Hair, o Filme x Hair, o Musical


Chega de comparações.
O musical é fantástico, delicioso, ambicioso… tem uma história forte, atrevida e grandiosa. Ao mesmo tempo em que muita coisa acontece, as piadas não param de surgir, e esse é um dos musicais mais engraçados que já existiu. Em contraposição, também é um dos musicais mais fortes, mais pesados e mais tristes… prepare-se para qualquer tipo de emoção ao assistir Hair.
O filme também é bom. Possui grandes atores, grandes músicas, uma bela história. Abstraia-se do resto e aproveite o filme, afinal é uma história de descobertas, de inocência, de paixão, de sacrifícios. É inocente, mas é atrevido, ousado, sensual. É simples, mas é completo, denso, emocionante… não tem como explicar, mas o interessante é que vale muito a pena. E você sempre vai querer ver de novo.
Não importa onde for, e qual a história que conte, Hair sempre tem uma mensagem que está presente em qualquer ocorrência: o amor, a paz, a serenidade. A busca por fazer o bem, por encontrar a si mesmo. Hair é sobre enfrentar seus desafios, é sobre não ter medo de viver, de sonhar… é sobre amor, sobre felicidade e sobre identidade. Mesmo que não se identifique com ninguém, Hair te ajuda a conhecer você mesmo, e a descobrir quem você é.
Sou apaixonado por Hair, como muitas vezes já comentei aqui no blog… a partir do momento em que eu a assisti com o elenco brasileiro em São Paulo, isso passou a fazer parte de mim, e eu carrego um pouco de Hair comigo onde quer que eu vá. A mensagem foi transmitida, e eu sei como guardar isso dentro de mim… e seja com Let the Sunshine In ou com Deixa o Sol Entrar, o que importa é que eu aprendi a deixar o sol entrar…
Hair serve para muita coisa. É uma espécie de terapia para mim. Estou nervoso, com raiva? Tenho rosto… tenho alma e coração. Eu tenho… Estou triste, precisando de um ânimo? Só quem canta sabe e sente… passa contente o seu dia. Decepcionado, sem saber para onde ir? Pra onde eu vou? […] Quem me responde, se faz sentido ou não viver? E bateu a saudade? Na madrugada dessa era de Aquário…
Quer comemorar algo? Manchester, England, England, pra lá desse mar sem fim… rir? Olá… gás de plutônio. No ar, no ar pra respirar. Sem dinheiro no final do mês? O que eu penso? Não tenho grana… pobre! Apaixonado? Não precisa devolver o dólar que eu emprestei… mas vem! E assim continuamos, nostálgicos, tantas e tantas outras frases memoráveis, que marcaram e ainda marcam qualquer fã de Hair
Mas o que me faz chorar, o que apenas de ouvir as notas iniciais me arrepia todo (e mesmo agora, apenas em escrever esse texto e cantar as tristes palavras dentro da minha cabeça) e me transporta para esse mundo como uma máquina de teletransporte de Star Trek são as palavras… Com fome… o seu olhar cruzando o meu, vai… atravessando a multidão. Nós… marchando perfumados dentro do nosso corpo.
Fiquei nostálgico… e aposto que proporcionei o mesmo sentimento em algumas pessoas! Vamos retornar ao mundo de Hair? Ouvir as músicas, matar as saudades, desejar que a temporada em São Paulo ainda não tivesse terminado? Infelizmente tudo que é bom algum dia termina, e Hair só saiu de cartaz, mas não termina dentro da gente… e você, ainda pensa como Hair? Até mais!
Clique em "ler a matéria na íntegra" para conferir um cronograma completo da seção "Hair, o Filme" em que comento sobre o filme [que não me entenda mal, não é ruim] sem resistir às comparações à peça [afinal, é a obra original, pela qual eu sou APAIXONADO!]. Essa é a oitava postagem da seção.

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17 de Outubro: Hair, o Filme
24 de Outubro: Claude Hooper Bukowski
31 de Outubro: Os horrores da guerra
07 de Novembro: George Berger
14 de Novembro: A trilha sonora
21 de Novembro: Onde foi parar Sheila?
28 de Novembro: Os pais do filho de Jeannie
05 de Dezembro: Hair, o Filme x Hair, o Musical

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