Sorte ou Azar? – Meg Cabot


- Jinx, você vai ter de encarar. Você possui o dom.
Minha respiração congelou na garganta.
- O… o quê?
- O dom – repetiu Tory. – Vovó nunca lhe contou sobre Branwen? Nossa tatatataravó era uma feiceira, lá no País de Gales. E Branwen contou à filha, que contou à filha, que contou à filha, que contou à vovó, que a primeira filha da filha dela… isso só acontece com as primeiras filhas… teria o dom. o dom da magia. Tipo, você tem o cabelo ruivo de vovó, mas nem sua mãe nem a minha têm. Você não vê? Nossa tata-tata-tata-tataravó Branwen estava falando de nós. Nós somos as primogênitas de nossas mães. Ou sei lá o quê. Somos a próxima geração de bruxas da família.
- Sem ofensa, Tory. Mas acho que você andou vendo episódios demais de Charmed.

Sorte ou Azar?, Meg Cabot

E foi com essas palavras que Meg Cabot resolveu se aventurar no mundo da magia, escrevendo Sorte ou Azar? (ou Jinx no original – título que, em defesa aos tradutores, não faria sentido em português) O livro é tão bom que provavelmente foi o livro que li mais rápido na vida. Lembro-me que era madrugada quando o terminei (tipo umas duas ou três horas da manhã) e eu tinha começado a ler logo após terminar de lavar a louça da janta. Simplesmente não consegui terminar enquanto ele não chegou ao fim…
Os livros de Meg Cabot são adolescentes, e sempre te prendem pela narrativa envolvente, leitura simples, histórias interessantes e atuais, e a quantidade de piadas que apenas o humor ácido e atrevido de Cabot consegue ter. Em Jinx, Jean Honeychurch é uma adolescente de dezesseis anos – conhecida como Jinx por todos (“azarada”, mas também é uma brincadeira com seu nome), acredita-se ter nascido com uma má sorte incontrolável, e após um grave incidente se muda para a casa de seus tios em Nova York.
Chegando lá, sua prima Tory está convencida de que Jean deveria fazer parte de seu círculo de bruxas, mas Jean passa praticamente o livro inteiro cética e dizendo que esse tipo de coisa não existe e que Tory deveria parar de dizer essas coisas. Foi tudo lido em uma noite, em algumas horas, que quando o quê aconteceu até se perde na minha cabeça (e eu li o livro três anos atrás!), mas o que muita gente não espera é que Jean também guarde seus segredos, e que quando esses forem revelados tudo mude de figura…
O interessante é ver como Tory, com seus pequenos “feitiços” está tão convencida de que é a bruxa da família, e promete zilhões de vinganças quando Jinx se recusa a ingressas em seu grupo. Sendo um livro de Meg Cabot, é claro que temos que esperar um Zach que apimente ainda mais as coisas… é claro que ele não é nenhum Jesse (o melhor par que Meg já escreveu para todas as suas protagonistas, na minha opinião!), mas tudo bem.
O livro é interessantíssimo! Escrito de maneira inteligente e encantadora, Meg Cabot nos prende em mais um livro delicioso falando sobre as conseqüências de lidar com o sobrenatural. E faz isso de maneira irreverente, mas séria nos momentos certos e precisos. Algumas cenas desse livro estão tão vagas na minha memória [infelizmente], mas o sentimento de lê-lo, JAMAIS! E lembro-me da surpresa, da fome de virar e virar as páginas para saber o que aconteceria em seguida… Sorte ou Azar, como quase todo livro de Meg Cabot, é um livro que vale a pena! Se você ainda não leu, não perca tempo… até mais!

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