Abraham Lincoln – Caçador de Vampiros

Only the living can kill the dead.

Vou fazer uma introdução um pouco longa só para você ter uma idéia da dimensão da minha apreciação em relação ao filme: não sou fã de vampiros (e não, não foi aqueles vampiros/fadas que brilham no sol de Crepúsculo que me traumatizaram), sempre os achei interessantes, mas não o suficiente para me aprofundar em suas histórias… filmes antigos, o recente (e bem ruim) Sombras da Noite ou os episódios de Supernatural envolvendo vampiros (que eu acredito que se gostei de um foi demais!)…

E para completar, o primeiro “contato” que tive com o filme (alguns comentários na internet) não eram lá muito satisfatórios, e meio que me desencorajaram… tanto que demorei um pouquinho para ir ao cinema. Mas uma aluna minha disse que tinha gostado, uma amiga (em cujo o gosto eu confio bastante) também, e eu tinha amado o trailer, parti de uma vez pro cinema. E devia ter feito isso antes! MUITO antes! Eu simplesmente AMEI o filme, achei que soube contar uma história contundente e interessante nos bastidores de uma já amplamente conhecida.

Não tão bem quanto Wicked fez com O Mágico de Oz, mas enfim…

O filme nos conta a história de Abraham Lincoln, mas não só o Lincoln presidente, mas sim o Lincoln caçador de vampiros. Que é bem mais interessante que o Lincoln presidente. Desde a sua infância até os seus anos no poder, pudemos acompanhar várias etapas da formação daquele personagem icônico, suas motivações e todas suas crenças e batalhas – dentro e fora da política. E é aqui no clímax que a Guerra Civil dos Estados Unidos deixa de ser entre norte e sul para ser entre humanos e vampiros.

A história foi quase perfeitamente contada, só achei que faltou algumas conexões importantes. O seu tempo de presidente ficou bem vago (embora ninguém estivesse no cinema para ver isso, isso qualquer livro de história nos conta), mas nisso também se perderam os anos em que ele não caçou para se dedicar à política e à família… às vezes sentia o filme dando uns saltos gigantescos que me deixavam na dúvida se eu tinha tirado um cochilo ou algo assim.

O que não aconteceu. Afinal o filme me prendeu de um jeito que mesmo cansado como estava, mal piscar em piscava. As fabulosas cenas de ação (apenas um pouco mais vivas pelo 3D, mas acredito que ele seja dispensável) te enchem os olhos. Abraham com seu machado me deixou encantado. E eu nem sou tanto das cenas de ação, ação, ação (você que lê o blog já deve ter percebido isso), mas as ações desse filme pareciam tão bem coreografadas, tão reais, tão envolventes, que eu sempre esperava pelo próximo vampiro contra o qual Lincoln fosse lutar…

E vê-lo lutando era magnífico! Ele começou mais inocente (e aqui é um dos saltos de que falei), mas logo se torna habilidoso em seu machado – convincente por sua infância, mas gostaria de ver mais um pouco do treinamento. De qualquer maneira, o primeiro vampiro morto (ou derrotado, como Henry insiste) pode entrar, em breve, para a lista de cenas clássicas. E cada um era maravilhoso de assistir de uma maneira diferente… e que bom que Henry, Speed e Will não foram meros acessórios, e tiveram uma participação interessante.

Ressalva ao elogio da ação: aquela cena dos cavalos me deixou tão confuso que eu fiquei muito contente quando finalmente Abraham e Jack caíram para fora daquela multidão… e só eu que fiquei surpreso com a rapidez com que o “vilão” morre? Claro que entendemos, afinal aquilo não era a história principal, apenas a motivação que o levou a caçador… e Henry! Percebi a verdade toda só pouquíssimo antes de ela aparecer em tela, mas amei a condução da história.

Eu amei o filme, acredito que o classificaria como ótimo. Ainda não é perfeito, e pode ter as suas falhas, mas como um todo possui um material muito bom que merece ser apreciado. Ação bem feita, um enredo intrigante com um lado de Abraham Lincoln que você nunca imaginou – e você nunca mais ouvirá esse nome e se lembrará apenas do presidente. A imagem do caçador de vampiros talvez esteja mais viva em sua memória de agora em diante. Se recomendo a ida ao cinema? Eu acho que vale a pena! Até mais…

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