Looper – Assassinos do Futuro


Quer aprender a ser um psicopata? Aprenda com Looper – Assassinos do Futuro! Eita filme psicótico, gente! Com muito tiro, sangue, pessoas explodindo e um Hulk em miniatura que não pode ficar nervoso, mesmo não sendo um filme de terror eu tenho a chance de ter pesadelos. Eu diria que é um filme forte. Em todos os sentidos. Já parte de uma premissa carregada, e a história é contada pesando em todos os pontos. Mas é um filme bom.
Eu só diria que todo o filme parte de um paradoxo gigantesco! Sinceramente? A história nem tinha como acontecer para ser bem sincero! Mas quando eu estava disposto a aceitá-la (afinal eles tentaram dar umas desculpas e explicações que até poderiam ser plausíveis), o filme se encerra com um ato altruísta e bem emocionante. Mas IMPOSSÍVEL! Teria ficado bem satisfeito se em uma cena pós-créditos víssemos o universo todo explodir ou algo assim, mas whatever.
Quando digo que a premissa é carregada, partimos de que ponto? O protagonista, Joe, é um Looper, ou seja uma pessoa que fica em 2044 encarregada de matar pessoas mandadas de 2074 que causaram problemas por lá (no “passado” é mais fácil se livrar dos corpos). Ou seja, lá elas são presas, amarradas, e sem fazer perguntas, sem questionar, sem nada, quando a pessoa aparece na frente de um Looper, ele atira, recebe seu dinheiro e pronto. E a maneira como isso foi mostrado no filme já foi forte o suficiente. Diria que é um filme alto, te choca pelos barulhos, correria, grande ação mesmo.
E a razão de eles serem chamados Loopers é porque se essa pessoa não morre nos próximos 30 anos, sua versão do futuro é capturada e enviada para sua própria versão mais jovem, para que seja morta por ela. E assim o loop se fecha. Antes de o filme entrar em sua história principal, vemos loops se fechando, e vemos um loop fugindo. O que são cenas bastante fortes! A maneira como o jovem Seth foi mutilado e como isso se refletia no velho Seth… muito bem bolado, though.
E a partir disso, Joe recebe seu loop, e mesmo disposto a matá-lo, não consegue. Poderíamos dizer que Joe é bastante inteligente em suas duas versões, e foi ótimo assistir os dois pontos de vista da história. Conhecendo bem cada um dos dois e suas respectivas motivações, vemos ora um ora outro, e o filme faz isso muito bem. Poucos foram os momentos que valorizaram a ficção científica só por ficção científica, mas mesmo esses momentos foram espetaculares. Como os dois escondidos atrás de carros, e a conversa sobre memórias na lanchonete. Por essas coisas eu amo ficção científica tanto!
Como o loop de Joe escapa, ele também se torna um foragido, e o filme se torna uma bagunça generalizada (só queria entender como eles sabem que o loop escapa, porque isso não ficou claro!). Uma bagunça, eu digo, porque o jovem Joe quer matar o velho Joe, e nisso se esconde em uma fazenda com Sara e seu filho Cid. Mas ele também caça seu loop, que por sua vez caça a criança que futuramente será o Rainmaker e causará tanto transtorno. E os chefes caçam os dois. E todo mundo corre perigo. Bem simples, huh? Pode imaginar a quantidade de tiros, sangue, morte, grito…
Falando em Cid, sim, é claro que ele seria a criança que o velho loop queria matar, mas vamos ser sinceros? Eu fiquei com medo dele! Na verdade os sentimentos são bem conflitantes, porque o abraço que ele dá em Sara é fofo, e suas lágrimas são tocantes (sim, eu me emocionei ali!), mas sim, eu tive medo dele. Vide como ele matou Jesse… ou aquela espetacular cena no meio da plantação? Uma criança daquela me olhando com aqueles olhos? Não muito obrigado, nem dormir à noite eu durmo!
O filme é bem interessante, mas seu foco é a ação e não a ficção científica. Desconsidere um ou dois paradoxos, o filme tem uma história bem legal, e realmente nos faz pensar – afinal, perto do fim do filme, eu já não fazia idéia de quem deveria morrer ou não; não que eu seja alguém para julgar também… só digo: eu queria ser daqueles 10% da população, até tinha sonhado com isso dias desses… bem, recomendo o filme sim. Não é a melhor ficção científica da minha vida, mas é um belíssimo suspense futurístico. E quero assistir novamente! Até mais…

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