Smash 1x07 – The Workshop


O primeiro workshop de Marilyn, the Musical finalmente foi apresentado, e de maneira ainda mais encantadora do que eu tinha imaginado. O episódio foi ótimo, quase totalmente centrado no musical, mas conseguindo trazer algumas histórias externas para dentro do teatro e assim as colocando na série. Junção perfeita, com algumas reviravoltas inesperadas, um final climático e muito realismo.
Como gosto de dizer, Smash busca retratar a realidade da criação de um musical, e seu caminho à Broadway. Criar um musical não é fácil, envolve muitos e muitos processos, e todos são influenciados pela vida pessoal de cada uma das pessoas envolvidas. Assim, a série continua mesclando drama com música e teatro com perfeição. Dessa vez, mostrou-nos um pouco de um primeiro workshop e suas dificuldades – gosto do realismo ao mostrar que nem tudo sai às mil maravilhas, afinal erros acontecem, e não se agrada a todos com a primeira mostra.
Agora resta saber como a série tratará essa história daqui para a frente. Após as impressões de uma primeira apresentação, mudanças ocorrem, a peça continua sendo reinventada. E a série promete trabalhar isso bem, com uma promo do próximo episódio eletrizante… não tem como não se sentir curioso com as cenas e sinopses divulgadas… muita emoção para as próximas semanas. Uma das reviravoltas não me agradou: tirar Michael, com todo seu talento, do musical, por causa de seu caso com Julia não foi justo. Afinal os dois que sejam maduros e saibam se controlar, não precisa acabar com a carreira dele por isso…
Aproveito para comentar sobre Julia e Michael. Desde que essa história começou comento que não me agradou muito. E continuou tudo na mesma coisa – os dois juntos, sofrendo as conseqüências, e parecendo nem se lembrar que ambos têm uma família. O roteiro se preocupou em integrá-los à história, promovendo cenas como Julia chorando ao ver Michael com o filho… se o drama familiar serviu de alguma coisa, ponto positivo para Leo fumando maconha e sua conversa com Julia sobre o beijo visto dois episódios atrás. A última cena foi extremamente bonita e emocionante, ótimo encerramento para o episódio.
E Karen teve uma história ótima no episódio. Essa coisa toda de grande chance com Bobby foi bem interessante, e eu queria muito ver mais disso. Brighter Than the Sun foi muito boa – não acho que o tom da música tenha exigido tanto de Karen como outras que ela já interpretou (magnificamente), mas ela fez um ótimo trabalho como sempre, em uma de suas melhores interpretações. Quando Bobby disse: “That was beautiful. I think I love you”, tudo o que eu consegui pensar era: “pensamento compartilhado”. Cena maravilhosa, e gostei de toda a história que se desenvolveu, gostei de ver a alegria em seus olhos, embora lamente que ela tenha perdido a última reunião, e última chance… mas foi uma escolha dela. Também gostei de vê-la mais enturmada, realmente fazendo parte desse universo… a personagem parece ainda mais real, uma protagonista despretensiosa e carismática que já conquistou o público. Comentário rápido: Tom e John não devem ter sido tão ruins quanto tentaram nos fazer acreditar semana passada… e realmente espero que ele não fique com Sam, mas whatever.
O workshop. Ah, o workshop. Momento de apreciação, uma das melhores cenas do episódio. Tudo foi esplêndido, me emocionou. O nascimento de uma obra, um tema pelo qual sou apaixonado, grande momento. A cena mostrou pequenos trechos de músicas já conhecidas nossas, com um pouquinho de palco e um pouco de Karen como Marilyn, nas músicas que já interpretou. Destaque principal para a cena de On Lexington & 52nd Street, com Michael – a música foi perfeita, a cena toda muito bem coreografada (com a cena clássica de Marilyn) e ele emocionou… se ele estiver mesmo fora da série daqui para a frente, não consigo esconder meu descontentamento…
E ainda tivemos um pouco da coreografia de beisebol – esse tipo de coreografia me fascina. Ivy esteve ótima ao longo de todo o episódio. Embora preferisse muito ver Karen como Marilyn, gosto do rumo que o papel de Karen está tomando, e também gosto como a personagem de Ivy consegue ser duplo – fazendo-nos odiá-la em um momento e quase gostar dela em outro. Suas cenas com a mãe foram impagáveis (e eu tive pena dela em vários momentos), mais um momento emocionante.
Ótimo episódio, que realmente vale a pena, e esteve à altura da minha expectativa do primeiro workshop. Ficamos cada vez mais curiosos para ver como isso vai continuar e que rumos esse musical ainda tomará, até o fim da temporada. E será que até o fim da temporada já teremos o musical pronto? E sobre o que será a segunda temporada? Teorias começam a se formular? Quem sabe. Para quem ainda não viu, aconselho que assistam, a série é maravilhosa, provavelmente a melhor série musical do momento… e sim, eu sou fã de Glee. Mas venhamos e convenhamos, Smash é absurdamente rico em história e qualidade… até mais!

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