do Beco Diagonal (bem diferente e mais sombria da inicial)… além, é claro, de uma das falas que marcam Harry Potter e que foi o slogan mais utilizado de Prisioneiro de Azkaban: Something Wicked This Way Comes.
Conhecemos um lado mais sombrio do filme, por exemplo quando vemos Harry segurando a bola de cristal e fazendo uma profecia… e também a promessa de que vai matar Sirius que Harry faz (mesmo que muito se tenha criticado a atuação de Daniel na cena)… e os dementadores, sempre maravilhosos! Eles são responsáveis por grande sensação mais obscura do filme, mas são os meus preferidos. Desde sempre teve algo que me chamou muito a atenção nos dementadores… e aqui conhecemos o Expecto Patronum… uma pena que o patrono ainda não esteja bem como vemos no livro… e como eu disse no primeiro texto de "Waiting for the Hallows", quem de nós, fãs, que nunca imitamos Harry gritando o feitiço do Patrono? Pois é...
Uma das cenas mais épicas, sem sombra de dúvidas, está em Hermione dando um soco em Draco… certamente foi algo que chocou, pelo o que muita gente não esperava. Cena fantástica! E vemos que a Hermione não é apenas uma aluna chata que sabe tudo (o que ela é), mas também sabe impor ordem... muito legal. E também temos Hermione protagonizando muita cena engraçada (“Ninguém pode estar em dois lugares ao mesmo tempo, Rony!”)…
E a viagem no tempo, que é tratada em apenas um capítulo no livro, e pareceu quase o foco final do filme… mesmo assim, tivemos ótimas cenas, muito bem-produzidas, e que apresentaram o tema de maneira fantástica! Eu sou fã de viagem no tempo, sou suspeito a falar… mas que seja. E foi um dos dois livros em que não houve confronto direto com Lord Voldemort (o outro é Enigma do Príncipe).
Além de tudo isso, também conhecemos um pouco mais de cada um dos personagens, em uma cena divertida, em que a história é colocado sutilmente em meio à diversão: a cena em que Lupin apresenta o bicho-papão aos seus alunos. Através dali, reforçamos o medo que Rony sente de aranhas, vemos como Lupin teme a lua cheia e que o que Harry mais teme é o medo… inteligente. E conhecemos o feitiço Riddikilus, que será menos importante do que se pode pensar. Mesmo assim, uma cena maravilhosa, e vemos que finalmente eles conseguiram um bom professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.
E o Mapa do Maroto? Quando Fred e Jorge nos apresenta o mapa, o achamos magnífico… e Harry ainda o usará muito até o fim de seus tempos em Hogwarts… é o filme em que os gêmeos se integram mais à história… sempre o víamos, mas agora eles parecem mais parte do universo. E nos acostumamos com os codinomes usados pelo pai de Harry e seus amigos nos tempos de escola… mesmo que isso, no filme, também não seja muito explicado…
E o filme chega ao fim nos deixando aquela sensação: “O que eu acabei de ver?”. Após dois filmes seguindo o mesmo estilo, temos uma mudança tão grande que nos surpreende, a cada momento que assistimos… e os filmes não voltam mais ao original (ainda bem, afinal os personagens precisam se desenvolver). Harry Potter acabara de entrar em sua nova era… a história está mais sombria, os protagonistas estão mais velhos… para no filme seguinte entrarmos para mais uma fase: a fidelidade já era…
Mas isso fica para a próxima semana, com a postagem sobre Harry Potter e o Cálice de Fogo. Estão assistindo aos filmes anteriores? Agora estamos cada vez mais perto, e a Warner está divulgando o oitavo filme para valer… Prisioneiro ainda tem aquele ar de nostalgia… acho que todos (com exceção do seis e do sete, talvez) nos deixam com essa sensação… vou ficando por aqui, por hoje, mas digo para vocês assistirem mais e mais Harry Potter, porque vale a pena! FALTAM 35 DIAS para “Relíquias da Morte, Parte 2”. Até mais!
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