American Horror Story: Asylum 2x08 – Unholy Night
Ok, quando o episódio começou, eu demorei um tempo
a me acostumar à idéia de que aquilo era mesmo American Horror Story. Eu devo ter conferido pelo menos umas cinco
vezes para ver se estava vendo o arquivo certo, e se tinha feito o download corretamente. Os primeiros
cinco minutos, por mais sádicos e sombrios que sejam, não parecem vindos de American Horror Story, e sim de um
episódio muito bem feito de Supernatural
(coisa que não existe mais nesse nível).
Mas passado o começo diferente, o resto do
episódio se desenvolve de maneira totalmente diferente ao que estávamos
acostumados. Acho que minha cabeça ficou tão confusa com a série já, que nunca
sei o que esperar de um episódio. Portanto, talvez não espere nada e seja
sempre surpreendido. É uma ótima dica a você, os episódios que são bons ficam
parecendo espetaculares! E nessa semana não foi diferente, que episódio interessante!
Novamente vendo personagens indo a caminhos não antes previstos, e poucas
mudanças que me deixam curioso.
Espero que a série se atenha à continuidade, mas
não estou muito preocupado com isso, acredito que o roteiro será bem amarrado
quando preciso for. Mas não sei se voltamos ao Papai Noel morto de 2012 (?),
nem ao Papai Noel assassino de 1962. Mas ok, não é isso mesmo o que me importa,
o que quero agora é voltar a Grace, muito mais presente do que eu imaginei,
ainda assim pouquíssimo no episódio. Ela me deu um susto com aqueles olhões
abertos, e eu amei o final com o Dr. Arden (embora tenha ficado curioso pelo
plano dele) e a abdução. Esses aliens
atiçam minha curiosidade de maneira quase inexplicável, e preciso voltar a
isso!
Se a série parece ter abandonado Dominique ique ique de vez, vocês podem
reparar que não sai de nossa cabeça, afinal em toda review eu acabo a citando. Mas o roteiro tem outras maneiras de nos
deixar meio malucos, e por mais simples que tenha sido a cena do sonho de Kit,
foi algo que nos confundiu por alguns segundos deliciosos. Afinal tínhamos toda
uma história com Alma grávida, que se transforma em Grace. Mesmo muito
compreensível, foi algo que por momentos breves nos deu um nó no cérebro, e é
isso que é bom de ver na série, porque é essa confusão que buscamos.
Mas não só a confusão, mas também o desespero. E
acho que Lana representa isso incrivelmente bem na trama, afinal toda cena dela
com Threadson me deixa com uma sensação absurda de angústia. Não foi diferente
no 2x08. Pelo menos pudemos ver uma Lana e um Kit trabalhando em conjunto, e só
não matando o psicopata por ele ser o único ainda capaz de salvar Kit da
cadeira elétrica. Interessante vê-lo preso e com a boca amarrada? Ouvir a
ameaça de Lana de “One day, I’ll berry you”? Claro que sim, mas agora me diga:
você acha mesmo que Kit e Lana vão sair ganhando nessa?
Ainda falando sobre Lana e Kit, correndo o risco
de ficar repetitivo, eu devo dizer que os dois me proporcionaram o que eu
considerei a melhor cena do episódio. Sem nenhum tipo de angústia, sem mexer
com nossas idéias, acho que o diálogo dos dois na enfermaria mexeu com nossas
emoções, e eu quase compartilhei das lágrimas da repórter. Belíssimo ver um
confundido e dopado Kit, e ver uma Lana toda esperançosa, afirmando a inocência
do rapaz. Emoção à toda, acho que foi a melhor cena do episódio, mesmo em toda
sua simplicidade em meio a tantos acontecimentos.
E como eu falei de Papai Noel ali em cima, você
deve pensar: mas já Natal? Sim, já Natal. E Mary prepara toda uma festa a seu
estilo, no qual uma árvore um tanto spooky
é montada, um Papai Noel nada confiável (que cometeu um assassinato em 1963 e
passou o último ano todo na solitária) e um monsenhor tão indiferente que me
deixa pensando até onde Mary conseguirá ir. A única pessoa capaz de freá-la
parecia ser a irmã Jude, impedida de todas as maneiras de chegar até ela,
embora tenha tido uma ótima conversa com ela!
Arden, por minutos, é um personagem um tanto menos
pavoroso, mas depressa retoma seu título quando participa com Mary do plano de
deixar Leigh trancado com Jude. A cena é cruel e possui a frieza clássica de American Horror Story, sem pudor algum,
mas posso dizer? Vê-la apanhando não me comoveu nem um pouco, afinal lembrei-me
dela batendo em Grace e Kit e só pude pensar: ela mereceu! E como não merecia
mais do que isso, Leigh também mereceu o final dado pela irmã. De toda maneira
a cena toda valeu a pena!
O episódio foi realmente muito bom, e foi um
especial com um clima natalino todo macabro, do jeito que não poderia ser
diferente nessa criação mirabolante da mente de Ryan Murphy. Muito bem escrito
e muito interessante, a série continua caminhando por caminhos ousados, e
produzindo um suspense de primeira. Nesse momento digo suspense, mas sei que os
episódios de mais terror voltarão, com os sustos visuais e com o apelo
psicológico que mexe com nossos pensamentos e nos transtornam por dias… espero
ansiosamente por isso! Até mais…
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