Hair, o Filme

BEM-VINDO A MAIS UMA SEÇÃO DO BLOG! Tratar sobre o filme de Hair se tornou impossível em uma única postagem, então eu preparei oito! [Bem minha cara] Vamos começar então...

Completamente abismado… ainda chocado com o que aconteceu com esse maravilhoso musical com esse filme… é claro que eu assisto ao filme consciente de que as mudanças não são poucas, e que basicamente TODO o espírito de Hair se perdeu… por que eu assisto então? Ainda assim é bom ouvir essas músicas e ver um pouco desses personagens… ainda que eles sejam apenas sombras, muito diferentes das originais no palco…

E é isso. Se você procura por semelhanças aqui está uma: as músicas são as mesmas. E acabamos por aí… o filme tentou reproduzir uma ou duas falas idênticas às da peça achando que isso o salvaria, mas não, colega, não foi o suficiente… assistir ao filme de Hair é frustrante. Basicamente isso, frustrante. E infelizmente um filme é muito mais fácil de divulgar do que uma peça, e essa é a visão que a maioria das pessoas tem quando ouvem falar de Hair.

Pois eu lhes digo: HAIR NÃO É ISSO!

Uma ou outra cena me agradou (não vou ser tão maldoso, alguns méritos devem ser concedidos!), mas algumas mudanças eu julguei desnecessárias… e algumas mudanças foram tão revoltantes, que não é brincadeira quando digo que eu tive, de verdade, vontade de deixar o filme de lado quando I Got Life começou… o que foi aquilo? E outras foram tão ridículas que me fizeram rir… como a desculpa absurda para colocar Easy to be Hard no filme, já que essa Sheila nunca teria história para cantá-la…

Olha, para você que já viu (E AMA!) a peça, como eu, eu recomendo o filme para que você se revolte um pouco… faz bem; ainda fiquei emocionado no final, Let the Sunshine In ainda me arrepiou (o que não quer dizer nada, porque essa música arrepia até cantada por Alvin e os Esquilos), mas a essência de Hair não está ali… então se você ama demais o musical, seu olhar estará perdido e desolado ao término do filme… mas faça a experiência de assisti-lo e depois volte para cá…

Como todos me conhecem, eu não sou uma pessoa que consegue escrever pouco. Começo a falar e não paro mais, e nesse caso ainda preciso dizer muita coisa… minhas anotações deram mais de duas páginas inteiras… para você ter uma noção. Portanto, vou dividir essas postagens (que serão semanais) em tópicos… hoje apenas uma introdução, um desabafo, depois parto para personagens, músicas, história… e qualquer coisa que eu tenha esquecido, sintam-se à vontade para acrescentá-la nos comentários.

Para os mais leigos, vou fazer uma pequena explanação sobre o que é Hair (enquanto aproveito para sugerir que você corra atrás de mais informações, porque vale a pena!): Hair (o de verdade, aquele encenado em palco) é um musical revolucionário que conta a história de uma grande tribo de hippies morando nas ruas, na Nova York de 1968… em meio à Guerra do Vietnã, os hippies estavam em seu auge, lutando pela paz, pregando o amor, “na madrugada dessa era de Aquário”…

A história gira em torno de Berger e Claude… ambos membros da tribo, Claude é um hippie que encontra-se confrontado pelas suas crenças em oposição à sociedade e aos pais, que querem obrigá-lo a ir para a guerra quando sua convocação é recebida… enquanto conhecemos Claude, um rapaz confuso, desesperado, apaixonado, tentamos com ele encontrar uma saída para esse problema… é claro que ele não quer ir, e também é clara a pressão sobre ele e seus problemas derivados disso…

Já no filme, por alguma razão, Claude vem do interior e encontra-se com a tribo no Central Park… assim, ele não é um hippie, não faz parte desse mundo, e não tem tempo suficiente para criar uma amizade real e verdadeira com eles, como vemos que existe na peça, afinal já os conhecemos sendo parte de um mesmo grupo… e pior do que isso, Claude chega de cabelo curto, terno e gravata, pronto para ir para o Exército, daqui a dois dias… só daí eu me pergunto: para onde foi a história real de Hair?

Clique em "ler a matéria na íntegra" para conferir um cronograma completo da seção "Hair, o Filme" em que comento sobre o filme [que não me entenda mal, não é ruim] sem resistir às comparações à peça [afinal, é a obra original, pela qual eu sou APAIXONADO!]. Essa é a primeira postagem da seção.

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17 de Outubro: Hair, o Filme

24 de Outubro: Claude Hooper Bukowski

31 de Outubro: Os horrores da guerra

07 de Novembro: George Berger

14 de Novembro: A trilha sonora

21 de Novembro: Onde foi parar Sheila?

28 de Novembro: Os pais do filho de Jeannie

05 de Dezembro: Hair, o Filme x Hair, o Musical