Um Jantar para Idiotas

Sabe aquele filme que parece interessante, mas como também não parece que vai mudar sua vida você vai deixando para mais tarde? Bem, e eu com certeza teria adiado por mais tempo se o pessoal da minha faculdade, no ônibus voltando de São Paulo, não tivesse colocado esse filme; e o filme, logo nos primeiros minutos, me prendeu e eu acabei não dormindo. Comentário geral: AMEI O FILME.

É uma comédia, não tem lá muita coisa nova, não deixa de ser previsível, mas ainda assim te faz rir, e te proporciona alguns bons momentos. Um homem em ascensão na empresa, acaba tendo que fazer algumas coisas com as quais não concorda, no caminho arranja um amigo idiota que mais atrapalha do que qualquer coisa, e perde a mulher em um bando de mal-entendidos…

Nada novo, mas o filme traz tudo tão bem contado que vale a pena. O jantar do título consiste em um jantar em que o protagonista, Tim Conrad, precisa levar alguém que considere idiota (e os demais farão o mesmo), para que todos possam dar risada… e bem quando ele estava disposto a não ir (graças à namorada), a “galinha se depena e pula na churrasqueira”… não tem como não encaixar Barry na lista de idiotas, não quando descobrimos que ele pega ratos mortos e os utiliza para criar (ou recriar) cenas…

Isso mesmo, ele veste os ratos com pequenas roupas, produz cenários, refaz cenas importantes (como a Santa Ceia – ou quadros famosos, como a Monalisa – ou melhor, a Ratalisa). E as esculturas são realmente muito fofas, todas bem bonitas… e o simples fato de elas aparecerem em tela, ou a maneira como Barry fala delas, já proporciona algumas risadas gostosas… e nos imaginamos no lugar de Tim.

Porém, antes do tal jantar, Barry terá um dia inteiro para infernizar a vida de Tim… e juntos eles invadem casas, acabam com um relacionamento, encontram romances antigos, e constroem uma amizade. É tudo comum, mas divertido. Eu ri, como muitas comédias não conseguem me fazer rir. E embora tudo o que acontece, Barry e Tim formam uma dupla incrível, e uma amizade verdadeira surge… como a cena final deixa, de maneira divertida, muito claro.

Barry tem seu maior destaque no tal jantar… além, claro, de se sentir ainda mais poderoso (com a história do cérebro) e orgulhoso por ganhar o prêmio, ele passa uma grande mensagem com uma série de suas produções… e o jantar em si é hilário, um idiota mais idiota do que o outro, e não tinha mesmo como não rir deles… até que tudo ficou pessoal e Barry teve uma “batalha” com Therman…

Bem, Tim pagou todos os seus pecados em um único dia. Não gosto nem de imaginar tudo o que Tim e Julie terão que passar com Barry pelo resto de suas vidas, mas garanto que “eles serão muito felizes juntos”. O filme é realmente muito bom, foi um ótimo momento para mim. Comédias devem ser engraçadas, e isso se perdeu bastante em muitas produções nos últimos tempos… sem apelar, sem forçar, Um Jantar para Idiotas nos presenteia com momentos maravilhosos… merece ser visto! Até mais…