On Broadway – Rent
Rent é
um dos meus musicais preferidos de todos os tempos; eu gosto bastante de vários
musicais, mas poucos significam tanto para mim quanto Rent. Esse é uma das mais brilhantes produções da Broadway; além de
ser polêmico e desafiador, apresenta músicas extremamente boas. Contém uma
história maravilhosa, e é mesmo um dos melhores musicais que o mundo já viu. A
história realmente mexe com a gente e trata de inúmeros assuntos de uma só vez.
Nunca vi uma peça tão completa quanto essa.
Ela estreou pela primeira vez em 1996, ganhou uma
versão em filme (com grande parte do elenco original presente) em 2005 e ficou
em cartaz por doze anos, fechando em 2008 – também conta com uma filmagem
oficial da última performance, bastante emocionante, lançada em DVD. No ano
passado, ganhou um revival Off-Broadway
em Nova York. Um dia ainda terei a chance de assistir Rent ao vivo! É considerado um musical de rock, com música, letra e
livro por Jonathan Larson, baseado na ópera La
bohème de Giacomo Puccini’s. Ganhou quatro Tony Awards, incluindo o de
Melhor Musical, em 1997.
Muitas vezes a sinopse da peça é dada como “um
grupo de jovens artistas e músicos que lutam para sobreviver em Nova York,
levando uma vida boêmia e enfrentando a sombra da AIDS”. Acho que a história é
muito maior do que isso; como eu disse, ela é completa, e trata de diversos
assuntos, como homossexualismo (masculino e feminino), AIDS, drogas, pobreza
(sem-tetos), desemprego e o capitalismo. É uma grande variedade de assuntos
tratados ao mesmo tempo, formando uma peça espetacular, que trata de cada um
dos assuntos brilhantemente, nos faz pensar e nos faz rir e sofrer com os
personagens.
A peça contagia; numa questão mais técnica, vamos
comentar: grande parte do espetáculo é cantado, mesmo fora das canções. Temos
diálogos e temos música, mas várias conversas simples também são cantadas, ou
contém algum verso no meio, dando a tudo um ar muito mais de musical. Não é uma
peça que tenta ser alegre, que tenta te divertir; é uma peça que tenta abrir
teus olhos, que quer te fazer pensar. E sim, ela te faz rir no caminho, mas ela
também te faz chorar, ela te faz viver aquelas emoções.
Muitos musicais da Broadway se baseiam no humor
(como é o caso de Hairspray, Mamma Mia!) e com Rent isso não acontece. O humor que está presente em Rent é um humor com sarcasmo, com
ironia, um humor de protesto, assim como todo o restante da peça. É uma peça
desafiadora, ousada, totalmente contra o preconceito… traz emoção, beleza e
tristeza misturados à sarcasmo e muita crítica. Não pode ser visto como “apenas
mais um musical”, e sim como algo revolucionário que marcou a vida do teatro… e
continua marcando ainda hoje.
Os elencos que mais ganharam destaque foram: o
original, de 1996 (alguns reprisaram o papel no filme de 2005, o que os tornou
ainda mais conhecidos mundialmente) e o final, de 2008 (graças à gravação
original lançado nos cinemas dos EUA, e em DVD em todo o mundo). Ambos merecem
destaque de alguma maneira… o elenco com o qual eu conheci Rent foi o de 2008 (é, eu comprei o DVD), mas o elenco que mais me
marca e do qual eu mais gosto é o OBC (o que nem sempre acontece, não é uma
regra universal)… lembrando que Neil Patrick Harris (ator do qual sou bem fã)
já interpretou o personagem de Mark em 2004.
Por hoje, só gostaria que todos soubessem quanto Rent é bom, e quanto é uma obrigação de
cada um assisti-lo. Um dos musicais mais marcantes da Broadway, e se você gosta
desse tipo de coisa, você precisa assistir. Você se contagia, ri e se emociona,
você realmente vive a história, e é fascinante. Aconselho todos a procurarem
esse musical e assistir, e então daqui a dois domingos trarei a nova postagem
da seção, com uma visão um pouco mais detalhada… até lá, vocês podem já ter
assistido. Então até mais!
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