Glee 3x05 – The First Time
Mesmo com a ausência das cenas de sexo que tanto esperávamos ver nesse episódio, o episódio foi um dos que mais gostei em Glee. Tivemos uma história bem legal que girou em torno da expectativa da primeira vez de Blaine com Kurt e de Rachel com Finn; mesmo sem cenas de sexo, tivemos um episódio com um clima bastante atrevido, e quase mais pesado em alguns momentos, por alguns diálogos muito mais do que sugestivos, cenas envolvendo bastante a temática homossexual, alguns pesos emocionais – como a cena de Mike com seu pai e Finn com os sonhos frustrados no fim; então, toda a tensão sexual (que existiu) e a emoção foi suficiente para fazer um episódio um pouco mais adulto do que estávamos acostumados.
O tema central, portanto, foi sexo e a estréia de West Side Story, e os dois temas se misturaram no começo do episódio quando Artie disse a Rachel e Blaine que eles não tinham paixão suficiente para o papel e perguntou se eles já tinham ao menos transado – “Como esperam transmitir a experiência humana para um público quando sequer se abriram para a coisa mais básica e primordial da humanidade?” [“Tonight”]. Aí eles partem em uma tentativa louca de transar com seus respectivos namorados para sentir o que Tony e Maria sentiam e poder transmitir isso no palco…
Não entenda minhas palavras anteriores como um “American Pie” em Glee, porque não foi nada puxando para o engraçado. Foram cenas bastante bonitas, lentas e muito bem trabalhadas; eles queriam mostrar a incerteza e a vontade dos dois casais, ambos os sentimentos se misturando… ao mesmo tempo em que eles queriam muito, não sabiam se deviam… era muito bom ver os diálogos dos dois casais e sentir no ar o desejo emanando de cada um deles… as expressões de Finn, Rachel e Blaine (muito mais que Kurt) denotavam como eles queriam isso. Fiquei feliz com a boa interpretação dos atores, os tornando um pouquinho mais safadinhos que o habitual.
Rachel e Finn quase tiveram sua grande cena na primeira metade do episódio… tivemos todo o convite para a casa sozinha, e tivemos uma Rachel atirada enquanto Finn agia com um pouco de receio, ao mesmo tempo receoso, em choque e com uma grande vontade… bem, a cena quase se tornou cômica com tantas interrupções, até que nada acontece depois que Finn descobre os motivos de Rachel querer tanto fazer isso… bem, é a primeira vez que vemos o coração do personagem ser partido no episódio.
Quanto a Kurt e Blaine, a situação foi um pouco mais difícil ainda… podíamos ver o quanto Blaine queria fazer aquilo, e parecia querer muito mais que Kurt, e ele estava ótimo no papel… a cena em que Kurt pergunta: “Você já quis arrancar nossas roupas fora e se divertir?” e ele responde: “Sim, mas foi pra isso que inventaram a masturbação” foi simplesmente impagável. A cena de Blaine bêbado tentando algo com Kurt dentro do carro foi menos ousada do que o comentado, mas foi uma das melhores cenas do episódio… a briga dos dois, a maneira como Kurt grita e como Blaine vai embora sozinho, arrasado, é perfeito. Ótima interpretação de Chris Colfer e Darren Criss, como sempre.
Ainda falando sobre alguns “empecilhos” do relacionamento Kurt-Blaine, tivemos a aparição de Sebastian. Primeiro lugar, vamos explicar as razões de ele ter aparecido: ele aparece quando Blaine vai até a Dalton Academy convidar os Warblers para a estréia de West Side Story. Foi ótimo rever os Warblers, meus olhos estavam brilhando! Dessa vez Darren não teve solo algum, e nem usava o uniforme, mas foi ótimo vê-lo dançar ao som de Uptown Girl, e também foi bom ver alguns vocais novos na série. Gostei muito da cena, foi muito bom ver a animação e o clima da música… Grant Gustin, no papel de Sebastian, estava ótimo na cena, já mostrando interesse por Blaine logo em sua primeira cena.
As cenas de Sebastian me agradaram. Como disse, há quem não goste dele por comprometer a relação de um dos casais favoritos do momento, mas eu simpatizei bastante com ele. Acho que sua atitude atrevida é bastante inovadora, e algo bem legal de se assistir. É bom ver como ele quer Blaine, e como ele não se sente nada acanhado em dizer isso a ele, mesmo na frente de Kurt, e em ir em busca do que quer. Gostei do personagem por esse motivo, por ele ser extremamente pra frente, e não estar nem aí com nada. Melhor fala – Blaine: “Look Sebastian, I have a boyfriend”, Sebastian: “Doesn’t bother me if it doesn’t bother you” – fiquei realmente pasmo com a cena, mas meio que ri; ali o personagem realmente ganhou minha aprovação… mas vê-lo dançar com Blaine no bar gay realmente deu bastante pena de Kurt…
Sobre o bar “Scandals”, tivemos coisas interessantes por ali. Quem chama Blaine e Kurt para lá é Sebastian (e corrijam-me se estiver errado, mas Sebastian estava vestido muito parecido com o que estamos acostumados a ver Finn usando, não?) e o que importa ali é revermos Karofsky. Ele fez uma reentrada fenomenal na série… o personagem que já foi odiado estava realmente adorável, não tinha como não gostar dele… uma das melhores cenas, e ele fez o papel com perfeição. Depois de termos Blaine meio balançado por Sebastian (eu sei tudo o que ele disse a Kurt, mas não dá para negar que após a primeira conversa com Sebastian, depois daquele “Não sei quem é esse tal de Blaine, mas pelo jeito ele é muito sexy e canta como um sonho” não dá para negar que Blaine ficou um pouco balançado, com uma expressão meio surpresa e encantada ao mesmo tempo), ficamos nos perguntando se com esses quatro não podemos ter, no futuro, dois novos casais na série…
Vai saber?
Sobre algumas das músicas ainda não comentadas, vamos lá. A Boy Like That foi uma música bastante cortada, nem sei explicar… não tem como falar só dela, apenas que Santana e Rachel cantando juntas são ótimas. Mas tivemos a mescla dessa cena com a primeira conversa de Blaine com Sebastian (ótima cena) e depois, muito tempo depois, o fim da música volta sendo mesclada com Tina contando sobre sua primeira vez com Mike… isso nunca tinha ficado claro na série, mas agora esteve. E também foi ótimo ver aquela reunião das meninas, e Santana dizendo que Finn era péssimo na cama. Outra cena engraçada, Finn pedindo conselhos sobre camisinhas para Puck e ele: “Você está traindo a Rachel? Porque se tiver, isso não é legal!”.
America foi a música que nos deixou mais com o gostinho de West Side Story estreou e foi uma das melhores cenas já feitas na série, na minha opinião. Afinal, tudo foi perfeitamente coreografado e aquilo estava muito estilo Broadway, que me deixou muito orgulhoso. Todos os New Directions deram show, e era bom ver o orgulho de alguns responsáveis por aquilo tudo, como Artie e Will; também foi bom ver Artie “se sentindo adulto pela primeira vez”. Gostaria que a série fizesse mais cenas como essa… agora que chegamos ao fim de West Side Story me pergunto se teremos algum outro musical antes do fim da temporada… infelizmente creio que não, mas adoraria se sim.
Por fim, tivemos One Hand, One Heart na voz de Lea Michele e Darren Criss (Rachel e Blaine)… sendo um fã dos dois como eu sou, não tem como não aprovar o dueto! Afinal, é Rachel e Blaine! Acho que os dois sempre dão show cantando, juntos ou não. E a cena foi realmente bastante bonita, finalizando o episódio bem, mostrando cenas românticas tanto de Blaine com Kurt (como é o caso da foto ao lado) quanto de Rachel com Finn… acho que foi uma ótima escolha aquela mescla… e me pergunto: aquela cena quis nos dizer que ambos os casais foram até o fim? Quer dizer… ficou bem vago, não ficou? Até acredito que sim, mas... bem vago.
O episódio foi realmente muito bom, um dos melhores que a série já produziu. Tratou com perfeição o assunto da primeira vez (além de dar um par para Beiste, que protagonizou bonitas cenas do episódio), e me deixou bastante feliz. Todas as conversas perfeitas, todas as cenas mais sugestivas, todas as partes mais emocionantes, e a estréia de West Side Story, tudo nos fazia dizer que “valeu a pena”… foi um ótimo episódio (praticamente sem Rory e sem Mercedes), vamos esperar pelo da próxima semana. Até mais!
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