American Horror Story: Asylum 2x03 – Nor’easter

Legend has it that once you were committed at Briarcliff,

you never got out.

Essa é a frase que basicamente resume a série. E foi mais ou menos o que aconteceu nesse terceiro episódio de American Horror Story: Asylum. Com a tempestade Nor’easter se aproximando e a noite de cinema planejada pela irmã Jude (ainda facilitado pelo estado alcoolizado da mesma) proporcionam a ocasião “perfeita” para uma fuga… e quem foi mesmo que achou que fosse dar certo? Mas eu considerei quase um final feliz para Grace, Lana e Kit. Ao menos nos padrões American Horror Story.

O grande destaque do episódio, certamente, foi a irmã Mary. Novamente o demônio do episódio passado marca presença, no entanto de uma maneira muito mais sutil e um ataque muito diferente. Camuflado no corpo de Mary, o demônio faz de tudo para atormentar a vida daquelas pessoas, de uma maneira inteligente que mexeu com todos. A irmã Jude estava no auge de sua loucura, tentada pelo álcool e constantemente relembrada da morte que causou 15 anos antes.

Devo aplaudir a interpretação de Lily Rabe. Sua inocente e pura irmã Mary se transformou nisso que pudemos ver nessa semana. E ela foi assustadora, cínica, provocante, macabra. E vulgar. Exatamente como um demônio deve ser. Vide suas cenas com a mexicana (aquilo foi tenebroso) ou com Arden (aquele velho asqueroso). E sua inteligência astuta ao jogar Arden e Jude um contra o outro, como se eles já não se odiassem o suficiente…

O Dr. Thredson ficou apagadinho ali na história, e a única importância mesmo dele foi ir atrás de Wendy a pedido de Lana. Tudo bem, ele encontrou vestígios de uma morte pelo maníaco chamado de Bloody Face e agora tanto ele quanto Lana olham para Kit com outros olhos, mas ainda assim… e ele foi fofoqueiro o suficiente para denunciar a fuga do quarteto, mas não gerou grandes conseqüências que fossem fazer com que eu ficasse com raiva do personagem. E Lana quase se redimiu.

A fuga é planejada por Grace e Kit, mas Shelly também tenta se unir ao grupo (e ela me ganhou com o “And it will take us where? Narnia?”) e Lana, convencida da inocência de Kit, também foge. E por incrível que pareça, tivemos um primeiro vislumbre nítido das criaturas alimentadas pelo Dr. Arden na floresta… e foram eles que impediram a fuga… imagino como deve ter sido sofrido voltar correndo pelo mesmo túnel e entrar de volta no lugar de onde se quer tão desesperadamente fugir.

O episódio foi sombrio, a trilha sonora (especialmente daquela abertura creepy) é bem macabra, e nesse episódio ainda tínhamos a tempestade, colaborando com os relâmpagos e os sons altos. Foi ótimo ver um descontrole da irmã Jude, a nova e assustadora Mary, e o Bloody Face original nos tempos atuais, que depois de suas primeiras vítimas parece ter mais duas bem fáceis… e o que foi a cena final? Aquela condição de Shelly me deu um desespero tão grande que não consigo colocar em palavras! Bem como o que Arthur tentou fazer com ela…

As macabras cenas de American Horror Story continuam lá, e o fato de ser um hospício só agrava tudo. Que toque de mestre é aquela música Dominique nique nique tocando na sala? Eu me sinto realmente no Briarcliff, apenas ao lembrar daquilo! A maneira como os pacientes são tratados são cenas sempre muito fortes, e dessa vez Kit é submetido a mais uma sessão quando o chip se re-estabelece e tenta voltar para ele… juro que fiquei com bastante pena dele! Mas eu também tenho um certo pavor por pele humana sendo cortada…

O episódio foi fantástico, e a série continua se mantendo como a melhor série de terror que está no ar. Tudo tão preciso, cenas tão explícitas, momentos tão assustadores… e os elementos da série são tão abrangentes que te fascinam. Religião, extra-terrestres, criaturas carnívoras, fantasmas, demônios, sexo… incrível como o roteiro consegue mesclar tudo isso com tanta perfeição, nunca perdendo a sensualidade e o tom de suspense que nos deixa abraçados à almofada… grande série, sem dúvida!

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P.S.: O que foi o telefonema para Jude e os óculos quebrados? Tenso!