On Broadway – Mamma Mia!

 
Esse mês, o musical da Broadway sobre o qual vou comentar é Mamma Mia! Eu sei que muita gente o conhece por causa do filme de 2008, e com tanta gente o conhecendo não tem como eu escrever textos sem fazer comparações ocasionais da peça com o filme, mas quero deixar bem claro que isso é uma análise do musical da Broadway e não do filme, ok? Citarei o filme em alguns momentos para que fique mais fácil de todos entenderem, mas minha opinião é bem clara: as duas produções são totalmente distintas.
Mamma Mia! foi escrito por Catherine Johnson, e é baseado em música do ABBA (todas as músicas do espetáculo são da banda), e foi composto por Benny Andersson e Björn Ulvaeus, membros originais do ABBA. O próprio nome do musical já vem de uma das músicas mais famosas da banda, mas não se trata de uma biografia nem nada assim, mas sim uma história ficcional que se utiliza das músicas para passar a mensagem pretendida. E faz isso muito bem, diga-se de passagem, as músicas se encaixam com perfeição.
A produção original desse musical foi feita no West End, na Inglaterra, em 1999; chegou aos palcos da Broadway dois anos depois, em 2001; e já atingiu a incrível marca de quase 40 produções ao redor do mundo, incluindo o Brasil; a produção nacional estreou em São Paulo em Novembro de 2010, com Kiara Sasso no papel de Donna; é um grande sucesso até hoje, mas não levou grandes prêmios. Nenhum Tony Award, e foi premiado no Laurence Olivier Award, em sua versão londrina (Prêmio de Melhor Ator Coadjuvante para Jenny Galloway no papel de Rosie).
O musical conta a história Donna e de Sophie; não sei definir uma protagonista; Sophie está no cartaz principal e tem várias cenas importantes, como abertura e encerramento do primeiro e segundo ato; tudo acontece por conta de seu casamento, mas Donna é muitas vezes encarada como a protagonista, tendo os três possíveis pais de sua filha espalhados pela ilha na qual ela tem um hotel… bem, ambas tem a sua importância, e a história gira em torno de Sophie tentando descobrir quem é seu pai e Donna tendo que encarar seu passado… tudo isso culminando em um grande casamento ao som de “I Do, I Do, I Do, I Do, I Do”.
Eu assisti a versão da Broadway com o elenco de 2006, com Lauren Mufson no papel de Donna (uma Donna como qualquer outra) e Carey Anderson no papel de Sophie – essa eu devo comentar; logo de cara não gostei muito dela, mas acho que eu estava sendo influenciado pelo filme; ela tinha um jeito bem mais destrambelhado e bobo, mas depois a gente se acostuma que é esse o tom da peça, bem diferente do filme; e por incrível que pareça, por mais encantadora que Amanda tenha sido no filme (não tem como não gostar dela), Carey foi uma ótima Sophie e eu realmente me afeiçoei a ela, ela conseguiu minha aprovação… aos poucos ela faz quem está assistindo gostar de seu personagem e de sua interpretação, e ela também acaba sendo encantadora, à sua maneira… muito boa atriz.
A peça é realmente muito boa, e contagiante; as músicas do ABBA são sempre ótimas, e elas são usadas para contar a história de Mamma Mia! de uma maneira nunca vista antes; você realmente se contagia com a história, com os personagens, com as músicas… é uma grande experiência, e uma grande produção da Broadway; para você que só viu o filme, aconselho que também assista a versão dos palcos, porque é realmente muito diferente; em alguns pontos é melhor, em outros nem tanto, mas é diferente o suficiente para você curtir de uma outra maneira. Realmente os aconselho! Daqui a dois domingos trarei o texto mais detalhado sobre a peça e minhas opiniões, tenham assistido até lá!

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