Friends With Benefits – Amizade Colorida

O filme tem a Classificação Indicativa de “14 anos”, por determinados temas tratados nele. Durante a postagem, eu comentei sobre esses temas, então se você não se sentir à vontade, não leia.

Por favor, me digam que eu não fui o único a ler a sinopse desse filme e ficar pensando: “Sexo Sem Compromisso?”. Tudo bem, não fui só eu, né? A sinopse dos dois filmes é basicamente a mesma coisa, mas eles não podiam ser mais distintos um do outro. Sem vergonha de admitir, gosto sim de comédias românticas. Mas tudo depende de como ela é trabalhada… se ela é uma coisa muito chata (inassistível), tem boas piadas, emociona (dá para assistir e se divertir) ou se são inovadoras (raras).

Portanto, sim. Temos mais uma comédia romântica previsível com a sinopse de dois amigos, frustrados no amor, que começam a ter relações sexuais um com o outro, apenas por diversão, sem nenhum sentimento envolvido. E isso gera uma série de situações engraçadas, levando a uma separação dramática enquanto eles descobrem que possuem, sim, sentimentos um pelo o outro, até a finalização com algum feito grandioso que demonstre o amor do protagonista por sua parceira e eles terminam junto…

Tudo mundo conhece essa sinopse. Tudo bem, mas ainda assim eu amei o filme. Todo mundo estava falando que o filme era muito bom e coisas assim, resolvi assistir, sábado à tarde, nada pra fazer (ah, tá!) e não me arrependi. Dei ótimas risadas, e ainda consegui me emocionar de verdade… o filme tem alguma coisa que nos cativa. Ele não é uma historinha pronta mastigada e fim… ou quase. Mas ele tem suas qualidades que fazem com que você se apaixone pela história, pelos personagens e pelo filme.

O filme consegue um total de 73% de aprovação no famoso site Rotten Tomatoes, e isso não é pouco. O que significa que não fui só eu que achei que essa comédia romântica tinha um quê a mais que nos fazia gostar dela. O filme estreou em Julho desse ano, trazendo Justin Timberlake e Mila Kunis como protagonistas. O primeiro no papel de Dylan, que se muda de Los Angeles para Nova York, quando uma caça-talentos (Jamie, interpretada por Mila) a descobre e lhe oferece um emprego.

O filme já começa com os dois sendo dispensados pelos respectivos parceiros. E não quero ficar fazendo comparações com Sexo Sem Compromisso, mas acho que esse filme honrou muito mais sua sinopse do que o outro, estrelado por Ashton Kutcher. Aqui, tudo realmente começou como apenas uma curtição, sexo sem sentimento e coisas assim. Os dois não se conheciam, se conheceram, viraram amigos, conversaram, e aconteceu. E nada daquilo de que “ele sempre foi apaixonado por ela”, fato que me desagradou no outro, mas ok.

A história foi bonita. Mila Kunis foi uma protagonista interessante, sua personagem era cativante. Não era uma mocinha comum e chorona. E Justin Timberlake também foi um protagonista de quem conseguimos gostar. Todas suas brincadeirinhas e tal… ele tinha uma boa personalidade, tinha um jeito que conquistava o público… mas voltando ao ponto. Jamie e Dylan realmente não se conheciam, e tivemos uma amizade (sem nada mais) nascendo antes de tudo. E eles se preocuparam em nos apresentar essa amizade, porque isso era importante antes do resto (como na cena em que um pinta a cara do outro – e em que ele foi muito mais mal que ela, diga-se de passagem – em que a amizade inocente da dupla ficou evidente), e numa simples conversa de amigos, sobre como fazer sexo devia ser como jogar tênis, eles decidem tentar… a cena do juramento (“No relationships. No emotion. Just sex.”) foi hilária!

Mila e Justin simplesmente funcionam perfeitamente juntos. Fato. E vamos deixar a inocência um pouco de lado e temos que comentar: as cenas “mais picantes” do filme estavam muito bem feitas. A primeira relação do casal foi extremamente engraçada e bonita. Primeiro, temos a conversa sobre o que um gosta no outro e tudo aquilo, e depois a relação, sem emoção, que se torna divertida. Sem contar que os comentários, o tipo de brincadeira que eles fazem durante (como as duas interrupções – uma em que ele vai ao banheiro, e outra pela chegada da mãe de Jamie)… bem, tudo foi realmente muito bem colocado, e eu gostei bastante das cenas.

E o melhor de tudo, foi como depois de tantas cenas de sexo “sem emoção”, depois que eles já pararam e tentaram sair com outros, temos aquela viagem para Los Angeles. De uma maneira genial, os escritores colocaram o casal numa situação, já na segunda parte do filme, em que os dois parecem se conhecer pela primeira vez. É uma cena extremamente romântica e bonita. E depois, a próxima transa do casal é realmente diferente de todas que já vimos ao longo do filme… temos algo bonito, romântico, calmo… foi realmente um ótimo trabalho!

Por falar nisso, toda cena em Los Angeles (onde muita coisa importante acontece) foram bonitas. Ou foram ternas, de se emocionar, ou foram divertidas (vide a cena do helicóptero) ou foram de partir o coração (vide a conversa de Dylan com Annie, sua irmã). Sem contar que ainda conhecemos um pouco mais do personagem de Dylan, e temos toda a história com seu pai e seu Alzheimer. A doença, por sinal, não foi tão trabalhada no filme, mas tudo bem… não foi para isso que você começou a ver o filme, ninguém disse que seria uma lição de vida sobre o Alzheimer. O tema está lá, é citado, mostrado algumas das dificuldades, só não fica em primeiro plano no filme.

A finalização do filme foi ótima. Não vou ficar contando para ninguém para não estragar a surpresa, mas foi ótima e vale a pena. E para falar bem a verdade, nem tinha me passado aquela possibilidade pela minha cabeça. Mas foi bem bonito.

O filme tem muitos outros positivos. Por exemplo, eles fazem uma perfeita apresentação de Nova York, realmente te faz gostar da cidade, e depois ainda fazem o mesmo com Los Angeles. As participações especiais estão ótimas, com Masi Oka no avião (e de óculos ainda! Ele tava muito Hiro Nakamura), e ainda temos Jason Segel (o Marshall de How I Met Your Mother) no filme que Jamie gosta de ficar assistindo… e como se tudo isso não bastasse, ainda temos algumas citações a Harry Potter, e a tatuagem de Dylan, que prefiro não comentar.

Antes de finalizar, só queria comentar mais uma coisinha. Eu estava conseguindo fazer textos mais breves, mas esse aqui eu tinha muito que comentar. Mas pelo menos não comentei todo o filme e não estraguei o final para vocês. Mas tem uma cena que eu tenho que comentar, porque realmente me fez rir muito. Jamie e Dylan assistindo o filme, Jamie sabendo todas as falas, e ao fim ela diz: “Por que eles não fazem um filme com o que acontece depois do grande beijo?”, e Dylan responde: “Eles fazem. Se chama pornô”. Achei que foi uma tirada inteligentíssima.

E os créditos finais… muito criativo, de fato. Gente, é isso. Já deu para ver que eu realmente gostei bastante do filme, né? Gostei mesmo, e para quem curte comédia romântica, eu realmente recomendo. Não quero falar mal de Sexo Sem Compromisso, mas é zilhões de vezes melhor. Então fica a dica, espero que vocês gostem! Até mais!