World War Z – Guerra Mundial Z
Cara, que zumbis rápidos!
É um típico filme de zumbis (incrível como eles
são parecidos em qualquer história – mas a caracterização foi ótima), mas sem
sangue. No entanto, não faltou perseguição, e várias cenas grandiosas que foram
bem feitas. A história foi interessante, os personagens carismáticos nos
prenderam. Uma ótima dica para quem gosta do gênero – o filme mistura muita
ação com um suspense crescente e sustos ocasionais. Não tem nada de terror, mas
a maneira como acabamos rindo e fazendo piadas em algumas cenas pagam nosso
ingresso, certamente.
O filme se divide em três atos. O primeiro é
provavelmente o meu favorito. O filme já começa frenético com aquela
maravilhosa e inesquecível cena no carro. A maneira como o congestionamento já
é motivo de apreensão, e como apenas aquele retrovisor quebrado já é capaz de
fazer-nos dar um pulinho na cadeira. O caminhão abrindo espaço, a corrida
desenfreada, o acidente… tudo isso conduzindo a uma desesperadora cena em que
os zumbis são avistados pela primeira vez, no centro da cidade, atacando os
carros e as pessoas por todo o lado.
Os zumbis eram ótimos. Demoramos um pouco até a
nomenclatura ser utilizada (só acontece no segundo ato do filme), e não é a
primeira coisa que nos vêm à mente. Eu amei a caracterização, embora os
dentinhos batendo tenham sido muito engraçados (piadas geniais aqui! E o merchandising Colgate!), eles eram
criaturas um tanto assustadoras, com trejeitos sombrios e ameaçadores. Embora
minha amiga jurasse que parecessem dinossauros. Em certo momento ela também
comparou com Resident Evil, então…
acho que foi bastante válido quando ela comparou a The Walking Dead, no entanto.
Enfim. Eu amei a primeira cena em que os zumbis
aparecem, porque é tudo muito surpreendente e “bonito” de assistir. Porque eles
são ágeis, perigosos, e movem-se rapidamente e ameaçadoramente. Ótimo ver os
rostos, ver a forma humanóide, a maneira como eles atacam os carros, quebram os
vidros, puxam as pessoas para fora. E presenciar uma transformação foi algo que
nos assombrou até o fim do filme. Aqueles fatídicos 12 segundos que foram tão
bem representados… e aquela contagem foi sempre desesperadora, não foi?
No segundo ato do filme, o protagonista Gerry
(interpretado por Brad Pitt) já conseguiu conduzir a família (mulher, duas
filhas e um agregado – o filho do casal mexicano) a um lugar seguro, mas eles o
obrigam, como ex-funcionário da ONU, a sair em busca de sobreviventes e
informações sobre o vírus que está criando esses zumbis, para o desenvolvimento
de uma prevenção, em troca da segurança de sua família. Um jogo bastante baixo,
se você me perguntar, mas é aqui que ele se destaca no filme e ganha ótimas
cenas, como em Israel e no avião…
A cena em Israel é um ponto-chave do filme, afinal
é aqui que entendemos um pouco melhor os zumbis, vemos as duas pessoas que são
totalmente ignoradas por eles, e descobrimos que o paciente zero veio da Índia
(o que não nos leva a nada). O ataque é ótimo, a perseguição é eletrizante, o
suspense é delicioso. E a cena do avião é espetacular, embora tê-lo explodido
não foi a coisa mais inteligente a se fazer, e o comercial de cinto de
segurança (créditos à Mariana) foi engraçadíssimo. Senhores passageiros, o desembarque será realizado pelas portas
dianteiras do avião.
E o último ato do filme acontece na OMS, onde a
teoria para uma possível camuflagem se forma e se concretiza. Por todas as
teorias que eu e meus amigos criamos durante o filme, estaríamos todos mortos.
A Ala B é assustadora, cada cena por lá nos deixa tensos, e os zumbis
ex-cientistas são ótimos – suspense maravilhoso realizado nessa sequência.
Embora nós também tenhamos rido bastante da maneira como tudo se resolve – faz
muito sentido, foi inteligente, mas não deixa de ser engraçado ver o Gerry
saindo todo maioral passando por todos aqueles zumbis…
E parando para beber Pepsi.
O filme é bem legal. Não é o filme mais genial do
ano, ainda mais uma semana depois de ver Star
Trek – Além da Escuridão, mas é um filme bem interessante para qualquer um
que goste de ação e zumbis. A ação é ótima e bem coreografada, os zumbis fazem
jus a seu nome, e o suspense é delicioso. E você pode rir um pouco. Com o
sucesso de bilheteria, há planos para transformá-lo em uma trilogia. Não que eu
ache que tenha história suficiente para tudo isso, mas o final foi mesmo meio
aberto e nos deu a entender a possibilidade de algo assim… agora é só esperar.
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