A Origem dos Guardiões


Sabe aquela deliciosa animação de fim de ano, que geralmente lança perto do Natal para falar sobre o espírito natalino? A Origem dos Guardiões foi o filme desse ano, mas a história é tão genial e abrangente que não é apenas para o Natal, mas para celebrar o espírito natalino. E nos lembra de valores importantíssimos, e dessa inocência de criança! Como é gostoso ter essa idade e acreditar em tudo isso… eu, apaixonado por filmes nesse estilo, aproveitei ao máximo e umas lágrimas escorreram no fim.
Sou eu.
O trailer tinha me cativado quando fui ver algum outro filme pouco tempo atrás. Muito bem feito, com efeitos especiais tão encantadores que só por isso o filme já valeria. O 3D, eu digo novamente, seria dispensável, mas não importa, porque o visual do filme é tão belo que não tem como não aproveitar. E os efeitos especiais, como das batalhas de Jack Frost com o Breu são tão maravilhosos que mal parecia uma animação… uma daquelas animações complexas e bem feitas que mal parecem uma animação. Foi a impressão que o trailer me deu e o filme não me decepcionou.
Amei a história. O filme conta a história de Jack Frost, e entendemos um pouco de quem é ele quando o vemos, 300 anos atrás, saindo do fundo de um lago congelado e conversando com a lua. Quando o Breu começa a atacar, o homem da lua o escolhe para ser o Guardião, e assim ele se junta ao Papai Noel, o Coelhão (da Páscoa), o Sandman e a Fada do Dente. Com o encanto de uma história infantil e complexidade de uma história madura, o filme conta como todos, uns com a ajuda dos outros, lutam pela proteção das crianças.
E é um sentimento muito bonito. Emocionante. Todo o filme se desenvolve com discussões inteligentes, bonitas mensagens, cenas de ação espetaculares (amava especialmente ver Jack Frost contra o Breu) e uma magia muito envolvente que nos encanta. Várias cenas são memoráveis, e dentre elas destaco a brigada final das crianças para defender os guardiões, transformando os pesadelos em sonhos, pela ausência de medo, e trazendo de volta Sandman, infelizmente desaparecido por um tempo prolongado.
Todos os personagens são encantadores. Não tem como não se encantar por Jack Frost, especialmente, e por vezes nos sentimos mais ou menos como as fadinhas que ficam babando por ele. Conhecer seu passado é maravilhoso, mas ver toda sua desenvoltura, a diversão que proporciona às crianças, o prazer de estar junto delas e fazê-las felizes, e a tristeza por não poder ser visto, não ser reconhecido. Acho que o filme ganha em apostar nessa proposta, não original mas sempre muito válida: quando ninguém mais acredita neles, eles deixam de existir, mas enquanto uma criança acreditar que qualquer um deles é real, eles estarão lá para protegê-las.
Mas não só Jack Frost é encantador, todos os demais personagens também. Sandman é fofinho, e suas cenas espalhando sonho e zelando pelo sono das crianças é sempre lindo. Sem contar que ele proporcionou deliciosas risadas como quando fez os demais dormirem no quarto de Jamie. Jamie é tão fofinho que palavras não são suficientes para expressar meus sentimentos. A fada do dente é tão viva, tão maravilhoso ver sua alegria ao sair em campo novamente. O Papai Noel como nunca imaginado, e o Coelhão guerreiro, hilário em sua cena todo fofinho ao final.
Algumas cenas merecem destaque, além das já citadas que me comoveram ou me divertiram bastante. Mas também os pequenos elfos trabalhando e tocando cornetas, a tão brilhante “Não gostei, pinta de vermelho” / “Muito natalino, pinta de azul” e a primeira vez que Jack Frost é visto por Jamie. Especialmente essa última, que fez lágrimas vir a meus olhos enquanto eu sorria todo bobo com tamanho fofura – ambos espantados, era interessantíssimo ver a criança balançando a cabeça, e ver Jack Frost sendo visto, reconhecido… realmente muito bonito e emocionante.
E como eles realmente são uma equipe, pensam uns nos outros e se ajudam para poder cuidar das crianças. Inicialmente temos as fadinhas seqüestradas e a Fada do Dente perdendo a força, e então todos se lançam no que se transforma em uma divertidíssima competição de quem consegue mais dentes em uma noite – esquecendo de colocar o presente e tendo que voltar para fazer tudo isso. Pouco tempo depois, a Páscoa está chegando e todos se lançam a enfeitar ovos para ajudar o Coelhão. Então aí também está uma mensagem muito bonita do filme!
Amei o filme. Quem acompanha o blog com freqüência, sabe que eu vivo indo ao cinema ver aquelas animações que me parecem interessantes, e muitas delas se mostram filmes muito melhores do que muito live-action por aí. E A Origem dos Guardiões é um exemplo disso, tão bonito, tão engraçado, com uma mensagem muito boa e efeitos espetaculares. E ainda temos um pequeno trailer de Meu Malvado Favorito 2 que faz com que tudo já comece muito bem. Como disse, o encanto infantil em um filme com tom e jeito de adulto, maravilhoso para qualquer idade! Até mais…

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