Lançamento de “Prisoner of Azkaban”


08 de Julho de 1999.
No dia 08 de Julho de 1999, há 14 anos, Prisoner of Azkaban era lançado no Reino Unido, e vinho com uma responsabilidade ainda maior do que Chamber of Secrets, uma vez que a série já tinha se estabelecido como bem-sucedida e um best seller. E foi um livro muito bom (embora não seja meu favorito, e eu falarei disso mais tarde), especialmente pelas mudanças que ele representou para todo o roteiro e toda a vida de Harry Potter… foi a primeira vez que ele foi para Hogwarts e não precisou enfrentar o Voldemort no final de seu ano letivo.
Além do mais, o próprio Harry estava mudando. Para mim a melhor fase de Harry (e muitas pessoas discordarão veementemente, enquanto outras começarão a balançar a cabeça num estilo de “É verdade”) foi em Ordem da Fênix, em que foi até chocante vê-lo o tempo todo raivoso, sendo cada vez mais controlado por Voldemort, lutando para aprender Oclumência, e tendo discussões (por vezes até mesmo desnecessárias) com Rony e Hermione, coisas que nos fizeram questionar sua própria sanidade mental, mas ok, não é exatamente isso que importa agora.
Prisioneiro de Azkaban foi o que marcou a mudança de fase do personagem. Em Pedra e Câmara ele ainda era claramente uma criança, mas aqui é que ele começa a amadurecer, e os interesses e a própria personalidade começam a se alterar. O Harry já virou um adolescente, já está desafiando mais os professores, está mais ousado e mesmo com os poderes mais fortes e fora de controle – o que o permite tanto inflar sua tia quanto conjurar um belíssimo patrono para salvar o padrinho – e o interesse por meninas começa a surgir. Os hormônios da adolescência começaram.
Eu acho um livro com uma atmosfera muito diferente do que o que estávamos acostumados (e agora é o momento em que eu perco seguidores), mas nunca foi um livro que me agradou demais. Na verdade eu nunca gostei do Sirius Black, e o livro já o traz no título, e a história parece mais devagar, quase cansativa. Ao mesmo tempo em que eu amo o livro pelas estranhas partidas de Quadribol, pelos maravilhosos dementadores que nos foram apresentados aqui, por ver o frio e o sombrio tomando conta o tempo todo, por conhecer Lupin que é meu professor de Defesa Contra as Artes das Trevas favorito, por ver o Harry crescer tão claramente…
E ainda tem viagem no tempo.
Dá para me entender? Não, não dá. Eu acho que dizer que eu “não gosto” nunca será certo para nenhum dos livros de Harry Potter, acontece só que talvez os outros livros me encantem bem mais do que esse, mas parando para pensar em todas as suas qualidades, ele é um livro espetacular, e agora já cresceu em mim aquela vontade incontrolável de lê-lo… é por isso que eu gosto tanto de ter um blog e de comentar esse tipo de coisa por aqui, porque pelo menos eu posso colocar meus pensamentos em palavras, por mais confusas que elas sejam, mas acredito que as pessoas me entenderão no final, huh?

Harry Potter era um menino bastante fora do comum em muitas coisas. Para começar, ele detestava as férias de verão mais do que qualquer outra época do ano. Depois, ele realmente queria fazer seus deveres de casa mas era obrigado a fazê-los escondido, na calada da noite. E, além de tudo, também era bruxo.
(Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, J.K. Rowling
Capítulo 1 – O correio-coruja, p. 9)

Ah, e embora o marco da mudança de Hermione esteja no Baile de Inverno em Cálice de Fogo, eu sou o único que vê Prisioneiro também como uma maneira de crescimento da personagem? Porque vê-la usando o vira-tempo presente de McGonagall, vê-la se tornando mais irônica e sarcástica, além de um pouco dissimulada para esconder seu segredo, além de cansada e cada vez mais deteriorada por viver o mesmo dia não sei quantas vezes… e ser a responsável por planejar e executar todo o plano final? Eu acho que a personagem cresce demais aqui!
Harry conhece seu padrinho, um famoso assassino que acabou de escapar de Azkaban, um feito que todos acreditavam ser impossível – e mesmo que as pessoas acreditem que ele está fazendo de tudo para matá-lo, ele apenas quer se aproximar do afilhado, e fazê-lo entender a verdadeira história de como tudo aconteceu. É uma belíssima preparação para Cálice de Fogo, uma vez que conhecemos Rabicho aqui, essencial para o retorno de Voldemort… e isso tudo aconteceu há 14 anos, quando Rowling lançou o livro, e os primeiros leitores afoitos estavam aproveitando esse delicioso momento… nossa, que vontade de ler Harry Potter!

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