Billy Elliot
Trata-se de um filme britânico de 2000, muito
bonito. Também um espetáculo no palco, o filme trata sobre a história de um
menino, que empurrado a aulas de boxe pelos mais velhos, acidentalmente
descobre sua paixão pelo balé. Incentivado por sua professora, Billy terá que
saber lidar com tudo isso quando seu pai e seu irmão, mineradores em greve na
Inglaterra de 1984, descobrem sobre essa paixão.
É um filme completo. Embora muitos o classifiquem
como musical, não é um musical propriamente dito. Mais parecido com Footloose ou Dirty Dancing, é um filme com trilha sonora impactante/marcante,
misturada com muita paixão pela dança. Diferente dos outros dois casos, aqui a
dança é o balé… e as músicas são ótimas! Mais uma daquelas trilhas sonoras memoráveis
que merecem algum prêmio…
Te desafio a assistir ao filme sem sair
cantarolando: “I was dancing when I was
12…”
Não é particularmente leve. Algumas coisas são bem
mais simples do que eu acreditava pela premissa, mas algumas cenas são fortes o
suficiente para nos deixar admirados e satisfeitos. Jamie Bell e Julie Walters,
por exemplo, como Billy e sua professora, respectivamente, protagonizam uma das
cenas mais impactantes do filme em uma discussão maravilhosa. O pai, e
especialmente o irmão, também fazem um ótimo trabalho sendo contra essa coisa
toda de “menino dançando balé”.
Sem contar que o filme ainda ousa em colocar
Michael, um melhor amigo de Billy com tendências homossexuais. As cenas dos
dois são admiráveis, sempre terno e bonito. Nada como aquela maravilhosa cena
em que os dois se despedem, pouco antes de Billy partir para Londres para
iniciar seus estudos. E claro, Michael é um dos grandes destaques mais tarde,
na primeira grande apresentação de Billy.
Pelo menos mostrada.
Assim, o filme consegue passar sua mensagem com
muita competência. A história é crível, os dramas são interessantes e bem
trabalhados. É divertido, é bonito e apaixonante (a paixão pela dança é
contagiante), é triste, pesado e emocionante… alguns momentos são feitos com
tamanha perfeição que te conduzem quase às lágrimas. Vide a cena de Billy
abraçado à almofada em sua cama, após receber a carta que tanto esperou, sem
que saibamos o resultado. Simples e emocionante.
Jamie Bell merece nossos cumprimentos também.
Conduz o filme todo praticamente sozinho. Alguns adultos o conduzem muito bem e
brilham ao lado dele no filme, mas ele é a grande estrela, e não deixa a emoção
cair em momento algum. Consegue ser apaixonado, esperançoso, cuidadoso (olha o
carinho que sente pela avó!), confuso e transtornado (as inúmeras cenas em que
ele grita). Acho que o ator, já muito jovem, fez um trabalho realmente
admirável!
O filme é delicioso. Fala sobre sonhar, sobre
lutar por aquilo que você quer e por aquilo que você ama. Sobre ter esperança e
não se importar com o que as pessoas à sua volta falam sobre você. Eu recomendo
a todos, realmente. Mas se você tem essa quedinha (como eu) por filmes de dança
e/ou dramas simples, mas tocantes, esse é o filme para você… vale muito a pena.
Feito há 12 anos, não parece que deixará de ser atual e tocar o coração de
pessoas de qualquer idade. Ótimo filme, assistam! Até mais…
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