On Broadway – Chicago
"On
Broadway" é uma Seção Temporária do blog Parada Temporal, falando
cada mês sobre um musical diferente, com três postagens para cada produção.
Para quem não conhece como a seção funciona (temas, organização das postagens e
conteúdo), recomendo a leitura dessa postagem: On Broadway.
E bem-vindos ao Parada
Temporal e ao On
Broadway!
Chicago é um clássico musical da Broadway,
lançado pela primeira vez em 1975, baseado em uma peça homônima de 1926,
criada pela repórter Maurine Dallas Watkins sobre criminosos e crimes reais
sobre os quais ela escreveu. Muito comentado, chegou a ser produzido no Brasil
em 2004, com Danielle Winits interpretando Velma Kelly – a única cena que eu
vi, Cell Block Tango, ficou bem
traduzida e eu gostei da versão brasileira. Mas não posso dizer muita coisa
baseado em 10 minutos de peça…
A música fica a cargo de John Kander, letras de
Fred Ebb, e libretto por Fred Ebb e Bob Fosse; a peça não levou nenhum Tony
Award na primeira vez que foi produzida, e nenhum outro prêmio muito
importante. Porém, um revival foi
lançado em 1996 e é o revival que
ficou mais tempo em cartaz (teve sua última apresentação no início de 2010) –
esse revival foi vencedor de 6 Tony
Awards, incluindo o de Melhor Revival de
um Musical.
A história se passa quase totalmente em um
presídio feminino e conta a história da corrupção na justiça criminal, através
de várias personagens. As protagonistas são Velma Kelly – que está presa
aguardando julgamento pelo assassinato do marido e da irmã, após ambos a terem
traído; e Roxie Hart – que assassinou o amante. A maior preocupação das duas
nem é ser inocentada, mas sim tornar-se “celebridades criminais” com toda essa
história. Então, o musical gira em torno das artimanhas das duas para conseguir
fama, ao mesmo tempo em que convencem o júri de que são inocentes.
O espetáculo é uma história de crime, violência,
mas principalmente sobre a corrupção (Mama Morton é um ótimo exemplo dessa
conduta – “When you’re good to mama, mama is good to you”) e sobre a manipulação,
a mentira, a falsidade (especialidade de Billy Flynn – um advogado que torna
seus clientes celebridades para ganhar a simpatia do público). Nisso tudo,
aproveitamos para discutir a impunidade, e a injustiça (vocês vão entender
quando verem na peça a parte da mulher francesa).
É um musical com um estilo bastante simples – não
temos nenhum cenário, e os figurinos são basicamente os mesmos em qualquer cena
e para qualquer personagem (com poucas ressalvas). As músicas são fortes, a
peça se baseia um pouco na comédia e no sarcasmo (ao criticar de maneira
divertida), mas não é exatamente minha visão de musical maravilhoso – embora eu
tenha amigos que discordem plenamente; acho que ele é genial em seu estilo, e
também não acho que seja algo que você deva perder se você for fã de musicais
da Broadway… e algumas cenas valem a pena e poderiam transformar o musical em
algo épico, se todas fossem como elas…
Eu aconselho vocês a assistirem. Quem estiver com
preguiça de procurar pelo musical da Broadway (ou não souber inglês – ainda não
há legenda disponível), há também o filme lançado em 2002, com Catherine
Zeta-Jones, Renée Zellweger e Richard Gere nos papéis de Velma, Roxie e Billy,
respectivamente – o filme é uma adaptação, então nunca é a mesma coisa, mas
vale a pena assistir. Quase me atrevo a dizer que, embora as diferenças, o
filme pode quase ser mais interessante… vocês podem assistir e dar a opinião de
vocês! Até mais!
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