After Earth – Depois da Terra
Clichê. Mais do mesmo.
Eu fui assistir a Depois da Terra ontem, mais por curiosidade do que por qualquer
outra coisa, pois já tinha me convencido (através de pequenos comentários que
escutei) que o filme não tinha nada demais. E não tem. O filme traz novamente
um ambiente hostil e inabitado, e uma busca por salvar alguém ou alguma coisa
em um futuro pós-apocalíptico. Nada me pareceu novo, ou algo que eu não tivesse
visto em outro filme antes, além de um ritmo lento que não conseguiu prender
minha atenção totalmente.
Para protagonizar o filme, colocam Will Smith como
Cypher Raige e seu filho Jaden Smith como Kitai – no pôster principal do filme
os dois estão assustadoramente parecidos, o que continua durante o filme, mas
em proporções menores quando o photoshop não é tão utilizado e eles não estão o
tempo todo lado a lado. Se Will Smith é um grande ator para o gênero (vide Eu Sou a Lenda), ele foi menosprezado e
deixado parado durante a maior parte da projeção, que tenta ser sustentada por
Jaden – que me pareceu bastante inseguro e não tão convincente em vários momentos.
A história não inova. Após séculos de exploração,
o Planeta Terra se tornou praticamente incapaz de sustentar a vida humana, e
portanto a humanidade partiu do planeta para viver em colônias externas, as
quais não me interessam agora. E para o filme, em uma tentativa de se aproximar
do filho, a nave dos dois acaba por cair no hostil planeta, que agora está
bastante mudado – o planeta evoluiu e criou espécies de “anticorpos” para
evitar uma re-contaminação de “humanos”. Essa foi a melhor parte do roteiro!
Assim, o ar está irrespirável e Kitai precisa de ajuda para respirar.
O cerne de toda a produção está na relação entre
pai e filho. Kitai começa em treinamento, tentando ser um Ranger, e o pai
parece bastante seco com ele – cenas bem tristes. E então, na tentativa de se
aproximarem, ele o leva junto para uma última missão, e é claro que a nave
precisava cair na Terra, todos os outros tripulantes morrerem e ficar só os
dois vivos. E alguém duvidava que o pai seria incapacitado, e então o filho
teria que enfrentar uma jornada toda para poder salvar o pai e tirar os dois
dali? Porque pra mim parecia bem óbvio até como tudo isso ia acontecer.
E aconteceu. As Ursas (criaturas gigantescas e
mortíferas criadas por alienígenas, que não possuem olhos mas podem farejar o
medo das pessoas – portanto aqueles que não possuem medo são chamados de
“fantasmas”, pois são invisíveis aos animais – agora por que cargas d’água elas
não podiam ter olhos?) desempenham um papel importantíssimo, a tentativa de
sair da sombra do pai e mostrar seu valor também. O desafio e tudo o mais. A
melhor cena deve ter sido a do penhasco, a briga na qual ele o desafia e pula –
também por causa daquele lindo pássaro digital, mas enfim.
O filme termina da maneira como tínhamos
imaginado, sem nenhuma grande surpresa. É uma história de sobrevivência e de
amadurecimento, e mesmo com pai e filho da vida real atuando juntos, nem mesmo
essa relação pareceu assim tão crível. Felizmente visualmente o filme está
muito bem, com ótimos cenários, naves belíssimas, um planeta interessante (e
meio creepy), mas as Ursas ainda não
me desceram… melhor quote do filme: “Dad. I wanna work with mom”. Se vale a
pena assistir? Temos Star Trek em
cartaz e Universidade Monstros para
estrear na próxima semana… eu não colocaria esse como prioridade…
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