Glee 4x10 – Glee, Actually
Com uma pequena introdução de Sue Sylvester
falando sobre Love, Actually, filme
no qual várias histórias se desenvolvem independentes uma da outra até que se
conectem no final, Glee opta nesse
especial de Natal, por fazer a mesma coisa. E sai perfeito! Eu devo dizer que
foi o melhor especial de Natal que a série já fez, e olha que já é o terceiro!
E foi uma ótima maneira de terminar o ano, valorizando todos os personagens,
divertindo e emocionando, e apresentando as coisas que a série tem de melhor…
com músicas bem escolhidas e cabíveis também!
E nesse ritmo de histórias independentes que só se
juntam no final, os personagens e os núcleos são separados e acompanhamos cinco
histórias diferentes. Não posso escolher uma preferida, portanto não o farei,
mas cada história foi boa a sua maneira, com um ou outro elemento que a
caracterizam e impressionam… enquanto uma foi divertida, outra foi absurda,
outra foi fofa, outra foi emocionante… e no final a mensagem de “Feliz Natal”
conseguiu ser bem passada em uma cena que emocionou até a Sue! E olha que isso
não é a coisa mais fácil do mundo…
Com os milagres natalinos, perdôo as viagens de
Ryan Murphy.
História um
– O SONHO DE ARTIE – Bem, quando fiquei sabendo que uma história assim
estava por vir, lembre-me imediatamente de quando Tina bateu a cabeça no
shopping, na temporada passada. Claro que o estilo foi outro, mas ainda assim
tivemos uma mudança nos personagens, um mundo imaginativo, e aquela mensagem de
que você deve ser quem você é. Foi extremamente divertido, envolvente e eu fiz
tanta anotação que vou ter que transcrever tudo… e foi ótimo ver o Rory de
volta, mesmo que tão pouco – “I’m your Christmas guardian angel” foi uma coisa
extremamente fofa, talvez porque eu goste do Damian. Rory sempre foi inútil,
mas sempre gostei do Damian…
Deve ser o sotaque.
O que importa é que, depois de uma introdução que
me pareceu forte, Artie vai para enfermaria e sonha com um mundo no qual seu
acidente de carro nunca aconteceu e ele nunca foi para a cadeira de rodas.
Sendo a cola do glee club, ele deixa de existir, e o mundo basicamente é um
lugar muito pior. Artie anda, mas está no time de futebol, nunca foi amigo de
Tina, que ainda gagueja, Becky é a vadia grávida da escola (porque ele nunca
saiu com ela), Kurt ainda é humilhado (inclusive por Ryder, Sam e Finn e Puck,
que nessa realidade não se formaram), Artie sofre ameaças de quebrarem suas
pernas (ironia total), Rachel não teve sucesso, é frustrada e bibliotecária,
Terri ainda está com Will, bêbado e acabado sem glee club…
Mas duas cenas que foram as que mais me chocaram.
“Who is Blaine?” foi horrível de se assistir, e minha boca se escancarou, ao
mesmo tempo em que foi divertido. Talvez pela trilha sonora de suspense
forçado. E a cadeira de rodas de Quinn, que sem os amigos do glee club para
dar-lhe forças acaba nunca saindo da cadeira de rodas (o acidente acontece da
mesma maneira, mesmo sem o casamento, o que foi bem explicado por Rory) e isso
a leva a morte “de um coração partido”. Me pareceu uma cena bastante forte, e
eu gostei bastante, mexeu comigo.
Mas antes disso tudo, Artie tenta unir novamente o
glee club cantando Feliz Navidad, o que evidentemente não
dá certo (“Dude, are you high?”, “That was so gay”). Achei a escolha de música
apropriada, afinal é a música mais viciante e envolvente do episódio, mas ainda
assim não dá certo, como sabíamos que não daria. Mas me diverti vendo as
reações, gostei dessa nova faceta de Rachel. A única maneira de resolver mesmo
os problemas é voltando para a cadeira de rodas e aceitando-se como é. Uma
bonita mensagem natalina, e Glee está de parabéns na narrativa!
História
dois – NOVA YORK / KLAINE – A história dois não foi inteiramente Klaine,
mas foi toda passada em Nova York. Melhor notícia? SEM RACHEL! Ela apareceu,
mas bem pouquinho e então saiu em um cruzeiro com os pais, e podemos dizer: o
episódio conseguiu ser ótimo, mesmo com ela aparecendo tão pouquinho. Mas o que
me deixou contente mesmo foi ver Burt chegando e tendo aqueles momentos tão
perfeitos com Kurt, e mais uma vez eu digo: esse é o melhor pai do mundo. E não
acho que só exista na bolha de Ryan Murphy. Deve ter uns perdidos assim na vida
real. Emocionante e perfeito, a série se propõe a mais uma narrativa com os
dois, quando ele revela ter câncer de próstata.
E os dois sempre nos emocionam!
Continuando o espírito natalino, a troca de
presentes é emocionante! Amei a história toda do presente ser “grande demais
para colocar embaixo da árvore” e o endereço para ir buscá-lo. Mesmo que
inicialmente tenha sido um clima muito estranho entre os dois, Blaine e Kurt
ainda proporcionam algumas das cenas mais românticas da série. Porque White Christmas foi basicamente isso:
feliz, fofa e romântica… apenas nos olhares eles tiveram conversas gigantescas,
e mesmo como “amigos”, o abraço dos dois me emocionou… e foi lindo ver Burt
feliz assistindo a felicidade do filho.
E mesmo que eu gostei demais do Sebastian, e
espere ele novamente nos próximos episódios, e que toda vez que o vejo desejo
vê-lo com Blaine, não tem como negar a química que Chris Colfer e Darren Criss
compartilham, mesmo nas cenas mais simples. E acho que a história dos dois vai
muito longe, com NYADA para Blaine no próximo ano, Sebastian ainda na série e
esse novo personagem que entrará para ser o novo interesse amoroso de Kurt…
bem, só posso dizer que as cenas desse episódio me fizeram suspirar e quase
aplaudir. Lindos, não é um casal contra o qual eu lutarei.
História
três – HANUKKAH DOS PUCKERMAN – Eu gostei dessa história pelo Jake, não
pelo Puck. Milhares de pessoas discordarão, mas eu não sou tão fã do Noah, mas
o Jake salvou tudo. Depois de brigar nos corredores da escola e ser resgatado
pelo irmão mais velho, os dois compartilham uma cena de “vivendo um sonho”,
cantando Hanukkah Oh Hanukkah nos
melhores cenários possíveis. E foi lindo porque a música era legal e as vozes
ficaram lindas juntas. Noah só fez segunda voz (YEY!) e Jake comandou a música,
cantando lindamente como sempre!
Mas quando a história poderia terminar, partimos
para algo realmente importante na história dos dois, quando, talvez de maneira
precipitada e rápida, eles decidem juntar as duas mães. É claro que o clima não
começa nada bem, um situação toda awkward,
mas aos poucos tudo vai dando certo, e por mais imaginativo que seja, é o
espírito de Hanukkah. Não é impossível, é só difícil. E Jake falou coisas tão
belas que não tinha como não se render… ok, aceitamos o que fosse, bem como
suas mães, porque ele deu lição de moral em todo mundo, de maneira linda!
História
quatro – APOCALIPSE MAIA – Essa foi a história que mais me divertiu, mas eu
passei o tempo todo, basicamente, fazendo “own”. Porque é uma história
basicamente de Sam e Brittany, e como eles acreditam que o mundo irá acabar em
21 de Dezembro, eles decidem viver loucamente esses últimos dias, inclusive se
casando. Eu gostei demais da história porque apresenta uma inocência, uma
leveza e é muito fofo de ver. Coisa que só Sam e Brittany juntos conseguem nos
proporcionar. Então desde os presentes absurdos comprados a todos por ela, até
o dia 22 de Dezembro, quando a ficha cai (“O mundo não acabou”), tudo é pura
diversão.
Foi ótimo ver Brittany falando sobre isso e ver
Sam concordando. Eu ri bastante com as teorias malucas dele, e com os planos
todos, como de juntar aquele clube para contar a todos como eles se sentem. Sem
nenhum tato, mas sendo verdadeiros, eles falam coisas nada gentis, e quando
todos saem, “I can’t believe hou naive they are” foi extremamente engraçado! O
casamento também foi ótimo (mesmo que o “Brittany, before the world ends, will
you marry me?” tenha sido chocante), especialmente por ver a inocência
estampada, o quão verdadeiro era, e os votos engraçadíssimos.
E antes disso tudo, Sam ainda faz uma apresentação
natalina para Brittany, com Jingle Bell
Rocks. Eu gosto muito da música e gosto muito do Sam, então sou suspeito
para falar. Mas acho que foi minha música favorita no episódio. Foi animada,
para cima, nos alegrou e nos colocou no espírito natalino como era a intenção!
Conseguiu ser fofo, colorido, e contagiante. Coisas que só o Sam conseguiria
fazer mesmo. Não podia imaginar essa música, nesse ritmo, na voz de qualquer
outra pessoa do glee. Tinha mesmo que
ser Sam, e Chord fez um trabalho espetacular!
História
cinco – NATAL DE MILLIE E MARLEY – Começa como o Natal de Sue, e achei que
seria a história dela, mas sua história se cruza com a de Millie (a mãe de
Marley) quando ela a tira de amigo secreto. O que eu temi que fosse um desastre
total acaba sendo a história mais emocionante de todas, que me deixou
arrepiado. Sue é possuída pelo espírito natalino, e ouve uma conversa de Millie
e Marley, sobre a árvore de Natal e não poder gastar dinheiro com isso porque
ainda tem que pagar as consultas de Marley com o médico, por causa de seus
distúrbios alimentares.
Posso falar? As duas sempre têm cenas emocionantes
na série, e eu quase explodo com tanta fofura! Como sempre, foi maravilhoso ver
as duas, ver o sentimento entre elas, o amor verdadeiro, o companheirismo. E The First Noel foi muito mais curto do
que eu esperava, mas Melissa Benoist nos emocionou de qualquer maneira, com
aquela voz única, forte e linda. Então em pouquíssimos minutos, ela conseguiu
nos emocionar, quase nos fazer chorar, e até mesmo fazer Sue ter uma das idéias
mais altruístas que já teve: vender sua árvore de Natal e ajudar as duas.
Faz parte da bolha de Ryan Murphy, mas eu não me
importei. Foi lindo ver Millie acordando e vendo tudo e chamando desesperada
pela filha. Amei ver a alegria evidente e verdadeira nos olhos das duas, a
árvore de Natal, o dinheiro para a consulta, até alguns presentes… não podia
ter sido mais emocionante! E quando eu estava quase chorando aqui em casa,
Marley ainda consegue me fazer rir com o “We should probably still call the
police”. E foi legal ver Sue fazendo tudo escondida, disposta a não espalhar
para todos o que tinha feito, nem mesmo para as duas.
Conclusão –
QUANDO TUDO VIRA UMA HISTÓRIA SÓ – No fim, voltamos a quase todas as
histórias para uma conclusão de cada uma, enquanto os personagens se cruzam no
Breadstix por exemplo. Hanukkah dos Puckerman deu certo, e Puck parece estar
voltando para Ohio (não faço questão de vê-lo tanto na série), Sam e Britt não
estão casados de verdade (e Beiste foi ótima colocando Indiana Jones no meio
para criar um novo fim do mundo, em 27 de Setembro de 2014 – os gleeks se lembrarão disso!) e Blaine
fala sobre seu futuro. A cena da aposta dele e Burt foi muito legal!
E para agradecer a Sue (que me fez rir demais com
a descrição da cena e a virada de olhos quando Millie a convida para ir ao
auditório), alguns integrantes do glee
club unidos por Marley cantam Have
Yourself a Merry Christmas para ela, enquanto as demais histórias também
cantam, juntando tudo em uma cena bonita e emocionante, com uma música bem
natalina e um clima gostoso para terminar o ano. Foi um ótimo final de ano, e
acho que podemos ficar contentes com a primeira parte da quarta temporada.
Ansiosíssimo para Janeiro!
Glee finalmente
acertou de verdade em seu especial de Natal nesse ano. O primeiro foi legal, o
segundo foi bem fraquinho, mas esse terceiro foi quando o tema chegou a seu
ápice na série. Terminamos o ano nos sentindo parte de Glee, contentes com esse clima e com os personagens que temos, e
ficamos aguardando o próximo episódio, só no dia 24 de Janeiro. E vocês, gleeks, o que acharam do último episódio
do ano? Atingiu as expectativas? Até mais! P.S.: Desculpem o texto gigantesco,
não resisti! kk
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