Glee 4x15 – Girls (and Boys) on Film


Algumas das mais memoráveis performances de filmes foram recriadas nesse episódio especial, que eu afirmo que não foi o suficiente para tudo isso – eu conseguiria criar uma série inteira apenas com músicas marcantes de filmes. Consigo listar uma infinidade de músicas que amo e são tão clássicas, mas não foram nem citadas. Não por erro de roteiro nem nada, então gostaria de deixar bem claro que não é uma reclamação, não tinha mesmo como colocar tudo o que podíamos desejar em apenas um episódio. Mas Glee fez muito bem o que se dispôs a fazer.
A história caminha um pouco da última vez que vimos esses personagens, mas Emma continua desaparecida, e a gravidez de Rachel continua sendo um mistério por alguns minutos, embora tudo tenha ficado bem claro no final. E Santana teve seus primeiros e devastadores momentos em Nova York, enquanto sonhos malucos continuavam a acontecer, e uma ânsia de dizer a verdade se espalhou por toda a escola. No fim, temos um episódio épico, com performances perfeitas, mas que termina com um sentimento bem ruim entre várias pessoas, e aquele clima pesado. Clima que muitas vezes já me deixou com uma sensação péssima no fim do episódio. Hoje nem tanto.
O episódio começa ridiculamente com You’re All the World to Me. Desculpem-me, mas eu achei uma performance sofrível. Mas foi para introduzir o tema do casamento novamente, e mostrar todos ajudando Will a encontrar Emma novamente; e Finn e Artie conseguem isso com uma ajudinha dos pais de Emma, e levam Will para uma serenata ao som de In Your Eyes, essa sim uma grande cena. Bonita e emocionante, além de muito fofa e ter o clássico radinho segurado sobre a cabeça. Sem contar que a reação de Emma foi impagável, eu não podia parar de sorrir, assim como ela.
E depois passamos à parte mais sentimental em que Will e Emma possuem uma conversa bastante contundente. Eles conversam sobre seus medos, anseios, e tudo pareceu profundamente real. Porque foi compreensível, e as coisas aconteceram lentamente, sem nenhuma grande interferência do mundo imaginado de Ryan Murphy. Foi bonito. Chocante foi ver Finn finalmente contar para Will sobre o beijo, o que foi um tanto desnecessário, e eu comecei a xingá-lo, mas tudo bem. A frieza de Will foi melhor e mais aterrorizante do que qualquer resposta.
Os filmes são realmente introduzidos na história justamente por Will estar vendo muito filme antigo para tentar esquecer seus problemas. E finalmente temos a disputa de mash-ups entre meninos e meninas da quarta temporada! Não tivemos isso na terceira temporada, e fez muita falta! “We should do ‘The Artist’, we don’t have to sing”. Antes de começar toda a competição (e o prêmio de Artie que não parece nada desejado), todos juntos cantam Shout, com direito a excessos de Blaine (é o Blaine!), mas muita diversão. Invadiram biblioteca, refeitório, e estava todo mundo tão animado que foi contagiante, intenso e muito, muito bom. Amei.
No lado dos meninos, eles fazem um mash-up de Old Time Rock and Roll com Danger Zone, e foi simplesmente ótimo. Para começar que eu amei a caracterização deles, e a performance foi tão intensa, tão verdadeira que eu daria a vitória para eles, se realmente tivesse algum vencedor (“Why do you always do that?”). Além de cantarem super bem e contagiarem, os meninos conseguiram ser engraçados e um tanto sexy, tudo ao mesmo tempo. Não tinha como não se encantar de verdade por aquela performance, tinha?
Já as meninas, vão de Diamonds Are a Girl’s Best Friend, e só de ouvir os versos daquela música a única coisa que me vem à cabeça é Marilyn Monroe (e consequentemente Smash) e Material Girl. Foi uma produção toda com direito a Marley contando segredos a Kitty (personagem perdida, por sinal) e vestidos glamurosos que combinaram bastante com a performance. Foi bonita, foi legal, foi divertida, as meninas arrasaram também, como sempre. Mas eu ainda daria a vitória para os meninos nesse ano. E também nada baterá Halo / Walking on the Sunshine, né?
Já nos romances, alguns problemas parecem estar acontecendo. Eu já comentei o quanto eu gosto do Adam, não é? Achei uma sacanagem colocá-lo todo bonito e sexy graças àquele sotaque britânico envolvente (“Where are you from, Doctor Who? foi ÉPICO!), tendo que escutar comentários de Santana a respeito do amor de Kurt por Blaine. Como se não bastasse, teve muito Moulin Rouge e até Kurt e Blaine cantando Come What May. O que por sinal foi perfeito, afinal essa música ficaria perfeita com qualquer um. QUALQUER UM. Não concordo em colocar, a essa época, um dueto tão romântico para os dois, mas não posso negar que foi lindo e emocionante. E a música é perfeita. A produção estava mais para Elephant Love Song, mas tudo bem.
Bem, se Santana ainda não conseguiu destruir o “romance” de Kurt com Adam (afinal Adam foi todo fofo e ainda quer uma tentativa com Kurt, o convidando a sair e lindamente pegando em sua mão), ela realmente colocou dúvidas a respeito de Brody. Coisas que eu nunca tinha parado para pensar. A ausência dele durante todo o episódio foi realmente estranha, e a quantidade de dinheiro também… He’s a drug dealer. Embora Kurt concorde (e eu ri demais nessa hora), ainda não consigo ver Brody traficando drogas… tinha me passado outra coisa totalmente diferente pela cabeça.
Mas para quem achava que Santana seria rapidamente chutada para fora da casa agindo daquela maneira, ela se mostrou muito útil em uma das cenas mais bonitas do episódio. Porque ela realmente merecia ser chutada embora, com todos os comentários, sugestões e aquela coisa de revirar a casa, mas quando Rachel precisou dela por causa da gravidez, ela esteve ali, e as duas compartilharam uma simples e belíssima cena de amizade. Não precisamos de diálogos, apenas os olhos e as lágrimas de Rachel, e aquele abraço meio incerto para entender tudo. E foi bem bonito.
No McKingley, Jake pensa numa das coisas mais românticas do mundo, que é recriar a cena de Ghost enquanto canta Unchained Melody, mas a performance foi mesmo marcante pela confusão de Marley, que via ora Jake ora Ryder ali com ela. E a cena se tornou épica. Grandiosa, bonita, um tanto ousada, e por que não dizer hot? Note que ela beijou Ryder (e foi um beijo extremamente bonito, diga-se de passagem!), mas se recusou a beijar Jake. E contou a verdade, e o relacionamento e a amizade estão balançados. Fico extremamente curioso, mas continuo torcendo por Ryder. Afinal olha só a química naquele beijo!
Enfim.
Com “Your favorite romantic movie” e “Hunger Games?” eu fiquei me perguntando: tem como eu amar Marley mais ainda?
Mas o episódio todo foi esperando o clássico dos clássicos que é Footloose. Quem acompanha o blog já sabe que eu sou absurdamente apaixonado por esse filme, desde sempre e nunca me conformei por Glee ainda não ter feito essa música. Aqui está. Simplesmente perfeito. É clássico, inegavelmente um clássico. Os pezinhos dançantes no início fizeram já meu coração disparar, em combinação com as primeiras notas, mas o New Directions interpretou aquilo perfeitamente! Eu queria surtar, juro! Foi tão intenso, tão bem coreografado, e trouxe tantas lembranças boas… eu aguardei tanto por essa performance, e não me decepcionei! Apaixonado.
Eu amei o episódio, finalmente um episódio inteiramente dedicado a filmes. E estou super curioso pelo episódio seguinte, com uma grande quantidade de mash-ups (e eu sempre os amo!) e algumas duplas estranhas para interpretá-los, que me faz pensar que todos esses que terminaram o episódio com climas pesados se enfrentarão de uma maneira ou de outra. Finalmente Glee está de volta, vamos aproveitar porque ainda temos mais 7 episódios até o fim da temporada, e muita coisa pode acontecer até lá. Acho que as Regionais estão bem atrasadas esse ano…

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