Continuum 2x08 – Second Listen


But now he understands the danger.
He won’t choose that path again.

Agora que o maior elogio aos episódios de Continuum estava sendo a nova química entre Kiera e Carlos porque ele sabia sobre o fato de ela ter vindo do futuro, o episódio opta por tirá-lo. Com aparições muito pequenas, o episódio apostou em colocar Kiera nessa inusitada parceria com Gardner, que mais levantou perguntas do que efetivamente as respondeu, mas eu gosto do rumo que as coisas estão tomando. E a parceira chegou ao fim depressa.
Mas eu diria, claramente, que o foco do episódio esteve em Alec. O personagem realmente cresceu bastante com o passar do tempo, e mesmo que ele sempre tenha sido meu personagem favorito, não acho que o roteiro o via assim. Agora parece bastante claro que Continuum gira em torno dele. Não é sobre resolver problemas em 2013, não é sobre Kiera voltando para sua família – é mesmo sobre viagem no tempo (que ainda tem uma abordagem dúbia e confusa, a série precisa, em algum momento, se decidir melhor quanto à sua possibilidade de deslocamento temporal) e sobre o personagem de Alec. A interação nessa semana de Alec-2013 com Alec-2077 foi espetacular!
O episódio traz o misterioso seqüestro de Alec, por Garza, e uma brilhante cena na qual ela tenta matá-lo. “You sent me back to kill you”. Parecido com o que já aconteceu na semana passada, foi bastante inteligente intercalar as cenas de 2013 com 2077, nos deixando eletrizados e tentando entender qual é a real conexão entre elas – até que fique bastante claro os objetivos do Alec Velho; o próprio Alec Adolescente já consegue fazer uma nova leitura da sua mensagem para si mesmo, e agora podemos ver um Alec totalmente novo, disposto a mudar a história, a não se tornar a pessoa que nem ele mesmo gostou de ter se tornado.
É um episódio de crescimento. O Alec, mesmo com as irônicas palavras de Kellog, deixa de ser “criança” para ser “homem”, e eu gosto dessa transformação. Gosto de vê-lo desesperado ao ver os amigos mortos, ao ver a preocupação tão densa no ar, gosto de ver o desespero infantil e ingênuo com que ele quase enfrenta sua morte prematura, mas também gosto de ver a inteligência inigualável e a determinação por lutar por aquilo tudo o que acredita. Só espero que a confusa Emily não seja um empecilho nisso tudo… e eu gostaria de entendê-la melhor. Kiera não ajudou!
Desvendar Alec parece mesmo ser o roteiro para as próximas semanas. Desde muito tempo atrás quando ele experimentou Flash, também tivemos a noção de que a história sobre o seu pai era confusa – e com a mentira tão descarada da mãe no julgamento da semana passada, ele coloca a própria morte do pai em dúvida, quando Jason assume oficialmente o cargo de candidato a pai. Eu estou curioso para os resultados do exame de DNA, mas não acho que Jason vá ser o pai de Alec… acho que tem coisa muito maior escondida aí ainda. Apesar de que “1992. Two years before I was born” foi ótimo!
Kiera trabalha com Gardner ainda nesse arco de descobrir quem é que roubou os corpos dos viajantes no tempo do cemitério. E caímos novamente nos Freelancers, um dos quais Kiera se encontra e ele não fornece nenhuma informação concreta. A não ser a definição deles: pessoas que buscam o poder, sabem jogar o “jogo de xadrez” e sabem quem eles são. Também somos apresentados às tatuagens entre os dedos da mão, os três pontinhos pretos que se mostram uma espécie de código. Um grande mistério que a série deve desenvolver… eu estou bem curioso!
Foi um episódio bastante abrangente, mas muito mais me instigou do que qualquer outra coisa. Achei que começou como uma ótima desmistificação dos Freelancers, mas no fim ainda não sabemos muita coisa, a curiosidade só cresce. Também vimos Alec crescer consideravelmente, e agora que ele planeja mudar a história, eu me pergunto que tipo de paradoxos tudo isso não cria… e para onde Kiera poderia voltar, se 2077 certamente não é mais o mesmo. E de onde ela veio? E também queremos saber quem é o pai de Alec… e qual é o verdadeiro plano de Emily? E os assassinos de Gardner? Continuum caminhando a Lost… estou amando!

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