Jogos Vorazes, Livro Um
Ótimo. O primeiro livro da trilogia Jogos Vorazes, escrito por Suzanne Collins é brilhante. Collins escreve uma história interessante e surpreendente, que segura o leitor ao livro. Depois de começar a ler, terminar o livro é uma questão de pouco tempo… mesmo quando você tem mais um monte de coisas para fazer. A narrativa é gostosa, e certas coisas são tão bem descritas, tão reais que você realmente se sente dentro do livro, na arena junto com Katniss…
O que algumas vezes não é lá muito bom.
O que quero dizer é que muitas das experiências pelas quais Katniss passa não são coisas que queiramos viver também, mas Collins faz com que, além de testemunharmos, vivamos com ela. Descrições quase perfeitas fazem com que as imagens passem na nossa mente com clareza, e que algumas sensações dos personagens se tornem nossas… por exemplo, algumas dores e angústias… mas claro que nos sentimos como Katniss em bons momentos também…
O livro merece ser valorizado pela riqueza da história, envolvente e perturbadora. É uma grande crítica social, que Collins conduz com maestria. No começo do livro, quando somos apresentados a Panem, um país dividido em 12 distritos, e a Katniss, moradora do pobre Distrito 12, vemos uma realidade clara em nossas mãos. A maneira como a autora descreve a vida da personagem principal, tudo o que ela passou, as condições de seu distrito e a opressão da severa (e riquíssima) Capital é brilhante – uma bela crítica ao governo que controla o povo e o oprime, impedindo que ele faça alguma coisa para se defender; uma crítica à crueldade, ilustrada pelos Jogos Vorazes, quando 24 crianças são soltas em uma arena (com um pouco de treinamento) para matarem umas às outras até que apenas uma sobreviva – enquanto todo o país assiste em televisões e telões gigantescos. Essa é uma das medidas de punição encontradas pela Capital, pela tentativa de rebelião realizada pelo país, 74 anos antes.
Jogos Vorazes inicia toda a história de Katniss, e nos apresenta personagens importantíssimos – como Peeta e Haymitch. Os três nos encantam de maneiras diferentes. Katniss por se voluntariar aos jogos para salvar sua irmã mais nova, de apenas 12 anos, Prim – e como a personagem se desenvolve de uma pobre garota do Distrito 12 a uma guerreira corajosa. Peeta é encantador e surpreendente em todas suas cenas – consegue nos deixar pasmos, nos fazer sorrir, rir e quem sabe até chorar… sua proteção a Katniss, seu carinho absoluto, sua gentileza, não tem como não gostar dele. E Haymitch é o improvável mentor dos dois nos Jogos. Bêbado, antigo vencedor, tem que superar seus próprios problemas para ajudar as crianças nos delas…
O livro não tem nada de inocente. Collins não tenta em momento nenhum transformar Jogos Vorazes em um livro comum ou leve. É realmente para chocar e para nos preparar para o futuro da trilogia, que esquenta muito mais do que isso, apenas uma introdução. Sua crítica social não está escondida nas entrelinhas para que apenas algumas pessoas a encontrem – está lá, em todo o livro; e a narrativa é tão real para que ninguém consiga fechar os olhos e deixar de ver o que ela tenta mostrar o livro todo: alguma coisa precisa ser feita! E Katniss e Peeta são o começo dessa revolução, o nascimento do tordo… leiam!
Se antes eu achava que eu devia comprar esse livro, agora eu enho certeza! Parece fascinante!
ResponderExcluirEu vou fazer alguém ler Jogos Vorazes ++
ExcluirO Mês Temático já valeu a pena! kkk