“Eu quero… eu quero agitar!” – Joe Vegas
É Joe… Joe
Vegas, igual à Las Vegas!
Um dos personagens mais divertidos de Fame. Sua alegria, sua irreverência é
contagiante. Desde o primeiro momento, sabemos que ele é o alívio cômico da
peça, e que proporcionará momentos hilários… ele mais do que prova isso no
momento em que resolve mostrar seus talentos na aula de teatro… que música é
essa?
Eu rio demais! E curiosamente é uma das minhas
músicas preferidas do musical… Não Dá Pra
Broxar… afinal a letra é curiosíssima, muito intrigante, irreverente,
alegre. Tem um ritmo gostoso e reflete exatamente o que é o personagem… ao
ouvir a música, eu vejo o personagem, eu sinto sua vibração, acho que ela o
representa muito bem. Eu quero…
eu quero… eu quero agitar! Cante se estiver estressado…
Joe Vegas faz parte do grupo de teatro, amigo de
Nick Piazza, e com uma quedinha por Carmen Diaz… apesar de que ele pode ter uma
quedinha por qualquer pessoa naquela escola. É a representação daquele aluno um
pouco menos aplicado e que ama atentar na aula; divertido, risonho, piadista,
sarcástico… excêntrico, diferente, malicioso. Um tanto exagerado (ao menos na
maneira como Murilo Armacollo o compôs), mas cabível ao personagem.
Murilo Armacollo fez um trabalho maravilhoso interpretando
Joe Vegas na versão brasileira de Fame,
que esteve em cartaz no Teatro Frei Caneca até o fim do mês passado. Não
conhecia o ator, mas ele incorporou o personagem muito bem! Perfeitamente
crível… e se a peça gira em torno de um grupo de alunos diferentes entre si,
com um público abrangente (que pode se identificar com os personagens), Joe
representa a sexualidade da adolescência. Hormônios, desejos…
Não consigo
mesmo controlar.
Falando um pouco sobre a sexualidade da peça, da
qual Joe é o melhor e mais divertido representante, sem dúvida. Joe traz à peça
o lado mais sexual e pervertido da adolescência, ao mesmo tempo em que traz
certa “inocência” (mais caracterizada pela falta de experiência). A imaginação,
o pensamento é muito maior e presente do que qualquer outra coisa… é um lado
mais da luxúria, dos desejos, e todos sabem, pelo menos um pouco, o que é ter
esses sentimentos, o que é se sentir o Joe em vários momentos… portanto, tem
como se identificar com ele, pelo menos um pouco…
Todos já passaram por isso.
Esse lado do personagem se reflete claramente em
duas de suas cenas mais marcantes. A primeira é em seu solo, Não Dá Pra Broxar… é engraçadíssimo ver
como ele começa mais sério, até que entendemos o tema da música e já começamos
a rir. A interrupção do professor (“Eu vejo que você não tem medo de palco, mas… ninguém
acreditou na sua história”) resulta em uma narração ainda mais engraçada…
todos se matam de rir com sua história “mais triste” conduzindo brilhantemente
a uma volta ao refrão sublime! ÓTIMO!
E a ótima cena em que Joe interpreta Romeu com
Serena, pouco antes que Nick resolva se intrometer e mostrar como um Romeu
deveria ser interpretado corretamente. Joe faz uma cena completamente fora da
original, extremamente maliciosa, e engraçada. Mas nesse momento aproveito para
comentar sobre o momento em que ele descobre o papel que ganhou. Sua passagem
corrida pelo palco, com uma simples fala foi provavelmente a mais engraçada da
peça: “NÃO! EU PREFIRO FAZER MARIA DO
BAIRRO E CARROSSEL!”.
É um ótimo personagem, representando mais um lado
da adolescência, em meio a tantos abordados pela peça. A peça infelizmente já
não está mais em cartaz, mas se eu tiver qualquer nova informação prometo
trazer depressa para o blog… uma peça que realmente vale a pena, com um grupo
de atores extremamente talentosos, e uma história leve e gostosa… ótima
produção brasileira! Até mais…
Clique em “ler a matéria na íntegra” para ver um
cronograma completo da seção do blog: Fame, o Musical (da qual essa é a nona postagem).
14 de Agosto – “Eu quero… eu quero agitar!”
– Joe Vegas
21 de Agosto – “Tira a comida… de perto
de vez de mim!” – Mabel Washington
28 de Agosto – “Danço na calçada…” –
Tyrone Jackson
04 de Setembro – “Vocês levarão seus
corpos ao limite” – Iris Kelly
11 de Setembro – “Que bom. Pelo menos
um de nós é” – Schlomo Metzembaum
18 de Setembro – Argumento das
Professoras
25 de Setembro – O meu futuro vai
brilhar…
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