I am Sam – Uma Lição de Amor

Tenho que comentar sobre um filme realmente muito bonito que assisti por esses dias, que tenho que recomendar para todo mundo, e que devo dizer que realmente me emocionou, me cativou. Trata-se de Uma Lição de Amor, ou I am Sam. Quem comprou foi minha mãe, em uma de nossas andanças no shopping um dia desses. E comecei a assisti-lo por acaso, mas em menos de dez minutos de filme, descobri que não podia deixar de vê-lo todo… e mesmo à meia-noite, no meio da semana, estava lá eu, começando a ver um filme longo.

E não me arrependi. Nos últimos tempos, tenho visto pouco filme, mas ao menos filmes bons, mas mesmo assim, nos últimos meses, nenhum filme conseguiu me emocionar tanto quanto esse conseguiu. Porque a história desse filme está realmente maravilhosa, muito bem trabalhada e com atuações e trilha sonora perfeitas. No todo, o filme resulta em uma grande obra-prima digna de tirar lágrimas e fazer pensar.

Foi lançado em 2001, e traz Sean Penn no papel principal de Sam, um pai solteiro cuja capacidade mental não é maior que de uma criança de sete anos. Sua filha, Lucy (interpretada por Dakota Fanning), é uma menina inteligente e que adora o pai, mas que é separada dele pela vara da infância, por acreditar que ela estaria sendo prejudicada quando sua capacidade mental ultrapassa a do pai… logo aí, temos cenas bonitas em que ela não quer ser mais inteligente que ele, e uma triste separação da dupla.

Daí para frente, o filme aborda os problemas de maneira brilhante. A deficiência de Sam é sempre muito bem trabalhada, e o grande amor por sua filha é evidente a cada minuto. Então, apesar de todas as dificuldades, ele tenta de tudo para ter sua menina de volta – e é aí que entra Michelle Pfeiffer no papel da advogada Rita Harrison; é um filme sofrido, é um grande drama, uma grande luta. Baseia-se exclusivamente na luta de Sam e Rita pela guarda de Lucy, e em como os dois realmente se amam, e é aí que mora o segredo do sucesso.

Nada mais bonito que o amor, e é nisso que o filme ganha. Todas as cenas envolvendo Sam e Lucy, Sean e Dakota fizeram com perfeição – dá para sentir a admiração, o amor e a necessidade de um pelo outro. Os dois existem da melhor maneira juntos, e isso é muito explorado (como na maravilhosa fala de “as minhas melhores lembranças dos meus pais não tem nada a ver com a tabuada”); o filme trata de como não é necessário inteligência ou grandes condições para ser um bom pai, uma boa família, apenas o amor (como na grande música dos Beatles: Love is all you need…).

Por falar nisso, como se tudo o que disse antes já não fosse o suficiente, todas as cenas mais bonitas do filme, envolvendo Lucy e Sam, têm como fundo uma trilha sonora maravilhosa, com músicas dos Beatles. Para quem é fã de Beatles, já é mais um motivo para ver o filme, não é? Uma das melhores partes fica ao som de Strawberry Fields Forever. Essa música sempre me cativou, sempre me deixou com aquela sensação de pesar, como se a música por si só já contivesse certo sofrimento, sei lá. No filme, ela se encaixou perfeitamente, deixando a cena muito gostosa de se assistir. E outra música que marcou bastante o filme para mim foi Across the Universe…

Outro ponto alto do filme são os amigos de Sam. Todos com alguma deficiência, eles formam o grupo mais encantador de amigos de um protagonista. Ver todos juntos, as conversas deles, a maneira como eles pensam… tudo é de se aplaudir. A cena dos balões é uma das mais marcantes do filme, e me causou aquela sensação em que você tem vontade de rir enquanto seus olhos insistem para que você chore… sem contar que é uma evidente homenagem aos Beatles, porque a cena lembra muito a foto do CD Abbey Road, uma foto de 1969. Sem contar que as conversas dos personagens com citações de filmes eram maravilhosas…

Não quero comentar demais, para não trazer milhares de spoilers. E também devo te deixar curioso para assistir ao filme, porque ele é tão bom que você não pode se arrepender. Mas, por fim, devo dizer mais uma vez que é uma história linda, um dos filmes mais emocionantes que vi nos últimos tempos – se você é emotivo, prepare os lenços. Se não é, você vai se comover mesmo assim. Não tem como não se render a tamanha grandiosidade. Assistam ao filme, riam e se emocionem. Até mais!

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