Revolution 1x07 – The Children’s Crusade


O episódio se inicia com um sentimento de “WTF?” e um desespero, até que poucos segundos depois nos deparemos com “Two days earlier” e possamos respirar aliviados. Foi um episódio muito bom, e embora no salvamento de Danny o avanço tenha sido nulo, acho que essa semana compensou com muita história importante além dessa. Um pouco de mistérios resolvidos, muito mais de Rachel, e mais perguntas interessantes que ficam no ar… como Randall.
Um pouco super positivo: conhecer um pouco da milícia from the inside. Quando Charlie se infiltra e temos toda aquela história, temos um pouco da contribuição de Miles para o treinamento de novos soldados, e o tipo de crueldade a qual as crianças/adolescentes são submetidos naquele lugar. Realmente, uma boa narrativa. Só fiquei meio revoltado com uma coisa: quando Charlie resolve que não vai ser a jovem chata e inútil, e realmente toma atitudes admiráveis e produtivas, o roteiro sacana a prende e faz o Miles bancar o herói.
De novo.
Só eu que estou meio cansado de Miles? É um personagem bom, entendo toda sua história, motivações, mas eu me irrito com ele. No momento em que vi aquelas crianças, protagonistas do episódio dessa semana, só podia culpar Miles por tudo o que tinha acontecido e o ódio por ele só aumentou. Aquele “ela tem razão” só para consertar seus erros do passado? Igualmente repugnante! E aquela briguinha final com Aaron? Não, Miles, você ainda precisa de muito para me convencer. E eu gosto da Nora. Por enquanto.
O episódio começa, após a cena mostrado adiantada, com Charlie vendo um jovem sendo levado. É claro que a ligação com seu irmão é imediata. E então, encurralados pelos meninos perdidos comandados por Peter Pan Michael, a missão do grupo nessa semana passa a ser resgatar Peter (não pode ser só uma coincidência… oh, c’mon!), o irmão mais velho de Michael, que cuida das crianças, e foi preso pela milícia… a primeira disposta a ajudar é Charlie, e Aaron foi um babaca tentando impedir (“We’re gonna do what now?”).
Mas ele se redimiu com o “Awesome. It’s like a pack of unhairy Ewoks”. Estive com Charlie o tempo todo, e gostei de suas atitudes. Se voluntariar para entrar no navio foi corajoso, e a queimadura com a marca da milícia foi cruel… como isso foi ressaltado mais cedo no episódio, quando declarados “inocentes” pela ausência de marca, tenho certeza que isso ainda será problema para ela… acho que quando vermos rebeldes no futuro, Charlie não será mais tão bem tratada como poderia ter sido.
A história do episódio está ótima e bem contada. Charlie tenta fazer sua parte, Michael se transforma na Charlie dos primeiros episódios, fazendo de tudo, mesmo sem ser convidado ou capaz, para recuperar o irmão. E gostei de suas cenas, gostei do personagem, e da pequena provocação que Miles pôde fazer com Charlie. Pelo menos eu ri um pouco. Gostei da narrativa pesada, carregada, e emocionante em várias partes… Michael contando tudo o que aconteceu ou o retorno de Peter, por exemplo, valeu a pena toda e qualquer coisa.
Mas só disso vive o episódio. Da maneira como Revolution consegue fazer muito bem, tivemos um pouco de Danny e Rachel, e uns flashbacks interessantes, mas que poderiam ter bem mais informação. Danny ficou esquecido, de novo, e a história dos 12 pingentes é retomada. Louco para localizá-los, Monroe acaba seqüestrando um antigo amigo de Rachel e Ben, e sua filha. Parece que ele não tem muita criatividade em suas estratégias. E o pingente de Aaron dá sinal de vida novamente, bem brincalhão, funcionando no momento mais inapropriado. Ou quase, porque foi isso que salvou Michael. Mas agora Miles e Charlie já sabem sobre isso, e o clima no grupo parece que não vai ficar muito bom por muito tempo.
Os flashbacks foram espetaculares. Queria mais, evidente, mas ainda assim foram MARAVILHOSOS! No primeiro flashback achei que teríamos um episódio tipo The Constant, mas nada nunca será tão bom quanto aquele episódio, em se tratando de séries. Mas foi bom ver Brad, Ben e Grace juntos em uma narrativa que explica vagamente o que causou a queda de energia – Rachel, não envolvida no projeto, acaba pega no meio da história toda graças à gravidez complicada de Danny…
Versão resumida: por que a luz apagou? Por causa do Danny.
O flashback muito mais instigou do que realmente concedeu respostas, mas nos deixou com informação suficiente para nos satisfazer por ora, e criar as mais loucas teorias. Uma pequena demonstração do que veríamos mais tarde em larga escala foi visto três anos antes do apagão. E foi ótimo! Foi cruel entender a razão de Ben querer trabalhar para eles, despite the risks, e ver a razão pela qual Rachel “se vendeu”… só quero entender um pouco mais de como foi, e o que exatamente é Randall… Grace está de volta no futuro, presa por quem? Ah vá!
O episódio foi espetacular. Quando ele começou e eu senti aquela cara de filler, me preocupei, mas o episódio trouxe muitas informações importantíssimas, e tem cara de muito importante. Com um pouco de milícia, evolução de Charlie, verdade sobre os pingentes, novos personagens, motivos do apagão… respostas satisfatórias e mais mistérios interessantes? Um flashback bem colocado? E bem trabalhado? Estou quase me sentindo em Lost novamente, e isso me deixa muito contente! Até mais…

Curta nossa Página no Facebook: Parada Temporal

Comentários