Vale o Piloto? – The New Normal 1x01
Vale
o piloto? SIIM!
Eu gostei bastante da proposta da série, mesmo que
inicialmente o que me levou mesmo a assisti-la tenha sido Andrew Rannells…
quando vi aquele sorriso na foto de divulgação da série eu tive que ir mais à
fundo para descobrir do que se tratava. Uma nova empreitada de Ryan Murphy que não
deixa dúvidas sobre suas intenções: lutar contra o preconceito na sociedade
atual. E eu APLAUDO a sua iniciativa.
A série começou verdadeiramente bem, e prevejo um
futuro brilhante para ela! Sem dúvida o Piloto valeu a pena e mostrou que a
série tem grande potencial. Conta a história de Bryan (interpretado por Andrew)
e David (interpretado por Justin Bartha), um casal bem sucedido e feliz,
moradores de Los Angeles, que decidem ter um bebê. Não tendo outra opção para
que esse filho nascesse, partem em busca de uma barriga de aluguel. Mas fala
sério se esses dois atores não funcionaram perfeitamente? Uma química incrível,
achei que eles ficaram muito fofos!
E a tal barriga de aluguel é Goldie (Georgia
King), uma mulher “atormentada” pela avó e com uma filha de oito anos (Shania –
interpretada por Bebe Wood), que embora não tenha tido lá grandes momentos, se
destacou quando apareceu. Ok, mentira, ela teve bons momentos sim! Protagonizou
uma emocionante cena com a mãe, perguntando quais eram seus sonhos antes de
engravidar dela (que a leva, juntamente com David e Bryan, mais tarde, a tentar
realizá-los) e aquela coisa toda de “Essa conversa está ao vivo no Twitter” e
aquela coisa fofa de tampar os ouvidos.
Ok, Shania é uma fofa!
Jane (Ellen Barkin), a tal avó, é o reflexo
caricaturado da sociedade dentro da série. Extremamente preconceituosa, parte
em busca de Goldie, tentando impedi-la de ser a mãe do filho de Bryan e David,
mas não dá muito certo. As falas de Goldie são impagáveis, como a maravilhosa The baby I wanna carry for David and Bryan will have
two loving parents who desperately want a child. Who are you to say that’s not
normal? Ok, foi nesse momento que eu quis levantar da cadeira e
aplaudir.
A fala acima traduziu brilhantemente tudo o que a
série prega. Após a conversa introdutória com Nana no carro (em que Goldie vê o
casal lésbico com um bebê e a avó insiste que isso não é “normal”), todos
sabiam que ela seria o problema, mas a série quer justamente calar a boca
dessas pessoas, e essa fala de Goldie chega a ser emocionante! Amando como a
série está tratando o tema, valorizando o amor e a família em qualquer formação
possível. É nisso que eu acredito, e gostei de como a série se propõe a isso, e
Ryan Murphy aos poucos conscientizando mais e mais pessoas. Goldie promete ser
uma grande e interessante personagem, com uma linda relação com a filha e essa
coisa toda de ajudar Bryan e David os adotando como uma nova família.
Gostei especialmente dessa proposta de uni-los
como uma família. Bryan, David, Shania e Goldie ficaram lindos juntos! E acho
que os quatro podem ter histórias realmente belíssimas no futuro… muito mais do
que uma série de comédia, é uma série de manifesto, conscientização e beleza. Eu
já consegui me emocionar com vários ângulos da história, logo no Piloto, sei
que ainda posso ter ótimas surpresas no futuro… uma série repleta de diálogos
bem escritos, personagens carismáticos, histórias interessantes e convincentes,
referências incríveis e uma ironia que Ryan Murphy sabe abordar muito bem! Acompanharei
a série? Se a história se manter boa como começou, SIM! Até mais…
P.S.: Os atores todos se saíram
tão bem… o casal é verdadeiro e encantador (ambos muito diferentes um do outro,
valorizando a semelhança com a realidade); Goldie estava ótima, Shania era
encantadora, e Nana é uma personagem cômica, mas com toda aquela discussão e
peso de representar o preconceito contra o qual Goldie se impõe. Maravilhoso!
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