Glee 4x17 – Guilty Pleasures
Outra ótima idéia da quarta temporada. Glee sempre foi sobre ser você mesmo e
não ter medo disso, de se aceitar e ter amigos que o amam independente de quem
você é ou gosta. E essa coisa das músicas escolhidas, as músicas que gostamos
bastante mas que nos sentimos culpados por isso, ou mesmo envergonhados, nossos
guilty pleasures, foi muito bem
explorado. Foi perfeito! Parece que era o momento de conhecer os personagens
mais a fundo, de vê-los de verdade, um sentimento tão grande de amizade e tudo
o mais. Foi fofo, amei as músicas, foi perfeito.
Meu guilty
pleasure? Vou pensar em algo.
Will está doente e não aparece (todos comemoram!)
e Sam e Blaine (vide que nenhum dos dois é membro original do grupo e mesmo
assim ficam assumindo a liderança continuamente) aparecem com uma idéia
fascinante: a de revelar seus gostos daqueles que você mais se envergonha.
Compartilhar isso cria um laço forte entre todos eles, e eu acho que isso era o
que eles precisavam para as Regionais. Gente, a cena em que o fato de Kitty
gostar de Spice Girls vêm à tona e
todas as meninas piram daquela maneira resume tudo. É basicamente isso. Porque
é o tipo de coisa que você esconde, e os outros compartilham com você.
Para mostrar exatamente o que é um guilty pleasure que se preze, Blaine e
Sam dão um exemplo com Wham! Wake Me Up
Before You Go-Go é contagiante, animada, divertida, maravilhosa. Eu gosto
da música, e gostei bastante da cena, e de como ela foi trazida. Tudo bem,
tivemos Blaine com seus exageros, mas galera esse é o Darren Criss. Foi
perfeito pela atmosfera descontraída, pelo sentimento de diversão e de
felicidade. E pelas roupas estranhas e um tanto ridículas que no final se
provaram super legais, e ficou uma grande cena perfeita para iniciar o
episódio.
E as pessoas demoram um pouco para aceitar essa
coisa de guilty pleasures. Amei
Brittany se aproximando de Kitty e dizendo algumas verdades. E acho que pela
primeira vez eu realmente gostei de Kitty. Por vários motivos. Ela ficou
extremamente bonita vestida de Spice Girl,
e seu sorriso era tão natural, tão fofo, e ela realmente pareceu feliz em estar
ali, pela primeira vez. Teve até um momento divertido de “Shut it” com a
pergunta indiscreta de Tina que me soou tão natural que eu me apaixonei por
ela. Espero ver mais dessa Kitty daqui para frente, mas amei o Fondue for Two de hoje!
Spice Girls
foi épico. Eu estava bastante ansioso por Wannabe,
porque era uma das minhas músicas favoritas para o episódio. E gente, foi
perfeito como eu esperava que fosse! As meninas arrebentaram como sempre
fizeram, e não podia ter sido mais perfeito! Marley estava tão não-Marley que
eu me surpreendi. E foi bom ver a felicidade, ver a cumplicidade, ver que todos
tiveram ótimos momentos com a tarefa dessa semana – Ryder é um exemplo disso na
sua felicidade incontrolável durante a apresentação das meninas. É visível em
seus olhos e em seu sorriso. Fofo. Artie incontido em “Best thing EVER!” foi ótimo!
Já Sam vai de Barry Manilow e se auto-declara um “Fan-ilow”, e começa contando isso para
Blaine, mas acaba se arriscando a cantar Copacabana
na frente de todos. Em um momento de pura tensão, se entrega a uma das melhores
performances do episódio. E eu não esperava muito dela. Mas foi tão
contagiante, tão feliz, tão divertida, que não teve como não gostar. E esse foi
o grande segredo do episódio: ver todos revelando que também gostam de Barry
Manilow, ver como eles compartilham dos mesmos gostos “vergonhosos” e não
precisam escondê-los. Acho que isso cria um laço indiscutível entre todos, uma
cumplicidade na qual todos passam a se conhecer verdadeiramente, de maneira
divertida e bonitinha. É bom ver essas coisas acontecerem.
Já Blaine mascara seu verdadeiro guilty pleasure cantando Against All Odds (Take a Look at Me Now)
de maneira emotiva e comovente. Ok, eu também não sou a favor do número de
solos que Blaine vem continuamente recebendo, mas não podemos negar que o cara
interpreta bem. E que o solo ao piano contou com pouco dos seus exageros
rotineiros, e deu para apreciar. Os olhares furtivos a Sam foram ótimos, bem
como o olhar incerto dele, que não sabia o que pensar, mas evidente que tinha
notado qual era o verdadeiro guilty
pleasure do amigo.
“I get it. Your guilty pleasure is
me” foi
surpreendente! Mas eu amei Glee
por ter trazido isso dessa maneira tão simples e natural. Mesmo chocante,
porque não esperava ele falar daquela maneira. Foi bom eles terem desenvolvido,
foi bom ver a maneira como Sam aceitou tudo aquilo, e é muito bom ver essa
amizade bonita entre os dois. Eu fiquei emocionado. Foi fofo, foi verdadeiro, e
sempre pudemos imaginar Sam fazendo uma coisa assim mesmo. Não seria nada
diferente vindo dele. O abraço foi legal – podia ter sido tenso, podia ter sido
estranho, podia ter sido fofo; foi divertido. A piada da bala no bolso foi
audaciosa, um humor que não esperava de Glee,
mas que achei extremamente válida. Eu ri.
Nos casais do McKingley, por alguma razão a
namorada virtual de Ryder não deu as caras, e Jake e Marley novamente tem um
pequeno desentendimento por Chris Brown (deixar bem claro que eu concordei com
ele – gostar das músicas dele não implica gostar da pessoa em si!) e então Jake
canta My Prerogative. Que foi ótima!
Não tinha como esperar menos de Jake, com todo seu talento. Porque ele dança
extremamente bem (e deu show, dançando sozinho), tem uma voz maravilhosa e
ainda escolheu uma ótima música. Não tem como não comentar o quanto aquela
dança toda acabou sendo bem sensual…
Guilty pleasures em Nova York?
O de Kurt me divertiu. De verdade. E achei fofa a
relação que surgiu entre ele, Rachel e Santana. Pela primeira vez me convenci.
Os três no banheiro, com Rachel cantando ao fundo e os outros dois conversando
me fez rir muito! Depois teve todo um sentimento de proteção, e uma certa
inocência e infantilidade que ficou bem legal, quando Santana e Rach planejam
pregar uma peça em Kurt. E acidentalmente descobrem seu guilty pleasures para então aderir a isso também. Eu me diverti
muito com Bruce e com Colin. E realmente fiquei curioso para saber qual a
sensação.
Whatever.
A verdade sobre Brody vem à tona e não conseguimos
esperar as audições para Funny Girl.
Que bom, porque Rachel pareceu genuinamente feliz depois de tudo, e os dois
realmente compartilharam de uma conversa “madura e honesta”. Fiquei orgulhoso
do roteiro naquele momento. Foi intenso, foi forte, foi real. Ela brigou, ela
humilhou, ela chorou. Ele falou, eles sofreram. E no final foi bonito e triste
a maneira como tudo acabou, mas por fim sem um clima totalmente ruim. Apenas
triste. E Creep é a música perfeita
para essa cena. Com aquela letra fascinante, e a interpretação brilhante dos
dois… foi perfeito.
E para acabar o episódio… I think we should pick
the biggest guilty pleasure musical movie ever. MAMMA MIA! E quer saber? Eu esperava
bem mais… quando escrevi sobre a música na sexta, comentei o quanto a amei!
Ficou uma perfeita homenagem ao ABBA, o áudio completo está impecável. Mas no
episódio faltou algo. Mesmo com Rachel arrasando. Mesmo com o trio sendo fofo
em Nova York. Mesmo com todos sendo um máximo em Ohio. Mesmo com as fantasias
que homenageiam a banda. Faltou alguma coisa na apresentação que não sei dizer
o que é… talvez seja apenas o fato de eu ter esperado demais, afinal nunca
direi que estava ruim. Só esperava mais, pelo áudio.
O episódio foi ótimo. Alguns conceitos que só
estão sendo apresentados agora realmente são ótimas idéias. Isso de anunciar
seus guilty pleasures foi uma
brilhante idéia para aproximar os membros do New Directions, criando uma sensação de companheirismo por todos
saberem os segredos uns dos outros. Foi divertido, eles tiveram momentos
infantis de pura diversão, foi inocente, foi leve, foi bonito. Achei uma idéia
fascinante, realmente satisfeito com o episódio. Ansioso agora pelos próximos
episódios, e para o momento em que as Regionais cheguem… ainda acho que há uma
possibilidade de eles perderem essa competição. Só eu?
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