In Time – O Preço do Amanhã

Um Robin Hood futurista com um toque de Matrix?
Talvez, mas com certeza isso não é suficiente para descrever o filme. O filme de ficção científica, de 2011, estrelado por Justin Timberlake (no papel de Will) e Amanda Seyfried (no papel de Sylvia) é bem mais que isso. É uma obrigação a todos que gostam de filmes de ficção científica, especialmente com temática futurística. Eu, que já estava ansioso por esse filme desde a primeira vez em que vi o trailer, fui conferi-lo ontem à noite, e saí entusiasmado.
Bem, fui com a minha prima, e a gente passou algum tempo conversando sobre “tempo” e fazendo piadas sobre como a frase “Tempo é Dinheiro” começava a fazer sentido de agora em diante… o filme nos conta uma história num futuro próximo em que a moeda corrente é o tempo; as pessoas param de envelhecer aos 25 anos, quando seus relógios começam a funcionar, e a partir daí os mais pobres precisam correr atrás de tempo (trabalhando, roubando, pegando emprestado alguns minutos) para chegar ao fim do dia vivos, enquanto os ricos acumulam décadas e mais décadas em seus relógios.
O filme traz uma boa discussão nesse sentido, de como os mais privilegiados comandam o mundo e faz tudo girar a favor deles, enquanto os demais têm seus relógios contando os últimos minutos quase o tempo todo, sempre conseguindo algumas horas a mais, no máximo um dia… e o relógio foi algo que me fascinou! Aquelas horas sendo contadas no braço (vistos desde a primeira cena, com Will acordando) eram realmente incríveis… e a cena do relógio de Will começando a funcionar quando ele completa 25 anos é interessante…
E essa proposta toda é muito interessante; temos toda uma sociedade de pessoas em seus 25 anos; temos famílias completas com mãe, irmã e filha, todas aparentando a mesma idade; gostei muito de como foi tratada toda a idéia do relógio que contava seu tempo de vida, e como você ganhava ou perdia tempo… gostei das cenas que nos mostravam os relógios começando a funcionar, ou zerando (algumas cenas foram bem tristes, como a última cena de Will com sua mãe). Tudo foi bastante interessante! A idéia é tão boa, tão genial que eu fico pensando: isso nunca passou pela cabeça de ninguém antes? Como assim?
Depois de ser acusado injustamente de assassinato (além de conseguir mais de 116 anos em seu relógio) e ver sua mãe morrer, Will parte em uma tentativa de derrubar esse sistema, e é aí que ele começa a se assemelhar com Robin Hood, usando a ajuda de Sylvia, filha de um grande magnata, para juntos conseguir mais e mais tempo para aquelas pessoas que estão sem tempo no Fuso em que Will vivia… isso gera ótimas cenas entre a dupla, ótimas cenas de ação envolvendo o Agente do Tempo, e muita aventura maravilhosa de se assistir na tela…
O filme é realmente muito bom, mais uma ótima ficção científica criada. Fico satisfeito em ver que ficções científicas de qualidade continuam sendo criadas a todo momento e continuam sendo apreciadas por grande parcela do público… são sempre meus filmes preferidos, mas isso é meio suspeito… eu realmente recomendo a qualquer um que goste desse estilo, e também a todos que não são lá tão fãs, porque vale a pena. O filme consegue captar a atenção tanto dos fãs quanto dos não-fãs do gênero. Uma ótima narrativa, ótimas cenas, ótimas interpretações. Realmente vale a pena.
Só sobre o meu pequeno comentário com relação a Matrix: mais uma piada, porque teve dois momentos do filme que realmente me fizeram lembrar Matrix; em primeiro lugar, as letras dos créditos iniciais e finais, aquelas letras e números verdes me lembraram muito àquela trilogia; e em segundo lugar, a cena dos diversos seguranças de Philippe Weis, que me lembraram muito os Agentes da Matrix… mais uma vez, fica a dica para quem quiser ir no cinema conferir! Vale muito o seu “tempo”! Até mais…


E você: como vai seu "tempo"?

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