Glee 4x06 – Glease
Grease. McKingley. Bravo.
Quem me conhece bem sabe que eu espero por esse
episódio desde 2009, quando a série estreou. Sempre reclamei do descaso com Grease, mas Glee se redime de maneira belíssima na quarta temporada, trazendo
provavelmente a homenagem mais bonita e bem feita que a série já viu. O
episódio foi ótimo, emocionando, divertido e surpreendente… me apaixonei mais e
mais, e quis aplaudir vários momentos. Especialmente as cenas Grease fora da peça.
Mas eu tiraria Nova York. Juro que não quero ser
aquele chato que vai falar mal do elenco antigo, mas eu teria tirado eles. Nova
York não rendeu nenhuma história boa hoje, e senti uma tentativa desesperada do
roteiro de incorporar Kurt e Rachel à uma narrativa da qual eles não fazem
parte mais. E realmente eles ficaram deslocados naquele lugar. Portanto, os
teria tirado dali, sem dúvida. Já Santana aparece de maneira bem mais natural,
e mesmo Finn não me irrita tanto assim mais. Com exceção, claro, de um
gravíssimo deslize dele nesse episódio, mas retorno mais tarde.
O episódio gira em torno da estréia de Grease, e eu gostei bem mais de Grease do que de West Side Story. O que não significa nada em relação à série, afinal
a minha preferência já vem dos musicais originais. Mas ainda tivemos o fator a
mais dos novos personagens e das novas histórias, e eu diria que eles foram
mais uma vez valorizados, e foram eles que fizeram o episódio brilhar. Senti
falta de Jake, mas Ryder fez com que eu me sentisse vendo The Glee Project novamente, talvez a gravação de Eye of the Tiger…
Logo nos primeiros minutos de episódio, Ryder
entra no espírito de Danny Zuko, e o episódio entra no espírito de Grease, com uma maravilhosa cena na mecânica
que ainda contou com rivalidade Ryder x Jake. Mas foi lindo ver Ryder
incorporando Danny e dizendo as clássicas falas que iniciam Greased Lightning. Nessa cena
absurdamente contagiante, Blake Jenner mostra mais uma vez a razão de ter ganho
o TGP – só posso dizer que foi bem
parecido com o filme, uma grande homenagem, e o Jefferson estava vibrando de
felicidade com tamanha complexidade!
Mas não ficamos apenas por aí. Tentando bancar a
boazinha, Kitty convida as meninas e Wade para uma noite do pijama, na qual me
senti mais dentro de Grease do que
qualquer outro momento do episódio inteiro. Falo sério. O quarto era como o de
Rizzo, os figurinos eram brilhantemente pensados para serem como no filme,
mesmo o pijama de Marley era bem Sandy. E Look
at me, I’m Sandra Dee foi uma das músicas mais perfeitas do episódio! Fez
sentido ser a Kitty cantando, e ficou tudo muito perfeito, muito recriação do
filme… me senti vendo Grease. Ainda teve a brilhante finalização
de “Are you making fun of me, Kitty?” “Some people are so touchy”. AAAAAAAAAHHHHHHHHHH!
Ok, mas disso passamos para a estréia do musical,
que por alguma razão parece se iniciar com Blaine como Teen Angel. Ok, eu sei
que não foi ali que a peça começou (seria um ultraje!), mas pra quê começar por
ali? Enfim, sim, a cena foi linda, Blaine arrasou mais uma vez, e foi mais uma
reconstrução milimétrica da cena no filme; sem contar que Sugar se encaixa no
papel tão perfeitamente que acho que secretamente ela era a atriz que a
interpretou no filme. Mas eu também tiraria os olhares sentimentais e sofridos
entre Blaine e Kurt durante a performance…
Como eu disse, tiraria Kurt e Rachel totalmente do
episódio. Cassandra banca a boazinha dando a passagem para os dois irem para
Ohio, apenas para poder seduzir Brody e acabar com a possibilidade de um
romance entre ele e Rachel num futuro próximo. Tudo bem, ela realmente mereceu,
porque as coisas que ela falou para Cassandra não é o tipo de coisa que se
falaria para a pessoa que vem lhe tratando do jeito que ela a trata desde que
ela chegou em NYADA. Pelo menos Cassandra proporcionou uma sensualíssima cena
com Brody!
E para não falar que foi uma total perda de tempo
colocá-los no episódio, a cena de Finn e Rachel foi emocionante. Lindo ver como
ele a conhece e descreve seus quatro tipos de choro, e o clima fica muito mais
pesado entre os dois do que nunca. Já Kurt é bem mais intolerante com Blaine (o
que eu até entendo!), mas infelizmente isso proporcionará aqueles draminhas
exagerados que só Blaine sabe fazer… estou até vendo os próximos episódios, não
é mesmo?
Voltando à GREASE!
A estréia do musical não poderia ter sido mais
perfeita. E devo começar falando de Marley e Ryder. Primeiramente, Marley foi
forçada a acreditar que estava ganhando peso, compartilhou uma cena emocionante
com a mãe (como todas) e foi incentivada a vomitar de propósito para manter a
forma. E se alguém iria intervir para salvá-la e protegê-la, esse alguém não
poderia ser outra pessoa se não Ryder. Poderia ser Jake, mas faz muito mais o
estilo de Ryder. Ou de Blake, mas tudo bem… parece que já o conhecemos a tanto
tempo graças ao TGP, que às vezes até confundimos!
O que importa é que a cena do banheiro/bastidores
foi fantástica! Ele foi ele mesmo, dando força, incentivando ela a não vomitar,
dando sermão e fazendo-a sorrir um pouco. Minha boca se escancarou tanto de
choque, que foi difícil fechá-la após o “Eu não
quero beijar uma garota que tenha hálito de vômito. Seja no palco… ou mais
tarde” – ele é muito criativo em suas cantadas, não tem como não se
render. Mas a cena dos bastidores, com o “Whoa!”
e a estonteante Marley/Sandy, foi maravilhosa! Ótimo vê-lo babando, vê-la
insegura, vê-lo dando forças… E O BEIJO! Foi tão natural, espontâneo,
impensado… LINDO!
Pobre Jake…
Ansioso pelos próximos episódios!
Agora devo comentar da minha frustração ao
assistir You’re the One that I want.
Porque ao mesmo tempo em que foi espetacular, devo dizer que foi ridículo.
RIDÍCULO. Começou absurdamente lindo, Marley e Ryder arrasando, ótimas
interpretações e vozes… e Ryder sabia fazer as caras de Danny Zuko, sabia ser
ele. A cena estava perfeita, até mostrar aquela carinha triste de Rachel, e
substituir Marley e Ryder por Rachel e Finn. WTF? Simples assim.
Em uma tentativa ridícula dos produtores de
“emocionar” o público, colocaram um flashback
da primeira temporada quando a música foi amadoramente cantada umas duas vezes.
E como eles eram diferentes! Mas não foi suficiente, não, galera! Acho que o flashback foi válido, e quando mostrou a
Rachel poderiam tê-lo colocado, mas não precisávamos vê-la no palco com Finn
interpretando Danny e Sandy… aquilo foi ridículo, e Finn esteve pior do que
nunca na sua “interpretação” de Zuko… deplorável o que fizeram, lamento por não
terem deixado a cena na íntegra com Melissa e Blake. O que acho que até foi uma
maneira de falta de respeito com o trabalho deles…
Mas para aliviar essa tensão, vamos elogiar There Are Worse Things I Could Do… já
sabia que Wade/Unique não poderia ser Rizzo, e acho mesmo que Santana é uma
pessoa muito apropriada para o papel, vejo Rizzo nela, e ficou linda a
interpretação. A performance foi compartilhada por Santana, Unique e Cassandra.
E cada uma nos presenteou com uma ótima voz e uma ótima cena distinta uma da
outra. Santana foi emocionante, Unique foi triste e Cassandra foi sexy. E eu amo a música demais, uma cena
importantíssima do musical, só tenho que aplaudir tão perfeita performance.
E o episódio foi ótimo, com as ressalvas que eu já
fiz ao longo de meu texto. Mais uma vez parabenizo o rumo que a série está
tomando, e sei que estamos bem no começo da quarta temporada ainda, mas essa
pode ser minha temporada preferida de toda a série se continuar nesse ritmo. E
que história é essa de Tina e Mike voltarem? Será? E onde foi parar Sam, tão
perfeito como Kenickie, mas tão esquecido em todo o resto do episódio? Bem, a
série está ótima, e estou ansioso pelo próximo episódio, que promete não ter
Nova York novamente! Até mais…
P.S.: Eu ri muito com
“Who’s gonna drive the bus?”.
P.P.S.: “Are you playing
the lead on Grease or Hairspray?” – Kitty, meu amor, é por causa desses tipos
de comentários que você continua crescendo no meu conceito! Mesmo fazer o que
fez com Marley foi válido, afinal você deu motivo para Ryder ajudá-la!
P.P.P.S.: Que coisa mais
emocionante que foi “Look at me, I’m Sandra Dee (Reprise)” – Marley em toda sua
simplicidade emocionando mais do que muita super produção. Simples e perfeita,
ela arrasou de verdade! Ainda mais sendo logo depois daquela maravilhosa cena
com Ryder…
Parabéns pelas críticas. Tenho lido todas, mas só comecei no I Do, e fui voltando. Então decidi comentar nessa, que foi a crítica do meu ep favorito nessa temporada. Continue assim e parabéns mais uma vez :)
ResponderExcluirMuito obrigado! :D
ExcluirVolte sempre, e comente as próximas postagens também, ok?
Até mais!