Daniel Faraday – Lost
Lost é
uma das melhores séries já criadas. Decididamente o faz pensar, levanta
mistérios e nunca conheci outra série capaz de nos proporcionar a criação de
tantas teorias quanto Lost… a melhor
parte de Lost nem era ver o episódio,
mas sim fazer o levantamento de todos os dados e dúvidas (abundantes) e tentar
encaixar as peças da melhor maneira possível…
Infelizmente, Lost
chegou ao fim há exatamente dois anos atrás, no dia 23 de Maio de 2010. Digo
“infelizmente” porque não temos mais a oportunidade de acompanhar a vida dessas
pessoas, presas à uma ilha misteriosa… não temos mais a oportunidade de tentar
entender a Dharma, de formular teorias para as viagens no tempo, para os flashsideways… o nervosismo e ansiedade
pelo novo episódio não nos acompanham mais… mas ao menos a série acabou no seu
auge e só deixou boas recordações.
E dúvidas.
Reassisti na semana passada dois ótimos episódios
de Lost para escrever esse texto. E
foi um prazer. Acho incrível como Lost
tem o dom de te deixar preso, sabendo ou não o que acontece depois… e as
teorias ainda se formam na cabeça, involuntariamente. Cada detalhe nos prende à
série, e não conseguimos abandonar. É extremamente envolvente, misteriosa,
eletrizante… já decidi (mais uma vez) que vou rever toda a série… e será a
melhor coisa do mundo.
Queria tanto algo como isso novamente, e o único
jeito vai ser reassistir aos episódios antigos. Porque nenhuma série se iguala
a Lost, e aquela proposta de um dia
continuar Lost simplesmente não faz
sentido…
Assistindo aos episódios, notei algumas coisas que
merecem destaque, na trilha sonora. A trilha sonora de Lost nos conduz por uma gama de sentimentos ideal – ao ver aquele
logo todo simples, mas com aquela melodia soturna ao fundo, sentimo-nos na
ilha; como aquilo me trouxe lembranças, como me emocionou! E as finalizações,
com o som aumentando, aumentando, aumentando… é uma expectativa pelo logo, uma
expectativa, uma ansiedade. O coração pára por uns segundos, e só voltamos a
respirar quando o logo está lá… e as transições de ir e voltar dos flashes, sempre com aquele som
característico que nos contava que íamos mudar de tempo.
Genial!
O primeiro episódio escolhido foi Confirmed Dead, 4x02. Foi o segundo
episódio de Daniel Faraday na série (podemos até classificar como primeiro) e
conhecemos um pouco dele. Daniel Faraday é um físico, filho de Eloise Hawkings
e Charles Widmore, mandado para a ilha por causa de seus dons no que se refere
à matemática e física… trouxe toda uma nova era à série que é a minha favorita…
a série esteve no seu auge realmente na quarta e quinta temporada, e muita
coisa se deve à chegada de Faraday…
A personalidade de Dan é incrível, eu sempre o
admirei. Assim que ele entrou na série ele assumiu um posto entre meus
personagens preferidos e nunca saiu de lá… me divertiu muito, me emocionou
demais, e eu senti por sua morte, na temporada seguinte… no 4x02, o conhecemos,
o vemos chorando pelo Oceanic 815 (falso) encontrado no mar, esperamos para
entender por qual razão ele realmente está na ilha… é um personagem enigmático,
mas perfeitamente simpático, que logo cai no gosto do público. Um físico, um
nerd, extremamente encantador!
A quinta temporada foi ainda de mais mudança em Lost. A série assumiu um estilo de
narrativa todo novo, confuso e ainda mais complexo, e o roteiro dificultou um
pouco. Exige mais do espectador para acompanhá-lo, e ao menos o mínimo de
conhecimento de viagens no tempo. Isso se você não quiser ficar perdido como o
Hurley… eu lembro que foi a fase em que eu mais me entusiasmei com a série…
episódios fantásticos, temas super bem desenvolvidos, cenas épicas, que
realmente entraram para a história!
A quinta temporada exigia que pensássemos, mais do
que nunca. Extremamente nerd, intelectual, recheada de física, essa temporada
trouxe saltos no tempo, definições de paradoxos, tentativas de mudar o passado,
que culminaram em causas para os acontecimentos futuros. O episódio 5x14, The Variable, é um ótimo exemplo disso…
Daniel só quer impedir que a energia seja liberada, para que a Escotilha nunca
exista, Desmond nunca deixe de apertar o botão, e o Oceanic 815 nunca caia na
ilha, para que ele nunca seja mandado para lá, e que Charlotte nunca morra…
Mas até onde ele está certo?
Físicos também erram!
Esse episódio (5x14), escolhido para o blog, traz
muito do passado de Daniel Faraday, e muita resposta que ansiávamos. Foi um
episódio realmente bonito (triste em diversos momentos) e desolador no final…
ao menos é bom ver como Kate e Jack acabam assumindo as responsabilidades de
Dan e terminando tudo para ele… não que isso fosse o melhor a ser feito, apenas
para comentar. Física, paradoxo, mudança do passado, encontros inesperados… um
estilo de episódio magnífico que só não é perfeito porque The Constant (4x05) nos prova o que é isso…
Esse episódio também reserva momentos belíssimos,
como a conversa de Dan com a pequena Charlotte, a discussão do Whatever happened, happened, quando Dan
começa a questionar isso (os chamando de “variáveis”) e o épico momento de
Faraday perto da fonte de energia, em 1977: “Did you hear that? Time travel. How stupid does that
Guy think we are?”. É dessa maneira que temos nossas últimas lembranças
de Daniel Faraday… ele sempre será esse físico apaixonado, decidido a fazer
tudo por amor… realmente muito bonito, e uma das razões pelas quais eu
realmente o admiro.
Rever esses episódios me trouxe uma sensação de
saudosismo sem tamanho. Como eu sinto falta dessa época, desses episódios,
dessas ansiedades… de juntar pedaços, de ler teorias na internet, de pesquisar
por informações do próximo episódio… e quem não viu a série na época em que foi
lançada jamais vai me entender… porque se já não conhece as respostas as tem ao
alcance de um clique. Nós não. Nós esperamos anos, enquanto acompanhávamos toda
a história… os roteiristas ainda nem faziam idéia de como tudo ocorreria, e nós
estávamos lá fazendo nossas teorias. Isso sim é uma recordação que Lost vai deixar para sempre conosco! Lost me mudou, de verdade, e conheço
outras pessoas que passaram pelo mesmo que eu… Lost é Lost e não vejo
como algo poderá superá-lo… mas vai saber? Até mais!
Sinto dizer que nunca acompanhei a série =(
ResponderExcluirJá cheguei a assistir a alguns episódios avulsos, mas obviamente, eu viajei, por não acompanhar desde o princípio.
Ainda tenho vontade de assistir desde a primeira temporada, mas bate uma preguiciiinha, então eu estou empurrando pras férias, porque a minha vida anda meio corrido (tanto que só fui comentar nos seus post hoje, mas ainda tenho esperançar de fazer isso.
Vale a pena, faça isso sim :D Lost é um máximo, muito inteligente, complexo e te deixa cheio de perguntas e mistérios... mas não busque respostas fora dos episódios, o legal é assisti-los e ir formulando as perguntas e teorias (y) Pretendo começar a série novamente nas férias :P
Excluir