Continuum 2x07 – Second Degree


Episódio inteligente e instigante, exatamente o tipo de roteiro que mais me encanta em Continuum. Com um foco bastante intelectual, o grande objetivo do episódio foi reintroduzir Julian como um personagem importantíssimo, além de assegurar que o julgamento dele acontecesse segundo interesses maiores – delicioso de assistir, as cenas foram ótimas, ainda com direito a edições espetaculares que nos ligaram a 2077, sabendo que o futuro de Julian ainda o reserva muita coisa. Muita coisa.
Além disso, claro, era óbvio que o relacionamento profissional e pessoal de Carlos e Kiera mudaria após as revelações do episódio passado. É bastante interessante ver como isso acontece, como o impulso em mentir de Kiera ainda é grande, mas como isso vai se quebrando e os dois apresentam uma relação clara agora – e também o constante assombro e curiosidade do policial, fascinado pelos “novos” equipamentos a sua disposição. É muito bom vê-los trabalhando em um caso agora com Kiera sem precisar fingir mais, ainda com a ajuda de Alec.
O que também foi uma coisa bem interessante de ver. No começo do episódio, apesar da camisa xadrez que ele não usava na primeira temporada (e que ficou bem fofo), Alec parecia ser de volta o Alec da primeira temporada. E foi bom vê-lo conversar com Kiera e ajudá-la em tudo o quanto fosse possível. O assombro de Carlos com o: “Então esse tempo todo a Seção 6 era esse garoto, o Alec?”. E aquele momento em que Alec liga Kiera ao computador para localizarem o barco onde aquela família estava presa é genial, mais uma maneira de introduzir Carlos ao novo mundo.
Mas Alec teve ótimas cenas no episódio, e não me canso de dizer que estou amando o destaque que o personagem ganha, sempre que ele sempre o mereceu. Sim, ele teve sua relação com Emily, e isso está quase fofo – quase, porque não saber quais são as intenções dela é meio assustador, mas ainda assim é instigante. Ela é uma eterna incógnita, falando sobre Escher, lutando magistralmente em uma cena de tirar o fôlego (e aplausos), mas ainda assim, eu começo a pensar que talvez ela realmente se importe com Alec… porque vide sua cena toda atenciosa no tribunal. Ou ela interpreta muito bem, mas aquela descida de escadas não precisava ser tão alegre sendo que Alec não estava lá para assistir.
Opinião minha.
Sobre o julgamento, Julian foi passivo o episódio todo, e acredito que nem mesmo tenhamos escutado sua voz, mas ele estava sendo julgado por tudo – ter atirado em Carlos, ser um dos responsáveis por aquela bomba do fim da primeira temporada… e sua mãe mentiu assustadoramente na esperança de protegê-lo, e a dúvida estava em cima do depoimento de Alec. Conforme ele falava, meu sorriso se ampliava, assim como minha admiração pelo personagem. Mesmo com tudo o que representa, foi tão maravilhoso ouvi-lo dizer a verdade que eu realmente quis aplaudir – porque o ator transmitiu totalmente a dificuldade de fazer isso, mas a necessidade de ser honesto. Por esse e outros motivos que eu amo o personagem.
A sentença final de Julian não foi nada justa, mas nós sabemos que era absolutamente necessária para que a história continue para 2077 vagamente parecida com o que ela aconteceu da primeira vez. Não que eu ache que isso ainda seja possível. Mas foi genial ver o juiz no presente e aquela forma totalmente diferente de julgamento em 2077, ambas acontecendo em paralelo, com o jovem e o velho Julian. Cena espetacular! Ainda tivemos uma visão do velho Alec, um dos personagens mais misteriosos de toda a trama, que promete um papel importante e revolucionário no próximo episódio… muito ansioso!
O episódio foi genial. Agora que algumas coisas mudaram drasticamente, a série aposta em novas dúvidas que nos seguram, ansiando pelas respostas. Mas Continuum também nunca se cansa de ser revolucionário, e dessa vez mostrou Kiera e Gardner inusitadamente fazendo uma aliança. “You and me working together?” – quem é que esperaria por uma coisa dessas se poucas semanas atrás eu escrevi o texto “DIE GARDNER”? Com esse episódio passamos da metade da segunda temporada, e eu espero que a série seja renovada para um terceiro ano. Tamanha qualidade não pode se perder… até mais!

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