A Árvore da Vida – The Tree of Live


Como eu já disse, o melhor filme que existe é aquele que te faz pensar, e te deixa refletindo sobre ele mesmo horas depois de tê-lo assistido. Árvore da Vida conseguiu fazer isso comigo. Eu acabei o filme e fiquei na mesma posição, e então comecei a pensar. Pensar, pensar, pensar. Entender o que tinha acontecido e o que tinham nos contado, pensando no como era triste aquela história e aquilo que presenciamos.
Pensei muito, e isso me faz dizer, com orgulho, que o filme é bom. Fiquei feliz em tê-lo assistido. Estava curioso e tal, mas acabei não indo ao cinema, assisti em casa mesmo. Fiquei bem feliz, bem contente. Por um tempo tive dúvidas. Ele já começa num clima calmo, mas meio melancólico, nos apresentando um pouco da temática divina; e então partimos para tristeza, muita tristeza, e eu já fiquei com aquela carinha de: “Mas já começa tão triste assim?”. Acontece que já começamos com a morte de um dos três irmãos, então já ficamos com aquele pesar no peito.
Depois somos apresentados a Jack (muito bem interpretado por Sean Penn), até entendermos qual é a sua relação com os demais personagens que já estávamos vendo desde o começo da história. Após uma [um pouco] longa história sobre a criação do Universo e da vida na Terra, enquanto ouvimos Jack fazendo perguntas existenciais (com umas participações de sua mãe também, vale lembrar), voltamos ao que mais importa no filme (confesso que aquela partezinha ali me cansou um pouco, desculpem).
E é aí que conhecemos toda a história do filme. O filme, além de mostrar a origem e significado da vida, nos mostra a história através dos olhos de uma família, a família O’Brien, nos anos 1950; essa parte da história começa com cenas bem mais alegres e bonitas; temos os dois primeiros filhos ainda crianças, e é simplesmente encantador assisti-los; mais tarde, somos apresentados ao convívio do Sr. O’Brien (interpretado por Brad Pitt), sua esposa (interpretada por Jessica Chastain) e seus três filhos. É uma história realmente muito bonita. Temos o nascimento de cada um deles até que eles se estabeleçam quando Jack está na adolescência. O pai é autoritário e preocupado em educar os filhos direito, e ao mesmo tempo em que tenta demonstrar seu grande amor, é bastante turrão. Já a mãe, é o alívio às crianças, mais liberal e mais divertida.
Uma cena muito bonita do filme é quando o pai viaja e os três passam muito tempo brincando e se divertindo com a mãe. É ali também que Jack começa a experimentar os primeiros gostos da rebeldia; no entanto, muita cena bonita está reservada para o pai com as crianças; enquanto muitas cenas fortes, e em que o pai briga com eles existam, temos vários momentos em que ele quer demonstrar seu afeto, nem sempre tendo muito sucesso nisso, e essas são as melhores cenas do filme, sem dúvida.
É com Jack que passamos a maior parte do filme, é com ele que vivenciamos muita coisa. Já depois de sua fase de rebeldia e tudo aquilo, temos cenas lindas dele com o irmão; os dois simplesmente se encaixam, e ao mesmo tempo em que rimos, nos emocionamos com o relacionamento deles; no fim do filme, a cena com cada um de um lado do vidro foi a que mais conseguiu me encantar. E Jack também tem cenas boas com o pai, tanto de demonstração de raiva, de confrontar o pai, e de pedir perdão e abraçá-lo ao final…
O filme é realmente bom, te faz pensar. Tem um final que pode te deixar meio perdido, mas certamente contente. Por mais confuso que possa parecer à primeira impressão, é uma cena muito gostosa de se ver, é um momento maravilhoso. Você não vai acabar o filme rindo nem nada assim; primeiro você vai acabar com rugas na testa, tentando interpretar tudo, depois você vai ficar pensando nele por muito tempo, até que você vai dizer: “Nossa, como foi bom!”. Um filme recomendado, sem dúvida. Até mais!

Comentários

  1. Jefferson, eu concordo com tudo que você disse, esse filme é belíssimo. Assisti ele semana passada e fiquei encantada, e com certeza não é o tipo de filme que agrada à todos, principalmente pelo desenvolvimento lento e pela temática envolvendo questões existenciais, fundamento da vida e formação do indivíduo, pra alguns com certeza pareceu um filme chato e sem sentido. Mas enfim, eu amei! Me fez refletir por horas também e muito mais que um espetáculo visual, esse filme foi feito pra ser sentido!

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    1. Muito bom o que você disse (y) gostaria de ter pensado nessa frase antes... dhisohdoasdsa volte sempre!

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