Smash 2x04 – The Song


E repentinamente Veronica Moore é a estrela de Smash e Ivy e Karen são reduzidas a personagens secundárias que ficam balançando no fundo e fazendo coro; enquanto o Bombshell beira a morte novamente, com mudanças drásticas em roteiro e produção. Me pergunto se ainda volta mesmo com traços do musical antigo. E Jimmy e Kyle continuam ascendendo rumo aos holofotes, com uma ótima história que foi incorporada junto ao concerto de Veronica, e funcionou perfeitamente.
Falando primeiramente sobre o tal concerto de Veronica. Depois daquele discurso todo para Derek no episódio passado, misteriosamente conseguimos uma mãe para a personagem, e agora ela está prestes a realizar um grandioso concerto (no dia seguinte!) que será filmado e transmitido pela televisão mais tarde. Ok, o lado mais técnico do episódio gira em torno de organizar esse show e decidir como ele ocorrerá, com contrastes nítidos entre as vontades de Derek e da própria Veronica.
E é aqui que Jimmy e Kyle entram com a chance de suas vidas, com a possibilidade de fornecer uma música marcante para que ela interprete no concerto. Uma série de músicas, e tanto Tom quanto Derek sendo bem indiferentes com eles, Jimmy passa seis horas compondo, com um Kyle mais centrado e preocupado do que nunca, e uma Karen novamente disposta a colaborar. O processo de criação dele foi fantástico de ver, amei a música sendo composta. Mas com uma rejeição gravíssima, ele desaparece e a preocupação toda recomeça.
Kyle fica mais fofo do que nunca quando está preocupado, e a maneira como falou com Karen foi épica. Vou assistir um milhão de vezes sua parte em Everybody Loves You Now, que ele cantou com Veronica. Ambos arrasaram na música, e mais uma vez eu elogio a série por colocar as tão boas músicas originais (tão distintas em Bombshell e Hit List), mas também trazer outras músicas como essa, tão constrastantes com o que estamos acostumados. É fascinante. A interpretação é envolvente, bonita (bem de musical mesmo, a rua e o camarim) e Andy Mientus tem mesmo uma voz linda para cantar…
Ok. Se o concerto levou a algum lugar para o bem de Bombshell ou da própria carreira de Veronica, eu realmente não me importo, mas foi ótimo para Jimmy Collins e Kyle Bishop. Eu me emocionei verdadeiramente ao ouvi-la cantando I Can’t Let Go, mas muito mais pelas expressões dos garotos atrás. A emoção era tão verdadeira, e eles transmitiram isso tão bem nos olhares e nos sorrisos. Foi belíssimo! Contagiante, arrepiante, fiquei muito feliz com o reconhecimento, com o primeiro aplausos em pé, com a atitude de Veronica de apresentá-los, o ótimo olhar de gratidão de Jimmy a Karen.
Ah, claro. Como eu posso me esquecer de Karen e Jimmy? Como eu já comentei, o Kyle preocupado foi uma das melhores coisas do episódio, mas foi bom ver Karen igualmente preocupada, mesmo sem o conhecimento das coisas a mais que Kyle chega a citar. E depois, quando Karen finalmente encontra Jimmy, a temática da cena me deixou preocupado (com medo até que “Uísque. Maconha. Cocaína” não tivesse sido uma piada), mas acabou sendo uma ótima cena, uma ótima conversa, e Jimmy estava bem mais divertido e natural… o beijo do casal não foi realmente romântico, mas foi fofo, bonitinho e muito aguardado. Ela já deixou no ar a proposta de repeti-lo! E I’m Not Lost foi ÓTIMO!
Yey \o/
Bombshell sai das mãos de Eileen e vai para Jerry, com direito até a uma surpreendente ligação a Ellis (eita personagem chato!). Mas nessa história o que mais importa é a relação de Peter e Julia, e eu amei a maneira como ele trouxe todas suas críticas à tona, usando seus alunos, e como ele consegue ser convincente a ponto de fazê-la enxergar os defeitos e ter novas ideias interessantes para mudar o musical completamente. As cenas dos dois foram ótimas (“No, I’m not. Yes, I am. Oh my God!”), e eu amei ver o processo criativo de Julia, ansioso por esse novo ponto de vista para o musical.
Eu amei o episódio, e não pude deixar de reparar nas mudanças drásticas na contagem da história, como a própria Karen – que nos foi apresentada como aquela garota do interior e com um grande sonho e Dev, para hoje ser uma estrela em construção, inserida no mundo da Broadway, e uma personagem totalmente nova. Da qual gosto mais. Gosto muito dessa abordagem voltada para Hit List e Bombshell, e realmente espero que ambas as histórias possam ser muito bem aproveitadas, porque Smash ainda tem muito lugar aonde ir! E vocês, o que estão achando?

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