American Horror Story: Asylum 2x07 – Dark Cousin


Um dos meus episódios favoritos de American Horror Story. De certa maneira, sinto a temporada se modificando, e o estilo que vemos agora já não é mais exatamente o mesmo estilo que víamos no começo da temporada, mas amo a possibilidade de ver novos conceitos em personagens que já conhecemos; e ao mesmo tempo em que odeio dizer adeus a alguns personagens de que gosto tanto, também gosto da ousadia da série de tirar da tela personagens tão importantes, provando que eles têm um plano muito maior a seguir na temporada.
Assim, Dark Cousin surpreende mais uma vez. Enquanto algumas coisas estão prestes a melhorar e eu acabo criando um tanto de expectativa, tudo desanda em um final melancólico que me partiu o coração. Mas também tivemos revelações surpreendentes que ainda me deixam de olhos arregalados, e o desejo pela morte mais próximo do que nunca. Seria tudo o que eu desejaria no lugar de Lana, por exemplo, e quoting a fala de Grace: “I’m free” – é uma sensação que eu nunca senti, mas que eu entendi muito bem me colocando no lugar daqueles personagens.
Mas a morte ganha outra face nesse sétimo episódio, na forma de um Anjo, ou um ceifador. Só posso dizer que eu fiquei admirado! A maquiagem e o estilo da atriz deram todo um clima escuro e sem cor, ao mesmo tempo em que foi acolhedor mas melancólico. Todo o episódio fiquei ansioso por vê-la conversar com mais alguém, sempre apreensivo com o desfecho da conversa. Mas a maneira como ela levava as almas era bonita de se ver, sem contar que aquelas asas negras brotando do nada eram lindas! E eu tenho uma certa queda por anjos justamente por suas asas…
Dark Cousin, o título, se refere ao tal Anjo da Morte, mas pode ser explicado de maneira bem rápida na cena em que este encontra Mary, a única humana que não a chamou mas que consegue vê-la – justamente devido ao demônio em seu corpo. Pela fala no episódio passado com aquela garotinha, e pelo discurso de “Você é como eu. Também é um anjo. Mas caído”, eu fico imaginando se o demônio que se encontra no corpo de Mary é o próprio Lúcifer, e me parece que sim. O que começa a me assustar levemente! E por pouquíssimos segundos, pudemos ver de volta a pura e inocente Mary, chorando por ajuda, mas logo sendo superada pelo poder da entidade…
Tenso.
E por incrível que pareça, Jude finalmente já descobriu sobre a verdade de Mary. Mas isso não foi o mais chocante na narração da personagem. Vimos novamente a morte do detetive, vimos o desespero de Jude, o Anjo o levando, os tormentos do demônio – como o “murderer” na TV –, e em 1949, a época do acidente e a expulsão da banda. O que me surpreendeu não foi nada disso, mas foi vê-la indo atrás da família de Missy, para de repente encontrá-la lá, viva! WTF? Era tudo o que eu pensava enquanto assistia… acho que foi uma reviravolta inesperada, e agora Jude deve ser outra pessoa daqui para a frente…
Ainda bem que ela não sucumbiu aos desejos do Anjo, embora a conversa das duas tenha sido espetacular. Mas o Anjo teve conversas maravilhosas com vários personagens, como com Lana, que a chama, e ao aparecer e resolver se entregar, volta atrás no último momento. Surpreendentemente, consegue se livrar de Thredson e fugir, mas só passa de um maníaco a outro, um acidente de carro, e está de volta ao Briarcliff, presa, pedindo ajuda a Mary, e quase se sentindo segura… quando você se sente seguro no Briarcliff você sabe que alguma coisa está errada!
E Mary quase a ajudou, mas o policial parece convicto demais que Kit Walker é culpado. E quem não acharia, com aquela confissão gravada, aquele acesso de raiva que Kit teve nocauteando o policial, e a fuga da prisão? Mas falando sobre Lana ser ajudada ou não, eu senti uma angústia gritante ao vê-la de volta ao Briarcliff, essa sensação de estar sempre preso a esse lugar, de não ter como escapar… uma sensação horrível! E tudo o que eu quero assistir no momento é a morte dela.
E Kit compartilha cenas perfeitas com Grace, que culminam em um final bonito, emocionante e melancólico. “Actually, you have to go now” fez meu coração se acelerar, e foi lindo ver de volta Grace e Kit, em um momento curto de quase felicidade, um abraço, um sorriso, uma esperança de salvamento… até que vejamos a freira, a criatura do Dr. Arden, o policial… e tudo termine de maneira horrível em uma libertação de Grace nas mãos do Anjo. Me pergunto se de alguma maneira Kit ainda sairá dessa história… mas quanto mais ele na cadeia, menos ele na série, e precisamos dele!
O episódio foi realmente muito bom. Talvez porque o episódio da semana passada tenha me deixado meio cansado de tantas e tantas teorias e tão pouca ação… American Horror Story continua mudando seu estilo, e eu continuo a defendendo como um terror absurdo. Afinal, é o terror que não te assusta, mas mexe com você de maneiras inimagináveis, capaz de colocar a sensação de angústia, de sofrimento, de pesar… e mesmo sem Dominique ique ique, novamente, continuamos nos sentindo dentro daquele lugar, cada vez mais desesperados por uma saída… até mais!

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