Harry recebe a primeira carta de Hogwarts


24 de Julho de 1991.
Harry se esquivou da bengala da Smeltings e foi apanhar o correio. Havia três coisas no capacho: um postal da irmã do tio Válter, Guida, que estava passando férias na ilha de Wight, um envelope pardo que parecia uma conta e – uma carta para Harry.
Harry apanhou-a e ficou olhando, o coração vibrando como um elástico gigante. Ninguém, jamais, em toda a sua vida, lhe escrevera. Quem escreveria? Ele não tinha amigos, nem outros parentes – não era sócio da biblioteca, de modo que jamais recebera sequer os bilhetes grosseiros pedindo a devolução de livros. Contudo, ali estava, uma carta, endereçada tão claramente que não podia haver engano.

Sr. H. Potter
O Armário sob a Escada
Rua dos Alfeneiros 4
Little Whinging
Surrey.
Harry Potter e a Pedra Filosofal, J.K. Rowling
Capítulo 3 – As cartas de ninguém, p. 34

Já são 22 anos desde que a vida de Harry Potter mudou drasticamente naquele dia – ou pelo menos começava a mudar. Depois de quase 11 anos inteiros sem saber quem realmente era ou quem eram seus pais na realidade, sofrendo com os tios e o primo, a primeira fagulha de esperança aparece para Harry, uma semana antes de ele completar seu décimo primeiro aniversário. A primeira Carta de Hogwarts, aquela que ele nunca chegaria a abrir, mas que assustaria tanto tio Válter a ponto de fazê-lo mudar o garoto para o segundo quarto de Duda, tinha acabado de chegar.
É aquele momento de pura alegria e felicidade. É mágico ver Harry recebendo uma carta pela primeira vez na vida, é um momento mágico vê-lo segurá-la, e um desespero muito grande em ver que ele não consegue lê-la. Felizmente Dumbledore não desiste e continua mandando mais e mais cópias da carta, naquele papel pardo, o selo vermelho e as belíssimas letras verdes do diretor… o sonho de qualquer criança da Geração Harry Potter, que cresceu esperando receber uma carta de Hogwarts, e espera até hoje… como eu, que ainda anseio pelo dia em que ela chegará… seja como for.

– Hum, sim, Harry, sobre este armário. Sua tia e eu estivemos pensando… você realmente está ficando grande demais para ele… achamos que seria bom se você se mudasse para o segundo quarto de Duda.
– Por quê? – perguntou Harry.
– Não faça perguntas – disse com rispidez o tio. – Leve essas coisas para cima agora.

Harry Potter e a Pedra Filosofal, J.K. Rowling
Capítulo 3 – As cartas de ninguém, p. 37

As mudanças na vida de Harry Potter começaram dessa maneira. Com os ingênuos e temerosos tios achando que simplesmente por mudá-lo de quarto todo o problema estaria resolvido. Ainda teríamos que receber muitas outras cartas das maneiras mais absurdas possíveis, ao longo da semana seguinte inteira, literalmente ser perseguidos por elas, até que Hagrid precisasse ir pessoalmente até aquela Cabana perdida para resgatar o jovem bruxo que nada conhecia sobre seu passado… quem é o seu Hagrid? Aquele que te deu o primeiro livro de Harry Potter como uma Carta de Hogwarts? Meu caso, minha mãe…

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