Left Behind – das idéias originais até o Spring Awakening que conhecemos…

All things he never did are left behind…

Hunter Parrish (Melchior)
Nem sempre Spring Awakening foi pensada da maneira como vemos hoje nos palcos. Muitas modificações (especialmente no âmbito musical) foram realizadas até a peça subir ao placo da Broadway. Por exemplo, algumas canções tinham uma “Reprise” (e Mama Who Bore Me tinha uma segunda reprise!) e algumas canções nem chegaram a ser cantadas pelos personagens, sendo “Deixadas para Trás”…
Jonathan e Lea
(versão Off-Broadway)
Antes da estréia, ainda off-Broadway, Duncan Sheik tinha composto as músicas da primeira idéia de Spring Awakening (diz-se que aquela versão era mais próxima do original de Frank Wedekind) – a cena original da relação entre Wendla e Melchior poderia ter sido mais pesada do que foi, no entanto Duncan e Steven Sater decidiram deixá-la um pouco mais romântica. No entanto, o grito de Wendla para finalizar “I Believe” foi mantido.
No lugar de “All That’s Known” teríamos uma música chamada “All Numb” – mas ambas tinham a mesma temática, portanto não houve uma grande diferença. “The Bitch of Living” não existia, e havia outra chamada “A Comet on Its Way” no lugar; embora ambas tivessem temas parecidos, Sheik acreditou que “The Bitch of Living” se encaixava melhor no show (e o que seria Spring Awakening sem The Bitch of Living?).
Jonathan Groff, Lea Michele
e John Gallagher Jr. (OBC)
“Those You’ve Known” substituiu “The Clouds Will Drift Away” – a troca se deve ao fato de Sheik querer a música dos três protagonistas mais próxima do que vemos em Those You’ve Known (e eu não imagino a cena diferente. Praticamente a melhor cena e melhor música de todo o espetáculo, não imagino que pudesse ser melhor de qualquer outra maneira).
“Mama Who Bore Me (Reprise)” seria depois de “Touch Me” (acho que seria bem viável) e depois teríamos “Great Sex”, que foi cortada porque os diretores acreditaram que a música apontava muito especificamente o tema do espetáculo. A música deveria conter a cena de Hänschen (que vemos durante “My Junk”, na verdade). E “Touch Me” e “The Mirror-Blue Night” deveriam ter uma reprise, e “Mama Who Bore Me” uma segunda reprise.
Até mesmo “There Once Was a Pirate”, cortada da peça, teria uma reprise. Essa música chegou a ser usada na abertura do segundo ato na produção off-Broadway, mas foi substituída por “The Guilty Ones”. A reprise de “Touch Me” seria cantada por Melchior, durante “Whispering”, música de Wendla.
Blake Bashoff (Moritz)
e Kyle Riabko (Melchior)
Sabendo de todas essas idéias e mudanças, não tem como não nos sentirmos curiosos. Fica aquela vontade de saber como a peça seria se essas idéias originais tivessem sido mantidas. No entanto, não conseguimos imaginar Spring Awakening mais perfeito do que já é. É claro que algumas mudanças poderiam deixar a peça ainda mais interessante, mas muitas delas parecem desnecessárias. Por exemplo, The Bitch of Living e Those You’ve Knwon… não imagino Spring Awakening sem qualquer uma dessas músicas…
O que importa é que a peça é ótima da maneira que é. E você, que conheceu Spring Awakening através do blog, que ouviu falar sobre a peça pela primeira vez através do “Parada Temporal”: já assistiu? Se sim, qual é sua opinião? E se não: o que você está esperando? Até mais!

A shadow passed, a shadow passed…
Yearning, yearning for the fool it called a home…

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