Gandalf (O Senhor dos Anéis)
Gandalf! Se vocês tivessem ouvido
apenas um quarto do que eu já ouvi a respeito dele, e eu ouvi só um pouco de
tudo o que existe para ouvir, estariam preparados para qualquer tipo de
história surpreendente.
Histórias e aventuras brotavam
por todo lado, onde quer que ele fosse, da maneira mais extraordinária. Ele não
passava por aquele caminho sob a Colina havia muito tempo, na verdade, não
passara por ali desde que seu amigo, o Velho Túk, morrera, e os hobbits quase
se haviam esquecido de seu aspecto. […]
Tudo o que Bilbo, sem suspeitar de nada, viu naquela manhã foi um velho
com um cajado. Usava um chapéu azul, alto e pontudo, uma capa cinzenta
comprida, um cachecol prateado sobre o qual sua longa barba branca caía até
abaixo da cintura, e imensas botas pretas.
O Hobbit, J.R.R. Tolkien
Gandalf!
Sem querer copiar a escrita de JRR Tolkien, mas
não há melhor maneira de começar essa postagem sobre esse grandioso mago sem
ser como ele nos apresentou a ele também, tantos anos atrás em O Hobbit. Gandalf é provavelmente o meu
maior exemplo de mago… sabe aquela admiração? A minha é dedicada a ele! Posso
gostar muito de outros, e pode até ser que Merlin seja um mago muito mais
clássico e geral, mas Gandalf tem alguma coisa que me encanta!
Só de pensar no personagem, meu coração se enche.
E vamos lá… Gandalf, o Cinzento (transformado em Gandalf, o Branco em As Duas Torres) é um dos melhores e mais
poderosos magos que a ficção já teve notícia. Na Terra-Média, como o pequeno
trecho acima sugere, ele foi responsável por muitas aventuras… e pare e
pergunte: o que seria das histórias de J.R.R. Tolkien sem Gandalf?
Não tão boas assim.
Gandalf é sempre quem traz a aventura ao lugar,
mesmo que depois dê suas escapulidas. Nessa célebre cena de O Hobbit, Gandalf está prestes a
convidar Bilbo para o que seria a maior aventura de sua vida, atravessando a
Terra-Média rumo à Montanha Solitária para recuperá-la (e o tesouro) do dragão
Smaug, junto com 13 anões. Não é do feitio de hobbits saírem em tais jornadas,
mas Gandalf acaba levando-o, e isso nos proporciona um livro maravilhoso… no
qual, inclusive, conhecemos também Gollum, e o Um Anel (embora ainda não o
chamemos assim) – e ele vira posse de Bilbo.
Para que anos depois, quando J.R.R. Tolkien nos
presenteia com a maior obra de sua vida, O
Senhor dos Anéis, também seja Gandalf a perceber que o anel conquistado por
Bilbo anos antes não é um simples anel, mas sim o Um Anel, forjado por Sauron,
o Senhor do Escuro – e para impedir que ele volte ao poder de seu criador (que
dominaria toda a Terra-Média), Gandalf orienta Bilbo a deixar o Condado,
enquanto o Um Anel fica sob os cuidados de Frodo. Que mais tarde é conduzido
(claro, por Gandalf) a uma jornada até as Montanhas da Perdição para destruir o
artefato.
E em meio à tudo isso, Gandalf constantemente dá
suas fugidinhas, sem que nunca saibamos ao certo o que é que ele está fazendo.
Gandalf é um mago poderoso e ocupado… sempre tendo o que fazer, sempre levando
aventura a vários lugares, temos breves vislumbres de suas missões solo quando
ele faz um comentário ou outro, mas é sempre muito vago. Há a possibilidade da
nova trilogia que se inicia no fim desse ano trabalhar mais essa faceta do
personagem, mas eu me questiono: por mais interessante que possa ser ver as
missões de Gandalf (se elas forem muito bem escritas e convincentes!), isso não
faz parte da mitologia do personagem? O mistério/segredo não é parte de
Gandalf?
Gandalf é um mago magnífico. Nos proporcionou
histórias espetaculares, momentos memoráveis (como “You shall not pass!”) e lágrimas (confesse: se você é realmente
fã, isso já te baqueou demais, mesmo sabendo o que viria depois). E que tal
agora aproveitar para reler O Hobbit e
O Senhor dos Anéis? E também vale a
pena ver aquela trilogia porque nesse ano começamos com a nova, de O Hobbit. Ansiosos? Até mais!
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