Arrow 1x06 – Legacies
Deixando a lista do pai de lado pela segunda vez,
mas por um motivo totalmente diferente, esse episódio se preocupa em humanizar
ainda mais Oliver Queen e aproximá-lo da família, ao mesmo tempo em que
entendemos de onde surgiu essa missão que ele acredita ter recebido do pai, bem
como conhecemos um pouco mais de Thea e começamos a sentir pena pelas péssimas
condições nas quais foi criada. A menina é um estrago e não é culpa dela. E
Tommy está de volta!
Primeiramente, tivemos um belíssimo assalto a
banco (quando digo isso quero dizer que foi muito bem executado, quase sem
falhas, e eles eram realmente mestres no que faziam, e em fugas) e uma sessão
de treinamento de Diggley e Oliver. Foi interessante vê-lo passando seus
conhecimentos, e ver Dig fazendo seus sermões morais que mostram o quanto um
complementa o outro. Enquanto um pode agir, o outro pode ser a consciência. De
maneira bem deturpada, eles são Reese e Finch.
Mas Dig coloca na história a pergunta de “O que é
ser um herói?” – com facilidade Ollie responde “I’m not a hero”, mas ainda assim o vemos deixando a lista do
pai de lado e salvando a cidade de uma outra ameaça: os assaltantes de banco. E
isso é feito de maneira muito boa, primeiramente pela manipulação de Dig (já
disse que eu gosto bastante do personagem?) e pela redenção do Arqueiro, que
deixa um pouco de lado sua personalidade arrogante e maníaca para dar uma
segunda chance e tentar corrigir os erros cometidos pela sua própria família no
passado.
O que não dá certo. Uma série de assaltos a banco
o tiram constantemente de sua família, e as ações não foram o foco do episódio.
E eu achei que seria, mas os dois últimos episódios fizeram isso muito bem.
Nessa semana a série pausa para respirar, mostrando o quanto tanto Thea quanto
Moira sentem a falta de Oliver, ou ausente, ou distante quando presente. E
achei uma discussão válida, afinal é exatamente isso o que estamos vendo: quem
é ele para sua família?
Com a mãe, ele se redime de maneira belíssima, num
pedido de desculpas e uma emocionante última cena na lanchonete comendo
hambúrgueres com as mãos (por que quem é que os come de talheres mesmo?), mas
eu temi que ele fosse contar seu segredo para ela. Foi pouco tempo, mas foram
milésimos de segundos agonizantes para mim – quase vi a tragédia acontecendo.
Porque no momento em que isso acontecer, ele não estará mais seguro, e seria
bom que ele soubesse disso.
Thea causou bem menos problema do que eu imaginei.
O pedido de conselhos de Tommy a ela foram simples, e eu achei que aquilo
desencadearia algo muito maior do que uma garota bêbada se jogando para cima
dele e passando mal logo em seguida. Nada tão grave, afinal ela entrou no carro
para ir embora morrendo de vergonha e pedindo desculpas pela cena que tinha
causado, lembrando-o de não odiá-la. E quase o vejo como um novo irmão mais
velho para ela, substituto de Ollie, distante por tanto tempo.
Mas Tommy voltou à série para ter sua história com
Laurel continuada. O que confesso que me deixou bastante confuso. Afinal, até
onde tinha entendido, eles estavam juntos, e não me lembro de grandes brigas
nem nada assim? O episódio pareceu uma tentativa louca de reconquistá-la, mas
foi bom ver que estava funcionando. Sabemos da tensão sexual visível entre
Ollie e Laurel, mas Tommy é tão fofinho e gosta tanto dela, que não tem como
não se encantar ao ver as cenas do casal…
E a ilha não proporciona nada tão grandioso nessa
semana. Oliver, como era de se esperar, começa a alucinar e vê o Coelho
Branco seu pai. Por ser numa ilha perigosa, um filho encontrando o pai morto,
após um acidente que o separou do resto do mundo… bem, acho que a atmosfera da
cena foi muito parecida com alguns episódios da primeira temporada de Lost. Quem não lembra de Jack em
situações parecidas? O que importa é que o espírito/fantasma/alucinação
apareceu para se dizer desapontado, e Oliver assumir o caderno como uma espécie
de missão… não sabemos quanto daquilo pode ser levado a sério.
O episódio foi bem legal, e gostei bastante dessa
tentativa de humanizar os personagens. Fiquei um pouco triste com o flashback da ilha, que embora essencial,
não me deu respostas como eu esperava, e eu quero mais mistérios por lá… quero
mais do antigo Arqueiro, dos outros e
tudo o mais… mas vamos aguardar, porque a série está muito interessante e se
tornando uma de minhas preferidas na semana… certamente CW acaba de emplacar um
novo sucesso… até mais!
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