Smash 2x06 – The Fringe
Eu diria que foi um episódio surpreendente,
infelizmente com decisões que não vão durar muito tempo. Mas foi realmente o downhill de Bombshell, e já estava até angustiante assistir a qualquer coisa
que tinha a ver com isso. Surpreendentemente eu odiei o Tom de verdade (não digo
que foi a primeira vez, mas é raro acontecer) e também fiquei muito bravo com
Jimmy (não tinha acontecido até agora), ao passo que admirava mais e mais Derek
e suas ações, vibrando com cada uma de suas cenas…
Vai entender?
Minha maior motivação no momento para ver Smash é Hit List. Então, como eu já comentei várias vezes, eu adoraria que
esse musical ganhasse mais destaque na trama, mas acho que o enredo caminha
para isso sem apressar nada para tornar tudo real. Não é de uma hora pra outra
que o Derek vai dirigir e vai se tornar uma grande promessa para a Broadway. Mas
Hit List começa a dar seus primeiros
passos por si só, vemos já uma cena pronta de como seria a peça final, e
podemos ver que tudo isso tem futuro, e que a série pode trabalhar com isso
muito bem.
Começando pelo Liaisons,
Ivy continua enfrentando basicamente os mesmos problemas da semana passada com
Terry, com uma belíssima conversa com Derek (ambos falando sobre suas
frustrações, foi uma cena e tanto). Ela mostra além de muito talento no drama e
na voz, que é uma belíssima atriz para comédia, com um humor sutil e notável. Irônico
e delicioso. Mas sua interpretação de A
Letter From Cecile foi sua melhor coisa, que performance fascinante! Amei todo
o conjunto, e estou contente por ver que o Liaisons
ainda pode ter futuro. Ou não. Vamos aguardar.
O Bombshell
caminha cada vez mais para o fundo do poço, e acaba sendo vergonhoso ver suas
cenas. Entendo toda a jogada do roteiro, que precisa evidenciar os problemas de
Julia e Tom, precisa mostrar quão ruim é o musical sobre a produção de Jerry, e
também precisa dar motivos suficientes para que tanto Derek quanto Karen se
interessem mais por Hit List do que
por Bombshell. Mas foi terrível. Foram
tantas mudanças, foram tantas coisas que me deixaram com raiva, que mais uma
vez eu aplaudo o roteiro por conseguir transmitir tão bem esse sentimento que
era justamente o que queriam que tivéssemos.
Never Give
All the Heart, uma das músicas mais icônicas e emocionantes do musical,
cantada já por Ivy e por Karen, em dois episódios da primeira temporada, acaba
sofrendo alterações drásticas. Com um Jerry que me enche de raiva querendo
mudar cada vez mais e mais esse musical todo, ele ameaça tirar a música, por
ser “melancólica demais” ou “intelectual demais”. Então Tom totalmente a
reformula, e ficou horrível. Tudo bem, “horrível” eu estou exagerando. Mas eu
concordo plenamente com Derek quando ele defende que a música não deve ser
daquele jeito, e que não foi para isso que ela foi criada. Eu gosto do lado
melancólico do momento. É o que o torna impactante e forte.
De qualquer maneira, Bombshell parece estar aos pedaços e nem sei o que pensar. Estamos num
momento em que é até impossível imaginar um musical completo em sua cabeça. E o
melhor ensaio acontece nesse episódio, com a frustração de Derek, aquela equipe
nada unida e com climas pesados, e o discurso inflamado que culmina com “It’s been a pleasure working with you. some
more than others. I quit.” – era o que eu estava esperando durante o
episódio todo. Melhor cena do episódio, não tinha como não amar Derek. Claro,
sempre gostamos dele, aquele sotaque é jogo baixo, mas a cena foi fantástica! Eu
aplaudi a sua saída.
E concordei plenamente. Uma peça degradada que é
com o que nos deparamos no momento merece mesmo ser abandonada por todos. É nesse
clima que Karen descobre sobre o envolvimento de Ellis no atual triunfo de
Jerry, e passando essa informação a Eileen deixa que ela, Tom e Julia planejem
um contra-ataque. Que poderia ser a salvação de Bombshell, mas a promo do próximo episódio só me faz pensar que a
peça ainda tem um lugar pior para ir. Embora goste muito do personagem (e hoje
tenha me enraivecido com ele), nunca vi Tom como um diretor. Isso não vai dar
certo.
Gostaria que desse. Afinal, gostei de como o
episódio terminou com essa divisão tão clara entre Bombshell e Hit List. A série
praticamente se divide em dois grandes núcleos, cada um com uma boa história
para continuar, e eu gostaria de ver mesmo Derek agora dando mais atenção ao
musical de Jimmy e Kyle – vamos ver quanto tempo dura essa história de
dirigi-lo, mas de qualquer maneira foi eletrizante escutar o “Who is the director?” “We don’t have one” “Ye,
you do”. Eu quis vibrar, pular de emoção, aplaudir a história. Perfeito. Com
tamanho sucesso, aplausos em pé, propostas e Derek sorrindo, claro que ele
toparia dirigir… e eu espero que isso não seja deixado de lado.
Porque no momento, eu me encontro mais apaixonado
por Hit List do que por Bombshell. Achei belíssimo ver Karen
procurar o show como uma maneira de fuga de todos os seus problemas (o que Bombshell costumava ser), e ver que
mesmo com um Jimmy mala o tempo todo (“He’s
like the Incredible Hulk”), tudo está dando certo ali. Ver que mesmo com o
asqueroso do Jerry e suas exigências absurdas (“If you wanna go, go. But don’t bother coming back here”), Karen pôde ter uma noite
estrelando Hit List. Ver que
ela e Jimmy arrasaram e surpreenderam em Heart
Shaped Wreckage, que tirando o vestido Titanic
foi ótima e já completa como musical da Broadway. Foi fascinante ver àquelas
cenas, eu amei cada momento daqueles.
E devo dizer que as músicas de Hit List me fascinam mais do que as do
musical da Marilyn. Amo as músicas de Bombshell,
nunca poderei negar isso, mas também é inteligentíssimo como a série apresenta
os dois musicais tão distintos entre si. Tanto em história, como em montagem,
como nas próprias músicas. A pegada contemporânea e mais pop-rock de Hit List faz meus olhos brilharem! Uma pena
que This Will Be Our Year tenha sido
cortada tão previamente. Só porque não era original. Pelo menos as promessas
para Hit List, depois desse desfecho admirável,
são grandiosas. Espero muito ver a série ainda mais focada aqui.
Eu amei o episódio, e mais uma vez elogio os rumos
que a série vem tomando para a sua segunda temporada. Se tanta gente reclamou
de Julia e seus problemas com família, dessa vez o foco está muito mais no
mundo do teatro mesmo, o lado profissional, e o lado pessoal apenas se isso
interferir diretamente na história. O que eu estou amando. Porque podemos ter
grandes histórias dentro do mundo da Broadway, seja com Bombshell, com Liaisons
ou com o meu favorito Hit List. Ansioso
para saber até onde essa temporada nos leva, e curiosíssimo pelos próximos
episódios… até mais!
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