Harry Potter e as Relíquias da Morte, Parte 2
Sábado, finalmente, assisti a Harry Potter e as Relíquias da Morte, Parte 2. Infelizmente, tanto trabalho, coisas para fazer, e inconvenientes por esses dias, que demorei um pouco para colocar o texto no blog. E vocês sabem que escrever esse texto não é fácil, afinal não é dos menores. Mas, enfim, está aqui. Como estava dizendo, fiz minha visita ao cinema, acompanhado de meu grande amigo: meu caderno. E as anotações ficaram incríveis! Enquanto eu jurava que estava escrevendo reto (estava escuro pra caramba, e eu com meus óculos habituais mais o óculos 3D!), percebi depois que ocupava umas cinco linhas…
Mas tudo bem. Para isso que eu escrevo esse texto. Para poder organizar tudo, para que todos entendam. E fiz um baita texto. Comentei quase toda cena do filme, na melhor maneira que consegui. Gostei do resultado final do filme, me emocionei com o fim, por saber que a série terminara… e o texto traz essas impressões e alguns comentários que julguei importante. Então fiquem à vontade para ler. Espero que gostem… e até mais!
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Tudo começa quando vemos mais uma vez a cena de Voldemort roubando a Varinha das Varinhas de Dumbledore. Dessa vez, no entanto, temos uma versão um pouco resumida… acreditei que teríamos toda a cena novamente, mas ficou mesmo mais interessante essa nova versão, mais rápida… e o filme começou daquela maneira bem pesada, querendo deixar claro como tudo estava mudado… após essa pequena cena, temos o logo da Warner, seguido por Snape em Hogwarts, olhando os alunos, sem nenhuma fala, e então o logo do filme, Harry Potter e as Relíquias da Morte, Parte 2.
Esse começo contou com uma trilha sonora extremamente sutil, era praticamente um silêncio completo. Então estabeleceu bem o clima do filme. Depois disso tudo, vemos o túmulo de Dobby… e para quem tinha ficado meio sentido por não ver a lápide do elfo no filme anterior, podemos ficar felizes. Aqui está, linda e maravilhosa, escrita Aqui jaz Dobby, um elfo livre. Aquilo já está no começo do filme para nos abalar logo de cara.
Depois disso, o filme dá uma desacelerada antes de pegar no ritmo para não deixar mais. Temos a conversa com Olivaras, uma pequena avaliação de varinhas (uma dica do final do filme, em que o fabricante de varinhas diz que a fidelidade da varinha de Draco parecia ter mudado, e agora obedecia a Harry Potter), e uma conversa que relembra o que são as Relíquias da Morte, para os menos fãs. Depois, uma pequena conversa com Grampo, negociações, e o assalto a Gringotes está formado.
Toda a cena ficou fantástica. Helena Bonham Carter interpretando Hermione Granger foi fantástica. Estava hilária e conseguiu fazer o papel com perfeição. Gostei de todo o plano, de toda a cena… Grampo e Harry sob a capa da invisibilidade, Hermione e Rony disfarçados, tudo aquilo… só a Imperio que eu imaginava um pouco diferente. Por exemplo, Victor Krum, sob a influência da maldição em Cálice… aquilo me parecia mais real. Dessa vez, só por ser o trio a utilizando, parece que eles quiseram deixar a Maldição Imperdoável um pouco mais leve, mais divertida… era quase cômico, mas de maneira desnecessária…
Harry e Grampo sob a Capa da Invisibilidade em Gringotes |
A “Queda do Ladrão” ficou interessante… mas não me lembro disso no livro, sinceramente. Se está, me desculpem os fãs. Realmente. A cena se desenvolve bem, parecida com o livro, apenas rápida (mas foi tempo suficiente para a história estar presente, acho que mais tempo era desnecessário mesmo). Todo o conteúdo do cofre se multiplicando, Grampo fugindo, e a fuga no dragão… ficou rápido, interessante e bem-feito, mas o foco fica para Harry embaixo da água, tendo as visões de que Voldemort já sabe sobre as Horcruxes…
Depois daquela cena (de que gostei bastante), então, temos a partida do trio para Hogsmeade, a primeira aparição de Aberforth Dumbledore… caracterização legal, uma pena que ele tenha aparecido tão pouco, e que a história de Alvo tenha sido totalmente ignorada. Pergunte para alguém que não leu o livro quem é Ariana? Pois é… no todo, a cena ficou interessante pelo quadro e por revermos Neville… e Neville teve (finalmente!) sem destaque merecido nesse filme, o personagem se deu bem!
Uma das primeiras falas de Neville (quando o vemos já com hematomas, logo de cara) explica o regime de Snape e os castigos dos Carrow – e como ele foi punido por se recusar a praticar a maldição Cruciatus em alunos do primeiro ano… para nós, fãs, que entendemos bem o que tudo isso quer dizer, a cena se torna meio chocante… imaginem só? Depois, temos Harry recebido com aplausos, numa cena emocionante (ao som de Hedwig’s Theme), e me pergunto: o que Cho faz de uniforme nesse filme? Os produtores não se deram conta que ela já se formou?
Uma das cenas mais engraçadas fica a cargo de Harry, logo após sua chegada a Hogwarts – “Há uma coisa que precisamos encontrar”, “O que é?”, “Não sabemos”, “E onde está?”, “Também não sabemos”. Foi uma das partes que a sessão do cinema mais riu (e a risada de tanta gente, nos contagia). E é claro que tem que ser Luna para comentar sobre o diadema perdido de Ravenclaw…
Numa cena muito boa, temos Snape à frente de todos os alunos, os interrogando sobre se algum deles viu ou sabe onde Harry Potter se encontra… foi uma das melhores cenas do filme, por mostrar Harry saindo do meio da multidão para desafiá-lo – seguido por toda a Ordem, que entra pela porta da frente – e a fala: “Parece que você tem um problema de segurança, diretor. E pelo jeito, ele é bem sério”. É nesse momento também que Minerva tem seu primeiro grande momento, ao lutar contra Snape (A demissão de Severo Snape).
Pena que toda a alegria da cena (tá, quem que assiste Harry Potter e ainda não se acostumou a isso?) tenha terminado logo em seguida, com Voldemort se dirigindo a toda a escola pela primeira vez… no filme, tentaram dar um tom mais sombrio às falas, mudando o estilo de sua voz… ficou legal. E com Minerva dizendo a Harry que é bom vê-lo, colocar as estátuas do castelo para defendê-lo (“Eu sempre quis usar esse feitiço!”), e Harry deixando tudo por conta de Neville (“Tome conta de tudo, Neville”) para procurar a Horcrux, a Batalha de Hogwarts tem início…
Várias ações se desenvolvem ao mesmo tempo. De um lado, temos os feitiços de proteção à Escola sendo feitos, que eu acho lindo (podem ver no meu texto do ano passado sobre Relíquias da Morte, Parte 1, em que eu já elogiava a proteção aos acampamentos); de outro, temos Harry e Hermione partindo para a Câmara Secreta (numa mudança do livro, temos Rony justificando sua “ofidioglossia” com “Harry fala dormindo, já percebeu?”); e por fim, Harry indo conversar com Helena Ravenclaw, em outra mudança do livro…
Primeiro, sobre a Câmara Secreta. Sempre foi uma das coisas que mais fascinou no universo de Harry Potter, por algum motivo. Então poder vê-la no cinema, mais uma vez, foi fantástico. Sem contar que é aqui que temos o primeiro beijo (no filme, único) de Rony e Hermione – a cena foi linda. Foi divertida (como o casal exigia) e ainda assim terna… foi rápido, afinal eles esperavam por isso há anos (como nós, fãs) e depois o sorriso dos dois foi impagável…
A conversa com Helena Ravenclaw foi ótima. Por mais diferente que tenha sido do livro (em que a conversa nem ao menos acontece), a cena valeu a pena. Mas, de qualquer maneira, apenas algum fã de Harry (ou ele próprio) para entender o que Helena quis dizer quando fez aquela “charada” final… nós sabíamos que era da Sala Precisa a que ela se referia, claro.
E por fim, a quebra da proteção de Hogwarts (tão interessante quanto os feitiços de proteção sendo feitos, alguns minutos antes). Assim que a Horcrux é destruída na Câmara Secreta por Hermione (e o casal é “perseguida” pelo rosto de Voldemort nas águas, antes do beijo), tanto Voldemort quanto Harry sentem isso, numa cena muito boa. Depois disso, em toda sua fúria, o Lorde das Trevas usa a Varinha das Varinhas e destrói a proteção à Hogwarts (quase partindo a varinha nesse feitiço, por sinal).
Alguns dos momentos de Neville, logo em seguida, foram: primeiro ele provocando os Comensais, na ponte, pouco antes da quebra dos feitiços de proteção, e então tendo que correr quando isso acontece. Gerou muita risada, mas a cena foi fantástica, e Neville se saiu muito bem. Além disso, foi ótimo quando, após o xoxo beijo de Harry e Gina, ele está louco atrás de Luna, dizendo que “é louco por ela, e precisa dizer isso logo, porque estarão mortos ao amanhecer”. Enquanto isso, vemos o castelo e o campo de quadribol queimando e sendo destruído… todas cenas muito tristes para qualquer fã… é a “morte” de uma série…
Na Sala Precisa, temos uma sequência toda muito fantástica. Logo no começo, vemos Pixies, e uma conversa entre Harry e Draco sobre as varinhas… depois, temos o diadema, afinal, e toda aquela coisa de Crabbe colocando fogo em todo o lugar… o fogo ficou fantástico, com dragões, cobras (e por fim o rosto de Voldemort, quando a Horcrux é destruída), cena ótima. Rony teve ótimas falas, como: “Essa é minha namorada, seus imbecis”, numa interpretação incrível, e depois voltando desesperado pelo fogo. E no fim, “Se morrermos por ele, eu mato você, Harry”.
A última fala, refere-se à boa ação de Harry de salvar a vida de Draco (e é por isso que temos o olhar de quase companheirismo entre a dupla no epílogo)… gostei de ver todos voando nas vassouras, foi uma boa finalização para a cena. Só foi desnecessário Harry atingir o diadema com o dente de basilisco, afinal apenas o Fogo Maldito já o exterminaria… mas acho que quiseram deixar mais simples para os não-fãs… aff. Mas tudo bem. E claro, Voldemort fica ainda mais fraco (mas ainda com força suficiente para matar um que o “incomoda”, ótimo).
Podemos ver um super patrono de Aberforth, enquanto o trio tenta ir atrás de Voldemort e Nagini, para destruir a “última” Horcrux, e várias mortes acontecem, como de Tonks, Lupin e a triste morte de Fred. Mesmo que breve, foi algo que mexeu com os fãs. Mas talvez a pior tenha sido de Snape… vemos como Voldemort foi frio ao matá-lo, como os motivos foram absolutamente egoístas, e como a morte foi muito mais violenta que o normal. Um Avada Kedavra seria rápido e certeiro, no entanto (como a varinha seria leal à Snape, na mente de Voldemort, ela se recusaria a matar seu mestre) a morte é muito mais lenta e sangrenta… cena pesada, mas fantástica.
E depois de todo aquele momento de tristeza, em que ficamos nos perguntando porque tudo aquilo tem que acontecer, temos Harry pegando as lembranças de Snape em suas lágrimas (é, eu sei) e indo até a Penseira. A cena que equivale a A História do Príncipe é fantástica! Simplesmente amei a cena, uma das melhores de todo o filme… foi maravilhosa, e me recusei a fazer anotações enquanto a assistia, para poder aproveitá-la…
Só posso dizer que a cena fascina. Há quem diga que se decepcionou… eu não entendo porque alguém diria uma coisa dessas. Acho que da mesma maneira como esse é o melhor capítulo do livro (na minha opinião), é uma das melhores partes do filme também. Gostei da cena, muito bem-feita, rápida, mas precisa. E nos mostrou, em cenas que quase se assemelhavam a um trailer (o que proporcionou à narrativa um ritmo legal), tudo o que precisávamos saber, resultando em Harry resolvendo se entregar para Voldemort. Perfeito, Snape partiu de uma maneira bonita… seu final na saga foi digno… e quando Dumbledore lhe pergunta: “Lily… after all these time?”, e ele responde “Always”, eu me arrepio… inevitavelmente.
E depois de tudo isso, Harry descobre que precisa ir até a Floresta Proibida se entregar a Voldemort. Por mais que seja o certo, por mais que saibamos que Harry vai voltar, toda a cena ainda é muito triste. Temos uma despedida bonita de Harry e Hermione (linda cena), mas uma pena que Harry e Rony não tenham tido uma cena à altura naquele momento… vemos a última Relíquia da Morte (a Pedra da Ressureição) e os pais de Harry, Lupin e Sirius… a cena ficou bonita, bem emocionante, e é sempre bom ver Harry tendo a oportunidade de conversar com Lílian e Tiago…
A morte de Harry é fantástica. A cena do Avada Kedavra é rápida e impactante, e depois temos Harry e Dumbledore em “King’s Cross” (é sempre bonito ver Dumbledore dizer a ele que aquela é a viagem dele, então é interessante que ele imagine a estação). Ali, conhecemos a parte da alma de Voldemort que vivia em Harry (vemos Harry limpo – finalmente! – e sem óculos, só não dá para saber se está sem cicatriz, pela posição do cabelo…) e temos a célebre frase de Dumbledore: “É lógico que está acontecendo em sua cabeça, Harry. Mas por que isso quer dizer que não é real?”.
Voldemort tem seu momento no filme depois disso. Ele se sente vitorioso, superior… cria uma atmosfera de medo em Hogwarts (e Draco só vai para o seu lado por causa de sua mãe, fica evidente), e Neville fala coisas bem bonitas… no meio de tudo isso, o ato final do filme se inicia. Harry (sem drama algum) se joga do colo de Hagrid (mas é ótimo ver a alegria de alguns, e especialmente o desconcerto de Voldemort), e a luta para matar Nagini e destruir Voldemort se inicia (enquanto alguns Comensais escapam). Mas a melhor parte fica por conta de Neville tirando a Espada de Gryffindor do Chapéu Seletor (algo pelo o que todo fã ansiava).
É aqui, também, que temos o tão esperado “Not my daughter, you bitch”, e a morte de Belatriz. Uma pena que a cena do “Why do you live?” tenha sido cortada, mas certamente estará nos bônus do DVD… ainda assim, ficou interessante (mas bem diferente do livro) a cena em que Harry se joga da torre levando Tom com ele… e diferente do que tinha imaginado pelo trailer, a dupla voa por toda a escola em uma luta no ar, até caírem para a já conhecida cena em que cada um rasteja para sua varinha.
Enquanto Harry e Voldemort já estão em sua batalha final, Rony e Hermione estão fugindo de Nagini, até Neville chegar (para ser altamente aplaudido por todos os fãs e galera do cinema) e destruir a última Horcrux… a cena foi ótima, com a pausa na luta de Harry e Voldemort. E assim que ela é retomada, temos seu final, com a desintegração do vilão… ficou legal, mas extremamente diferente do livro, e ainda fico curioso para saber como seria aquilo na tela… mas tudo bem, tenho que me contentar com o que tive, foi bom.
Na última cena antes do epílogo, temos Harry, Hermione e Rony no meio dos destroços de Hogwarts, conversando sobre a Varinha das Varinhas. É bom ver Rony tão entusiasmado em tê-la (mesmo que seja do Harry, mas whatever), mas o Harry do filme destrói a varinha. Digo “o Harry do filme” porque aquilo não acontecia no livro… gostei do fim, com o trio de mãos dadas, sujos da batalha, cansados e sofridos. Foi uma cena bastante bonita e emocionante, mas acho que o filme ainda fica nos devendo um grande abraço dos três. Eles precisavam disso…
E por fim, temos o epílogo. Ficou breve, mas na minha opinião foi o suficiente. Ficou interessante, emotivo e nos deixa com o gostinho de “quero mais” ao mesmo tempo que nos deixa claro que “acabou”… vemos o Expresso de Hogwarts partindo, e parece que temos a obrigação de segui-lo… mas não o seguimos. Toda a cena ficou ótima, temos Harry e Alvo conversando (e passando a barreira juntos, que foi legal) sobre a Sonserina, e sobre ele ter recebido o nome de dois grandes diretores de Hogwarts, um dos quais era sonserino. Preferia que fala fosse que “ele recebeu o nome de dois grandes bruxos”, mas tudo bem, ficou legal. Senti falta de Rony cobrando que seu filho vá para a Grifinória…
Enfim, o filme foi aprovado. Teve suas mudanças, teve seus defeitos, como não podemos evitar. Mas como um todo, o filme estava fantástico. Me agradou, me mostrou quase tudo que eu estava louco para ver, e eu me diverti, me emocionei e amei. Um grande encerramento para a série, acho que os fãs concordam… e vocês? Quais suas principais impressões sobre o filme?
O filme foi bom fato! No entanto a parte 1 foi muito mais fiel. Algumas pequenas mudanças que nada afetariam o tempo do filme faria dele mto mais fiel!
ResponderExcluirE sim, a queda do ladrão está no livro!
Na verdade achei o filme mto corrido. Me pareceu que os produtores pensaram: "Contamos tudo na parte 1 agora faz as batalhas". Não é bem assim. Desde qdo eles fogem do banco até a entrada em Hogwarts, tinha coisas a acontecer e foram todas ignoradas! Fazer o que...
Não vou mencionar aqui as coisas que acho válido que tivessem sido seguidas, mas que fariam um filme mto melhor fariam!
Daniel