Arrow 1x02 – Honor Thy Father

They were bringing me back from the dead.

Legally speaking.

A série mantém o alto nível do Piloto nessa segunda semana, apostando em pequenos flashes da ilha, que explicam algumas coisas, mas deixam dúvidas emocionantes no ar, além de revelações surpreendentes. Mais interessantes são os mistérios, muito bem trabalhados e nem um pouco resolvidos, apenas aumentados… o Arqueiro Verde continua tentando limpar a cidade e, como Olliver Queen, se readequar à vida com as pessoas importantes em volta dele.

Mais do que nunca, a frase You failed this city se firma como a frase de efeito do herói Arqueiro Verde, nesse episódio com muita cara de HQ. O que é um elogio e tanto. As coisas se desenvolveram muito bem, todas as introduções e explicações necessárias para o rico da semana foram precisas, e a ação foi espetacular. Olliver Queen é o perfeito Arqueiro Verde, e lutando dessa vez pela justiça contra Martin Somers, ele protagoniza algumas cenas fantásticas, como aquele “interrogatório”.

Mas aquela mulher de cabelo branco (desculpa, não sei o nome) parece saída tão diretamente das páginas de uma HQ da DC que eu vibrei com sua cena versus o Arqueiro! E honrando o último desejo do pai, de limpar a cidade e consertar seus erros, Ollie não se importa com os meios necessários para atingir seus objetivos. Muitas vezes tomado pela raiva, pela ira, seu senso de justiça é muito mais do que qualquer coisa, parecendo muito mais um justiceiro do que um herói. O QUE EU ESTOU AMANDO!

E que atuação…

Nunca é demais ressaltar: como é lindo vê-lo colocando aquele uniforme de Arqueiro Verde e partindo para a ação… aí está algo que não pode faltar em uma série de super-herói, e acho que Arrow está sabendo aproveitar isso muito bem. História bem escrita, com a ligação perfeita com Laurel, ação na medida certa, um clímax espetacular e um desfecho interessante e surpreendente… tem como não gostar de algo assim? Se você ainda não começou a série, você deveria.

Os flashes da ilha são breves, mas muito bem trazidos. No começo, com a história do que aconteceu na ilha e de sua sobrevivência, as cenas vão passando depressa, e mesmo depois as coisas são breves, mas tão bem encaixadas no episódio que são fantásticas. Foi uma grande despedida ao pai de Ollie, mas nos deixando com aquele gostinho de quero mais. Os mistérios levantados são ótimos, como o caderninho em branco e o tal símbolo e aquele outro Arqueiro…

O que nos leva a perguntas: que flechada foi aquela e como ele sobreviveu àquilo? Isso quer dizer que Olliver terá um mestre/treinador para transformá-lo em Arqueiro Verde (o que faz muito sentido!)… e até o uniforme vai ser copiado, ou não? E como o segundo arqueiro misterioso irá passar de quase assassino à amigo instrutor? E o que aconteceu a ele afinal, outra morte triste na vida de Ollie? E o que a mãe dele sabe exatamente, o que é aquele cara com o símbolo do caderno do pai de Olliver, e por que o iate foi sabotado? Perguntas interessantíssimas, e a série trouxe isso tão bem que eu não paro de me perguntar essas coisas…

A readaptação dele na sua vida antiga não é simples, e ele aprende que There’s no place like home não é uma frase assim tão verdadeira – às vezes as pessoas querem que você seja alguém que você não é mais; o que ele resolve muito bem em um discurso que eu quis aplaudir (I’m not my father. […] So stop asking me to be) . Mas foi lindo ver as cenas com Laurel, tomando sorvete (quero só ver quando ele descobrir sobre Tommy) ou, especialmente, com Thea, a irmã mais nova, se sentindo agora muito mais distante dele do que quando ele estava morto. I felt closer to you when you were dead. As cenas entre os dois foram emotivas e muito bonitas!

O episódio foi ótimo. Com uma história ótima e mais um nome riscado da lista deixada por seu pai, Olliver se firma muito mais como o justiceiro Arqueiro Verde em ótimas cenas de ação que toda série de super-herói merece, um estilo nerd de HQ incomparável e mistérios que vão muito além do que eu esperei no primeiro episódio… certamente, um grande sucesso da CW, podemos ter mais uma longa, longa, longa série com um futuro brilhante pela frente… até mais!

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